— " O Rio de Janeiro sempre teve um magnetismo especial para mim. As ruas, as praias, a cultura vibrante, tudo parecia estar em movimento. Eu estava por lá a trabalho e decidi aproveitar um tempo livre para dar um rolê, sem pressa, só para sentir a energia da cidade.
Passei por um evento de skate que estava rolando na praia do Leme. A galera estava se divertindo, com várias manobras e risadas no ar. Decidi parar e assistir um pouco, e foi então que, de repente, vi L7nnon. Ele estava lá, deslizando com a maior facilidade, mostrando que a rua e o skate eram seu habitat natural. Fiquei surpresa, não imaginava que ele fosse tão envolvido com esse tipo de rolê.
Quando ele me viu, deu aquele sorriso característico e fez um gesto, convidando-me para chegar mais perto. Claro, aceitei sem hesitar.
— Oi, tudo bem? — L7nnon perguntou, já com aquele olhar descontraído.
— Oi! Tudo bem! Eu... não sabia que você andava de skate — respondi, surpresa com a cena. — Achei que estivesse só na música.
— Na música e na rua — ele respondeu rindo. — Aqui é onde a gente se encontra, né? Vai ficar assistindo ou vai tentar dar umas manobras também?
Eu ri, meio desconcertada.
— Eu nunca fui muito boa, mas por que não?
L7nnon me levou até uma área mais tranquila, onde ele me ajudou a subir na prancha e começar o básico. Mesmo sem nenhuma experiência, eu me senti super à vontade. Ele estava ali, me guiando, com paciência e sempre com aquele jeito despreocupado, cheio de dicas e piadas. A cada tentativa e queda, ele estava lá, me levantando e dizendo que era normal.
— A vida é tipo isso — ele dizia enquanto me ajudava a tentar mais uma vez. — A gente cai, se machuca, mas tem que levantar e seguir. No skate e na vida.
O tempo passou rápido, e quando percebi, o sol já estava se pondo atrás das montanhas que cercavam a cidade. A praia estava mais vazia, e a conversa com L7nnon se aprofundou. Ele falou sobre como a música, o trap e o skate sempre foram formas de se expressar, de se libertar da pressão. Me contou um pouco sobre as dificuldades que enfrentou ao crescer nas ruas, mas também sobre como ele encontrou força na cultura da periferia.
— Tem tanta coisa que a gente vive na rua que ninguém entende — L7nnon disse, mais sério agora. — Mas é isso que nos fortalece, nos faz quem somos.
Eu assenti, me sentindo conectada não apenas com ele, mas com tudo ao redor. O Rio tinha me trazido uma sensação de pertencimento, como se todas as peças se encaixassem ali, naquele momento.
Quando a noite caiu, ele me convidou para ir a um restaurante local, conhecido por sua comida típica e clima descontraído. Aproveitamos a noite conversando sobre tudo: música, viagens, vida... Cada palavra parecia mais profunda, mais sincera.
— Eu te falei que o Rio tem essa energia, né? — L7nnon comentou com um sorriso, olhando ao redor. — Aqui a gente se encontra e se perde, mas sempre com a alma leve.
Antes de me despedir, ele me deu um abraço firme, me desejando boa sorte. Aquele dia não tinha sido apenas sobre o skate ou a música, mas sobre a conexão verdadeira entre duas pessoas em uma cidade que nunca para. "
ᨒ
Apareci né.
Quanto tempo sem atualizar..
necessito de ideais, se tiverem alguma podem vim no meu pv que eu posto!