NOVA YORK
1987
O olhar de Diana está faminto.
É quase selvagem. Como se ela soubesse exatamente o que eu quero, mas se divertisse em me fazer esperar. Estamos no apartamento dela. Ou ao menos, é o que parece. As luzes são tão fracas que mal consigo enxergar as sombras dançando nas paredes. Um apagão, talvez. Mas o que realmente me consome não é a escuridão. É ela.
Consigo ver seus olhos brilhando na penumbra, sentir o calor das mãos dela explorando minha pele como se eu fosse uma extensão do desejo dela. O cheiro doce da vela de morango invade meus sentidos, um lembrete cruel de que isso é muito mais do que eu deveria aguentar. A camisola de seda perolada que ela veste brilha suavemente sob a luz vacilante, o tecido tão fino que é quase uma provocação por si só.
Seu lábio está vermelho, inchado, como uma fruta pronta para cair do pé. Minha respiração é falha, intercalando entre uma lufada forte e a completa falta dela.
Diana está em pé, me olhando de cima como se fosse a única coisa no mundo que importa. Talvez seja. A camisola de seda perolada molda cada curva do corpo dela, deslizando de um jeito quase indecente quando ela se move em minha direção. O som dos seus pés se movendo pela madeira fria ecoa no silêncio, um som lento, deliberado, como se estivesse cronometrando o tempo que leva para me destruir.
Eu deveria dizer algo, mas não consigo. Minhas palavras estão presas na garganta, esmagadas pelo peso da presença dela. Então, quando ela finalmente para à minha frente e inclina a cabeça, sinto o mundo girar. Minha garganta está seca, e qualquer tentativa de falar parece morrer antes mesmo de começar.
— Você vai mesmo fingir que resiste a mim? — a voz dela é baixa, quase um sussurro carregado de poder. Meu pau lateja dentro do meu jeans, perco a linha de raciocínio no mesmo instante.
Engulo em seco, tentando recuperar o controle. Mas Diana ri, e é um som que me faz queimar. Suave, sedutor, como se ela já soubesse que eu perdi.
Antes que eu perceba, estou de joelhos.
De joelhos.
No seu tapete persa.
Seus olhos castanhos me consomem mais uma vez, ela segura meu queixo com delicadeza, mas há força ali, uma declaração de que ela manda e eu obedeço. Seus dedos deixam um rastro quente na minha pele, cada toque como uma chama viva.
Diana inclina-se até nossos rostos ficarem a centímetros de distância, e o perfume dela invade meu sistema como um veneno doce. Suas unhas vermelhas perfurando a pele do meu queixo levemente.
— Diga o que sente por mim, Ggukie. — ela ordena, e não há espaço para recusa.
O apelido que ela usou, a forma como cada letra escapou para fora dos lábios quase me leva à loucura. Minha respiração está pesada, os músculos tensos. Ela me encara com uma paciência cruel, o olhar como uma lâmina que rasga qualquer resistência que eu ainda tenha.
— Eu... — a voz falha, mas não posso escapar. Não quero. — Eu sinto tudo.
Ela sorri. Lento, triunfante. Como se tivesse esperado exatamente por isso.
— Tudo não é suficiente. — ela sussurra, e os lábios dela estão tão perto dos meus que posso sentir o calor deles, mas ela não me beija. Não ainda.
Ergo meu rosto apenas um pouco, procuro pelo toque suave da sua boca. Diana recua, com um risinho baixo. As mãos dela descem pelo meu pescoço, os dedos traçando uma linha torturante até meu peito. Arranha minha pele sem pudor, meus olhos se fecham. Agora, as marcas das suas unhas devem ser como uma nova tatuagem, bem no meio do meu peito. A ideia me agrada, o calor sobe pelo meu umbigo.
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𝑻𝑯𝑬 𝑷𝑬𝑶𝑵𝑰𝑬𝑺 / 𝗝𝗞
Romance✦ Diana Harrison precisa de uma entrevista com os Peonies, mas Jungkook, o rockstar, não vai facilitar. ↳ Iniciada em: 17/08/2024 🥇#groupie 19/08/2024