Os dias seguintes foram uma batalha silenciosa. Jisung tentou seguir sua rotina, mas a constante pressão dos ataques de Yunho se tornava cada vez mais difícil de ignorar. Mensagens de ódio ainda chegavam de números desconhecidos, e os comentários nas redes sociais continuavam a surgir, cada um mais cruel que o anterior. Ele se sentia como se estivesse sendo observado o tempo todo, esperando por um momento em que sua vulnerabilidade fosse exposta mais uma vez.
Minho, no entanto, estava decidido a ajudar Jisung a se sentir seguro novamente. Ele passou a acompanhar Jisung com mais frequência, indo à escola e aos lugares que ele costumava frequentar. Ele queria garantir que o ambiente de Jisung fosse o mais tranquilo possível, afastando qualquer ameaça que pudesse surgir. Minho não queria que ele passasse por isso sozinho, não mais.
Foi numa tarde, depois da escola, que Jisung recebeu uma mensagem que o fez gelar por dentro. Não era anônima. Era de Yunho.
Mensagem de Yunho: "Você pensa que vai continuar se escondendo, mas eu te conheço, Han. E mais cedo ou mais tarde, todos vão ver o que você realmente é."
O coração de Jisung disparou. Ele sabia que aquilo era um sinal de que Yunho estava indo longe demais. Minho, que estava ao lado dele no momento, pegou o celular das mãos de Jisung assim que viu a mensagem. Ele leu, os olhos se estreitando com raiva.
"Isso não vai ficar assim, Jisung," Minho disse, seu tom agora sério. "Eu vou falar com Yunho."
"Não!" Jisung disse rapidamente, segurando o braço de Minho com força. "Eu não quero que você se envolva mais do que já está. Ele vai tentar fazer com que todos vejam como se eu fosse o culpado disso tudo."
Minho olhou para ele, o rosto sério, mas havia uma calma em sua voz quando ele falou. "Jisung, você não tem que lidar com isso sozinho. Não importa o que Yunho diga, você é o único que tem o controle da sua vida. E eu não vou deixar ele te fazer sentir como se não fosse."
Jisung respirou fundo, tentando entender o que Minho estava dizendo. Ele sentia uma parte de si que ainda tinha medo, uma parte que ainda se questionava se valia a pena lutar contra tudo isso. Mas ao olhar para Minho, ele viu mais do que apenas apoio. Ele viu alguém que acreditava nele. E isso fazia toda a diferença.
Na noite seguinte, Minho tomou uma atitude que Jisung não esperava. Ele procurou Yunho, não com raiva ou vingança, mas com a intenção de terminar aquilo de uma vez por todas.
Eles se encontraram em um café, o ambiente silencioso e sem ninguém ao redor. Yunho parecia calmo, mas seus olhos estavam carregados de uma tensão que Minho logo percebeu. Ele não tinha vindo ali para conversar. Ele havia vindo para intimidar.
"Minho," Yunho começou, sem sorrir. "Eu sabia que você viria. Sempre achei que fosse você o problema."
Minho não hesitou. "Eu estou aqui porque você não pode continuar com isso. Você está fazendo coisas que não são apenas cruéis, mas são erradas. Você não pode tentar controlar a vida de Jisung assim."
Yunho sorriu de uma forma que não chegava a ser amigável. "Ele é fraco, Minho. Sempre foi. E você está tentando protegê-lo de algo que ele não pode fugir. Ele é meu, no fundo. E você não pode mudar isso."
Minho não desviou o olhar. "Você está errado. Jisung não é de ninguém. Ele não pertence a você, nem a mim, nem a ninguém. E se você continuar com essa obsessão, vou garantir que você pague pelas consequências."
Yunho bufou, se levantando da cadeira. "Você acha que pode me ameaçar? Isso não vai parar. Eu vou continuar até ver você no seu lugar, Minho. Não se esqueça disso."
Antes que Yunho pudesse sair, Minho falou, mais calmo, mas firme. "Eu não tenho medo de você. E, Jisung, ele... ele também não vai mais ter."
Quando Minho voltou para Jisung, ele não mencionou exatamente o que aconteceu, mas Jisung pôde ver que a tensão no rosto de Minho tinha diminuído. Ele não estava mais preocupado com o que Yunho poderia fazer. Minho estava mais tranquilo, e isso fez com que Jisung se sentisse mais seguro.
Nos dias seguintes, as mensagens começaram a cessar, e os ataques nos comentários pararam. Jisung sabia que isso não significava que Yunho tinha desistido completamente, mas havia algo de diferente na atitude de Minho. Ele estava preparado para fazer o que fosse necessário para garantir que Jisung vivesse sem medo. E, mais importante, Jisung agora estava começando a acreditar nisso também.
Naquela noite, quando Jisung e Minho estavam em casa, juntos no sofá, Jisung olhou para Minho com um sorriso suave.
"Você me fez sentir forte de novo," Jisung disse, a voz carregada de gratidão.
Minho olhou para ele, um sorriso genuíno nos lábios. "Você sempre foi forte, Jisung. Eu só ajudei você a ver isso."
Jisung se aproximou, descansando a cabeça no ombro de Minho, sentindo o calor e a calma que ele precisava para finalmente respirar sem medo.
"Eu não sei o que faria sem você," Jisung sussurrou.
Minho apertou o braço de Jisung em um gesto de carinho. "Você nunca vai precisar descobrir."
E, pela primeira vez em muito tempo, Jisung sentiu que estava realmente no controle de sua vida novamente.
[...]
Quando deu 3 horas da manhã, Jisung estava comendo brigadeiro, enquanto Minho malhava, quando parou, se lavou e se sentou ao lado de Jisung.
"Ei," Minho diz baixinho, passando o braço pelos ombros de Jisung. "Amanhã vamos sair, ta?"
Han sorriu e olhou pra ele, se levantando um pouquinho e deixando um selinho nos lábios de Minho. "Uhum, mas sem lugares caros! Odeio quando você paga tudo..."
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Olhos nos Olhos.
Romance𝐇𝐚𝐧 𝐉𝐢𝐬𝐮𝐧𝐠 𝐞𝐫𝐚 𝐮𝐦 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐭𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐝𝐞𝐩𝐫𝐞𝐬𝐬𝐚̃𝐨, 𝐞𝐥𝐞 𝐬𝐨𝐟𝐫𝐢𝐚 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 𝐛𝐮𝐥𝐥𝐲𝐢𝐧𝐠 𝐧𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 𝐚𝐧𝐭𝐢𝐠𝐚 𝐞 𝐦𝐮𝐝𝐨𝐮 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐩𝐫𝐨𝐜𝐮𝐫𝐚𝐫 𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐬𝐮𝐚 𝐯�...