The Cure

Creatures attack

oi gnt, odeio começar com notas iniciais porém leiam pois isso eh importante para que vocês entendam a fic.
1- "z" são como as criaturas são chamadas.
2- algumas vezes terá datas e horários para a fic ficar mais fácil de vcs compreender.
eh isso gnt, boa leitura.

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24 de março de 2015.
00:00

O grupo foi mais receptivo do que eu esperava, me deixaram descansar na primeira noite, para só depois começar as apresentações e me incluir na divisão de tarefas. Então depois de uma longa noite de descanso, que a propósito foi muito bem vinda, não conseguia me lembrar da última vez que dormi como naquela noite.

25 de março de 2015.
15:32

Acabei descobrindo que além do grupo de seis pessoas que apontaram suas armas pra mim no dia anterior, L, e Joey (o ruivo), existem mais dois membros que estão desaparecidos no momento. Todos tem personalidades muito diferentes, porém eu não pude deixar de prestar muita atenção em L, ela é misteriosa de uma forma estranha, ao mesmo tempo que parece ser durona e inatingível, posso ver uma sombra de medo passar por suas incríveis íris esverdeadas quando o barulho de um dos crânios se rachando preenche o ar, ou até quando aquele grunhido que já se tornou tão familiar fica mais alto. Se recusava a dizer seu nome, e os outros mudavam rapidamente de assunto quando eu perguntava. Ela era temida. Eu sentia isso. Juntamente com Joey, a branquela veio me pedir para cuidar da guarda com uma loira alta, que posteriormente descobri ser Dinah Jane, obviamente não recusei o pedido, estava como hóspede naquela casa, não podia abusar do bom humor de nenhuma daquelas pessoas ali dentro, qualquer passo em falso poderia render uma bala no fundo do meu crânio.

Dinah é muito simpática, e extrovertida, parecia querer me deixar a vontade o tempo todo, me fazendo rir por várias vezes. Fazia tanto tempo que não sentia vontade de rir, ou até mesmo sorrir, que quando o som saía de minha boca eu me sentia completamente estranha. Estávamos a alguma horas sentadas de frente à aquela janela enorme, apenas cuidando do portão principal, pelo canto dos olhos podia ver Doc, um senhor de certa idade, que como Jane me explicou, é o mais perto de médico que eles tem, dormindo em uma rede na área da casa, onde antes eu havia passado algumas horas.

- Ei, será que você pode checar os fundos dessa vez? Acho que já sabe o caminho... - Dinah passava a mão nos olhos como se estivesse tentando afastar o sono de todas as formas possíveis.

Apenas concordei com a cabeça, já me levantando e indo em direção aos fundos da casa, que continha um muro enorme, por esse motivo só era necessário checar de duas em duas horas. Abri a porta devagar para não fazer barulho desnecessário e depois de ter certeza que não havia nenhuma criatura ali fora, fechei meus olhos e  me permiti ficar apenas aproveitando a brisa fria, que mesmo carregando aquele cheiro de carne podre, conseguia ser agradável.

No mesmo instante que o barulho de algo caindo e em seguida se arrastando se fez presente no ar, meus olhos foram abertos, olhei para todos os lados e nada. Me inclinei sobre a cerca de madeira tentando olhar para a parte da frente da casa, não obtendo sucesso. Voltei pra dentro de casa rapidamente e no momento que pus meus olhos na grande janela, meu sangue gelou. Dinah dormia, e alguns centímetros de Doc, um Z continuava à se aproximar. Como se tudo estivesse em câmera lenta, eu comecei a correr o mais rápido que conseguia, esbarrando em algumas coisas durante o caminho, não me importava com o barulho que estava fazendo, precisava salvar aquele homem.

Não pensei nas consequências. Não pensei em como haviam tirado todas as minhas armas no dia anterior. Minha mente só se focava em uma coisa:

Aquele maldito que já se inclinava sobre o senhor que ainda dormia despreocupado.

Então quando cheguei no lado externo, apenas me atirei contra o Z, o afastando do homem, que agora acordava assustado. Não cai em cima da criatura, caímos bem distantes, o que parecia algo ótimo dentro da minha cabeça. Minhas costas doíam de uma forma inexplicável, então eu ficaria ali deitada e deixaria Doc cuidar do que quase o comeu vivo. Mas como Deus não anda muito do meu lado a algum tempo, senti um cheiro horrível se aproximar e um corpo cair em cima de mim enquanto grunhia tentando morder qualquer parte do meu corpo disponível. Minhas mãos, como reflexo, foram para os ombros daquela coisa horrenda, o empurrando para trás o quanto conseguia.

Pude ouvir ao fundo, quando Doc conseguiu matar o outro Z, o barulho de crânio de partindo era inconfundível, mas eu não tinha mais forças, então apenas fechei os olhos, enquanto gastava o resto de minhas forças, sentia as unhas do que já foi um ser humano rasgar meus braços. Quem sabe eu encontro Levi, em algo como o céu, ou o paraíso, o que quer que fosse. Um sorriso sincero surgiu em meus lábios quando pensei em meu falecido noivo. E magicamente o corpo em cima de mim parou de fazer força, eu abri os olhos e vi a lança atravessada na cabeça daquele bicho. Não foi dessa vez. Olhei para a porta da casa e ví L com uma besta nas mãos, os olhos arregalados demonstravam o quanto ela estava apavorada. Doc e Joey me olhavam da mesma forma. Assim que Dinah saiu de dentro de casa gritando por mim, L largou a besta e saiu correndo para dentro da casa.

- Camila, você está bem? - A morena segurou meu rosto e me abraçou forte. - Me desculpe. Isso é tudo culpa minha. Me desculpe.

- Ta tudo bem, Dinah. - Eu estava tão apavorada que retribui o abraço cheio de preocupação que ela me dava. Eu precisava daquele carinho, não tinha algo do tipo a anos.

Doc a ajudou a me levar para dentro, de alguma forma sabiam que eu estava travada pelo choque, depois das poucas palavras que troquei com Dinah, não consegui falar mais nada. Quando entramos naquela casa, eu só conseguia mover os olhos para todos os cantos a procura da minha salvadora. Podia ouvir as vozes abafadas dos presentes na sala, mas eu estava estática.

Um grito agudo saiu do fundo da minha garganta quando senti todos os arranhões nos meus braços arderem como o inferno. Minha mente pareceu voltar a funcionar. O velho estava ao meu lado com um pano e uma garrafa de álcool na mão.

- Me desculpe, eu precisava esterilizar. - Ele me deu um sorriso reconfortante.
Olhei ao redor e ví que todos estavam ali, menos a morena de olhos verdes. Mas logo ouvi passos apressados vindo da escada.

- O que aconteceu? Eu ouvi ela gritar... - Observei aqueles olhos maravilhosamente verdes esconderem o pânico ao ver que eu estava bem.

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espero que tenham gostado do capítulo, até a próxima.
xoxo