✥ Capítulo 11: O Reencontro ✥

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POV Jack

 

 

Aquela rapariga não sabia nada sobre mim. Não sabia quem eu era, a minha história e até mesmo o meu nome, mas ainda assim não me abandonou.

O resto da madrugada foi passada a conversar. Contei-lhe um pouco do que fiz, dos erros que cometi e descobri que se chamava Jasmine Cooper.

Tinha na verdade uma mentalidade avançada para alguém da idade dela, não era uma miúda, era uma senhora, talvez até mesmo um anjo.

Estava realmente decidido a enfiar uma bala na cabeça, se ninguém tivesse aparecido, se ela não tivesse aparecido.

Culpava-me por tudo, Karen não queria ver-me mais e Emma certamente queria continuar-se a vingar. Não merecia este impedimento, esta generosidade por parte de Jasmine, apesar de tudo, estava-lhe inteiramente agradecido.

Não pude deixá-la ir sozinha para casa, como tal, eu próprio chamei um táxi e paguei. Poderia ter-lhe levado a casa, contudo não queria que ela pensasse ou tivesse medo de alguma segunda intenção, portanto fiquei com ela até o táxi chegar.

Provavelmente nunca mais a viria, no entanto sabia onde ela estudava. Talvez de certa forma lhe pudesse retribuir o que ela fez por mim.

Não queria parecer ingrato, no entanto já era da minha natureza não agradecer, todavia desta vez não poderia ser assim, ela salvou-me.

Olhei para o meu recente telemóvel, encontrando-se este em cima da mesa. Faltavam cerca de nove minutos para as quatro horas da tarde.

Para ser sincero a minha vontade era a de não trabalhar, contudo precisavam de mim e eu precisava de alguma urgente distração.

Os homens sentados à minha volta já me começavam a irritar, sabia que não demoraria muito até saltar-me a tampa.

-       Investir em algo com uma previsão de falência é simplesmente ridículo – comentei chateado – de acordo com os dados que me foram entregues, a margem de lucro comparada com o valor do empréstimo é reduzida, não me vou colocar em aventuras.

Um homem engravatado e repleto de mania levanta-se e coloca as mãos em cima da mesa.

-       E em relação à segunda proposta? – Questionou igualmente chateado.

-       A segunda proposta parece-me mais viável, o problema está em certos pormenores – respondi levantando-me também, não para lhe fazer frente, mas porque precisava de me ir embora – Temos uma concorrência alargada e o público não procura um computador que faça e seja exatamente igual a todos os outros, procura sim evolução, um design atrativo, um sistema fácil e apelativo, aquilo que me mostraram é uma cópia barata do que outras empresas fizeram, compreendem?

-       Uma cópia barata?! – O homem pareceu-me exaltado demais para o meu gosto.

Levei a mão à cabeça, apanhando o telemóvel e uma data de papeis que me pertenciam.

-       Ouça – Pedi, olhando para o desgraçado à minha frente – Eu confio no vosso trabalho, mas desta vez peço-vos dois modelos: Um destinado aos jovens; outro destinado a profissionais e adultos. Quero um design e um sistema operativo que se aplique a cada faixa, e atenção, quando digo jovens, não me refiro a crianças, portanto não se coloquem a ridicularizar e infantilizar o vosso trabalho.

Estava sem paciência, nada do que eu tinha pedido foi realizado, se há coisa que eu detesto é a incompetência e a falta de capacidade para fazer aquilo que peço.

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