capitulo 29

17 0 0
                                    

Aquela noite havia sido agradável, e, naquele momento, todos nós estávamos nos preparando para ir embora. Acompanhei minha mãe até o carro e notei que ela estava um pouco distante.

— Mãe? — chamei.

— Oi, meu filho.

— Está tudo bem? — perguntei, um pouco preocupado. — Estou sentindo você um pouco distante desde o que a Hannah falou.

— Estou, sim — ela disse, pensando um pouco. — É só que eu não estava esperando aquilo. Vocês estão juntos há quanto tempo?

Respirei fundo antes de responder, desviando meu olhar dela para o chão.

— Juntos como um casal? — vi ela assentir. — Um ano e meio.

— Por que não me contou?

— Ficamos com medo da reação de vocês, depois de tudo o que aconteceu. Sei que é passado e que as coisas mudaram, porém ficamos com receio e estávamos esperando o momento certo. Mas nunca achamos.

— Entendi. — Ela ficou um tempo em silêncio e, logo, chegamos ao carro.

— Sei que deve ter muitas perguntas, e eu prometo que irei responder todas, mãe. Porém, nunca quisemos esconder isso. Só não sabíamos como contar.

— Está tudo bem, filho. Realmente tenho perguntas, mas iremos conversar com calma.

— Tudo bem, mãe. Saiba que eu te amo, independente de qualquer coisa. — Abracei-a.

— Também te amo, independente de tudo, filho. Só quero que seja feliz, tá bom?

— Com ele, eu estou mais feliz do que já estive.

— Fico feliz, filho. Agora deixa eu ir para casa — ela disse, dando um risinho, e eu dei um beijo em seu rosto.

— Se cuida, mãe.

Vi ela entrar no carro com Hannah e partir. Voltei para a porta do restaurante, encontrando Suho, Lunna e Seungmin.

— Tudo bem? — Seungmin perguntou assim que o abracei.

— Sim, melhor impossível. — Dei um beijo nele. — Vamos para casa? — perguntei, virando-me para o outro casal.

— Vamos.

O trajeto de volta para casa foi tranquilo, com as luzes da cidade passando rapidamente pelas janelas do carro. Suho e Lunna estavam no banco de trás, rindo baixinho de alguma piada interna, enquanto Seungmin, ao meu lado, segurava minha mão. A conversa com minha mãe ainda ecoava na minha mente, mas o alívio era maior do que qualquer outro sentimento. Talvez tivéssemos subestimado as pessoas ao nosso redor.

— O que foi? — Seungmin perguntou, percebendo meu olhar pensativo.

Sorri para ele, apertando sua mão suavemente.

— Nada, só estava pensando em como hoje foi melhor do que eu imaginava.

Ele retribuiu o sorriso, e voltamos ao silêncio confortável. Quando chegamos em casa, Suho e Lunna nos ajudaram a descarregar as lembranças que haviam sobrado do jantar: algumas caixas com flores e pequenos presentes. Entramos todos juntos, mas logo o casal se despediu, alegando estarem exaustos.

— Boa noite, vocês dois! — Lunna disse, piscando para mim e para Seungmin antes de puxar Suho em direção ao corredor. — E sem fazer barulho, hein?

Seungmin riu, mas eu apenas balancei a cabeça.

— Boa noite, Lunna. Boa noite, Suho.

Quando a casa ficou em silêncio, me virei para Seungmin, que estava encostado no balcão da cozinha, olhando para mim com um sorriso tranquilo.

Por nossos filhosOnde histórias criam vida. Descubra agora