O show estava fervendo, o calor do Rio invadindo a multidão, mas a tensão entre eu e Diogo estava insuportável. A galera ali, vibrando, mas eu mal conseguia prestar atenção na vibe do lugar. Só pensava na mensagem que tinha acabado de chegar. Era uma amiga minha, com um vídeo do camarim. No vídeo, eu estava conversando com um dos caras da produção, e parecia que rolava um clima, ainda mais com a galera rindo de algo que a gente tinha falado.
Porra tinha sido apenas uma piada.
Quando Diogo desceu do palco, vi ele vindo em minha direção, o olhar pesado, sem rodeios. Ele tinha um jeito único de andar, e, nesse momento, eu sabia exatamente o que ele queria: explicação.
— Cê tá de sacanagem, né? — A voz dele, baixa, mas com aquele tom de quem não tá de brincadeira.
Eu respirei fundo. O que eu ia dizer? Sabia que era só ciúmes, mas mesmo assim, o clima estava tenso.
— Qual é, Diogo, cê tá viajando. É só um vídeo bobo, não tem nada demais. — Falei tentando me manter calma, mas sentindo meu corpo tensar a cada passo dele mais perto de mim.
Ele riu, mas aquele riso não era bom. Era riso de quem tava prestes a explodir.
— Bobo? Então me explica porque o maluco do vídeo tava rindo que nem um retardado, e você toda de sorriso. Tu acha que eu sou cego? — Ele me olhou com aquele olhar possessivo, tão característico dele.
Eu dei um passo pra trás, me sentindo cada vez mais desconfortável.
— Diogo, relaxa. Eu sou sua, você sabe disso. Não precisa ficar assim, eu tava só trocando ideia com o cara e ele soltou uma piada. Não é nada, mano, tinha outras pessoas lá. — Tentei, mas no fundo sabia que aquilo ia ser difícil de apagar da cabeça dele.
Ele ficou me encarando por um tempo, parecia estar se controlando. Olhei pra ele e percebi que não adiantava negar: o cara tava de cabeça quente.
— Cê me ama, né? — Ele perguntou de repente, quase como se fosse uma afirmação, e não uma pergunta.
— Claro que sim. Mas tu tem que confiar em mim, preto. Não tem nada de errado. — Eu dei um sorriso rápido, tentando aliviar o clima.
Ele pareceu relaxar um pouco, mas a expressão não mudou. Então, sem mais nem menos, ele me puxou pela cintura e me jogou contra a parede mais próxima, colando os corpos, sem pensar duas vezes.
— Eu sei, mas cê me faz ficar pirado, porra. — Ele sussurrou no meu ouvido, e eu pude sentir o calor do corpo dele quase queimando o meu.
Foi como se a tensão se dissolvesse ali. O beijo dele foi feroz, as mãos dele estavam em todo lugar, como se quisesse me sentir por inteiro, me fazendo esquecer qualquer outro pensamento que não fosse ele.
A gente ficou assim por alguns segundos, até ele parar, respirar fundo e dar um sorriso, ainda com o rosto colado ao meu.
— Eu sei que sou ciumento, mas é difícil, tá ligado? Cê é minha, e não vou deixar isso pra ninguém, não. — Ele falou baixo, quase um sussurro, como se estivesse se abrindo.
Eu sorri, mais pela situação em si do que pela conversa. Isso tudo parecia uma mistura de insegurança e desejo, e eu sabia que ele só precisava de um pouco de espaço e confiança.
— Já falei, não tem outra pessoa, porra. Cê é meu e eu sou sua. — Eu dei um beijinho na bochecha dele, só para deixar claro que ele não precisava mais pirar com essa parada.
Ele riu baixo, me puxando pra mais um beijo, mais suave dessa vez.
— Então, me dá mais uma chance, vai. Eu sei que fui meio babaca, mas... não sei, meu cérebro deu tilt. — Ele deu uma risadinha, ainda um pouco tenso, mas claramente mais tranquilo.
Eu balancei a cabeça, já sem paciência pra continuar esse papo. Só queria curtir o resto da noite.
— Relaxa, amor. Vamos curtir o show. Depois, a gente vê isso direito. — Eu sorri, sabendo que o resto da noite seria muito mais divertido do que a troca de palavras que acabamos de ter.
Ele me deu um beijo rápido e, finalmente, a energia que ficou no ar mudou. A tensão se dissipou, e a noite voltou ao normal, com o som de Diogo dominando o palco e a galera explodindo de alegria. Eu sabia que, ao final de tudo, ele ia me confiar de novo.
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Amei, já tinha o esboço desse, mais era pra o outro Rapper kkk
pedido: @NayraJamille 💕
