Em meio à pressão das Olimpíadas de 2024, S/n Galvão Lima, uma artista multifacetada brasileira, encontra um novo rumo em sua vida ao se conectar com Flávia Saraiva, uma talentosa ginasta que está lutando para entender seus sentimentos e sua identid...
Oioi pessoas, se vocês viram o aviso que postei ontem, sabem que ontem eu simplesmente não tava conseguindo subir o capítulo pra postar, nem tava abrindo pra mim editar a história, então hoje eu vou postar dois capítulos, um agora e um de noite
Comentem, votem e dia 25 vocês vão ganhar um presentinho
_-_-
Flavia Lopes Saraiva On
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Duas semanas haviam se passado desde que chegamos aos Estados Unidos. Nova Orleans era tudo o que eu esperava e muito mais. Era impossível não se perder na beleza dos casarões antigos, nas ruas de paralelepípedos, na mistura de culturas que fazia daquela cidade algo tão único. Mas, para ser sincera, eu mal tive tempo de aproveitar tudo isso. Nossa rotina de treinos tinha começado e era intensa, praticamente exaustiva, e os dias pareciam passar em um piscar de olhos.
O despertador tocou pontualmente às seis da manhã, mas eu já estava acordada havia alguns minutos. Estava deitada na cama, encarando o teto do quarto. Ainda me acostumava com o espaço, tão diferente de casa. As paredes eram de um tom bege suave, e a janela grande deixava a luz da manhã entrar com força total, anunciando que mais um dia havia começado. Respirei fundo e me levantei, sentindo os músculos do corpo reclamarem da sessão de treinos do dia anterior.
Desci as escadas e encontrei Rebeca e Jade já na cozinha. Rebeca estava terminando de preparar ovos mexidos, enquanto Jade segurava uma caneca de café e olhava para o celular.
- Bom dia, Flavinha! - Rebeca falou com a energia de quem já tinha tomado pelo menos duas xícaras de café.
- Bom dia - murmurei, ainda meio sonolenta, mas oferecendo um pequeno sorriso.
Jade levantou os olhos do celular e acenou com a cabeça. - Dormiu bem?
- Uhum. E vocês?
- Bem o suficiente para sobreviver ao treino de hoje - ela respondeu com um sorriso de canto.
Sentei na mesa e peguei uma torrada. Os outros ainda estavam dormindo, mas isso não duraria muito. A gente tinha treino marcado para as sete e meia, e Charlotte, era pontual e exigente. Ela não tolerava atrasos nem desculpas. Para ser honesta, isso não me incomodava. Eu sabia que precisava estar no meu melhor, especialmente com as Olimpiadas tão frescas na memória e os desafios que ainda estavam por vir.
Enquanto mordiscava a torrada, meus pensamentos vagaram. Minha mente me levou de volta à noite em que S/n apareceu na casa com as pizzas. Aquilo tinha sido inesperado, mas, de alguma forma, muito especial. Desde então, nós conversávamos com mais frequência. Eram mensagens simples, mas que traziam um calor ao meu peito toda vez que via o nome dela na tela do meu celular. Não sabia bem o que era aquilo. Era amizade? Algo mais? Não fazia ideia. Tudo o que eu sabia é que ela tinha o dom de me fazer sorrir, mesmo nos dias mais cansativos.
- Terra chamando Flávia! - Rebeca estalou os dedos na minha frente, me trazendo de volta para a realidade.
