Crise.

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Era madrugada quando Han acordou com o barulho da porta da frente batendo com força

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Era madrugada quando Han acordou com o barulho da porta da frente batendo com força. Ele ouviu as vozes abafadas dos pais discutindo novamente. A mesma rotina, as mesmas brigas, as mesmas palavras duras que ele conhecia de cor. Ele tentou ignorar, mas, como sempre, não conseguiu.

O som de algo quebrando na cozinha fez seu coração acelerar. Ele se sentou na cama, ofegante, sentindo o peso no peito aumentar. Era difícil respirar, e a sensação de impotência tomou conta dele como uma onda.

Han tentou se acalmar, mas os soluços vieram antes que ele percebesse. Ele pegou o celular com as mãos trêmulas e, sem pensar muito, abriu a conversa com Minho.

Han: Minho... tá acordado?

A resposta veio quase instantaneamente.

Minho: Sempre pra você. O que houve?

Han demorou alguns segundos para digitar, as lágrimas molhando a tela do celular.

Han: Eles tão brigando de novo. Tá tudo tão pesado. Eu não consigo mais...

Minho leu a mensagem e não respondeu imediatamente, o que fez Han se sentir ainda mais sozinho por um instante. Mas, antes que ele pudesse afundar ainda mais, o telefone tocou. Era Minho.

— Han, respira. Eu tô aqui, tá? Respira fundo comigo. — A voz de Minho era calma, mas firme.

— Min... Eu... — Han tentou falar, mas os soluços o interromperam.

— Shhh, calma. Respira comigo, Pequeno. Puxa o ar devagar... isso, assim. Agora solta. — Minho repetia, com paciência.

Han tentou acompanhar, os soluços diminuindo aos poucos.

— Tá melhorando? — Minho perguntou depois de alguns segundos.

— Um pouco... — Han murmurou, a voz fraca.

— Escuta, eu tô indo pra sua casa. Não fica sozinho, tá? Me espera.

— Minho, não precisa...

— Eu preciso. Não discute comigo. — Minho disse, o tom firme. — Me dá uns 10 minutos.

Han desligou e voltou a deitar na cama, os olhos ainda marejados, mas sentindo-se minimamente aliviado pela promessa de que Minho estava a caminho.

Minho chegou poucos minutos depois, batendo suavemente na janela do quarto de Han. Ele estava de moletom e segurava um cobertor nas mãos. Han abriu a janela, e Minho entrou com cuidado.

— Eu disse que não precisava vir... — Han murmurou, mas sua voz não tinha força.

— E eu disse que precisava. — Minho respondeu, com um sorriso leve. Ele se aproximou e puxou Han para um abraço.

Han desabou no ombro de Minho, soluçando novamente. Minho não disse nada, apenas passou os braços ao redor dele, oferecendo a segurança que ele precisava.

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