18. Toques (Parte 2)

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WANDA MAXIMOFF

Parecia um sonho que havia se tornado realidade. Por mais clichê que isso pudesse ser, era assim que eu me sentia.

Natasha sorria a todo momento, enquanto Yelena e Kate a bombardearam com inúmeras perguntas cheias de "quando", "como" e "por quê?".Era bonito ver a interação delas, transparecia genuinidade em cada palavra ou questionamento, eu podia ver que elas estavam realmente felizes por tudo que estava acontecendo.

Me mantive um pouco mais distante de toda a conversa, primeiro porque sentia que elas mereciam aquele momento, mereciam compartilhar cada detalhe entre si com a imensa alegria que estavam agora. Segundo porque as mãos de Natasha continuava sobre mim.

Elas estavam sobre mim o tempo todo. Mesmo enquanto ela conversava ou gesticulava com  um mão, a outra estaria em mim, seu toque permanecia. Vez ou outra ela fazia um carinho inconsciente, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo e, embora eu amasse o fato de que agora ela podia me tocar, isso me jogava em uma realidade completamente diferente.

O fato é que agora Natasha podia me tocar, e de repente, eu estava imersa em um mar de expectativa e desejo quase incontroláveis.

Como que para provar um ponto, sua mão subiu inocentemente pela minha coxa, fazendo um carinho aqui e ali enquanto ela se movimentava.

– Quando aconteceu, me preocupei que Wanda tivesse entrado em choque por um momento. -ela disse rindo e eu apenas acompanhei, muito dispersa para elaborar qualquer resposta.

– Yelena não foi diferente. -Kate zombou, fazendo Natasha rir mais uma vez, o que fez sua mão deslizar um pouco mais para cima, sem querer.

Senti um solavanco tomar todo o meu corpo, me deixando hiperconsciente de tudo, de cada toque, de cada sensação. Segurei a mão dela com a minha, entrelaçando nossos dedos em um gesto aparentemente inocente, mas eu precisava ter algum controle antes que entrasse em combustão espontânea.

– Mais vinho, Wanda? -Yelena me tirou dos meus devaneios enquanto estendia a garrafa na minha frente.

Ergui minha taça para que ela a completasse, tomando um grande gole da bebida logo em seguida, numa tentativa muito falha de me acalmar.

– Alguém está com sede. -foi a vez de Natasha se inclinar, agora em minha direção, sua boca se aproximando do meu ouvido muito mais do que eu estava acostumada, me fazendo prender o ar.

Ela sorriu logo em seguida e eu senti meu corpo inteiro arrepiar com a sensação do seu hálito batendo contra o meu rosto. Eu sabia que Natasha não estava fazendo nada demais, mas era muito difícil lidar com toda essa proximidade tão de repente.

Engoli em seco, entendendo que essa noite seria uma verdadeira tortura.

– Vocês já se beijaram? -Kate perguntou sem rodeios, eu sabia que ela estava morrendo de curiosidade.

– É claro que elas se beijaram! -Yelena disse um pouco exasperada. – Elas não perderiam tanto tempo aqui se já não tivessem feito isso.

– Eu estava torcendo tanto para que isso acontecesse. -Kate bateu palmas, parecendo muito animada. – Meu Deus eu estava maluca por um beijo que nem era meu!

– Agradecemos pela torcida, Kate, -Natasha disse com ironia.

O clima era muito ameno entre nós, verdadeiramente feliz, o que deixava tudo mais leve. Ou pelo menos deveria ser assim, mas logo em seguida Natasha se inclinou novamente, sorrindo em minha direção e deixando um beijinho inocente no meu pescoço, demorando poucos segundos ali antes de se afastar mais uma vez.

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⏰ Última atualização: a day ago ⏰

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