#28 - Paintball

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Acordei com o som da chuva, ela não parou desde ontem.

Zeus está podendo!

Era uma ótima hora para ler, já tinha feito as tarefas e com essa chuva não poderia ser melhor.

***

A chuva ja tinha passado depois de ler mais uns 5 capítulos do meu livro quando meu celular tocou "número privado". Atendi.

- Alô?

- E ai Melissa.

- Oi Daniel, o que foi?

- A chuva já passou, você quer sair comigo? - perguntou ele num tom brincalhão. - Pode ser onde você quiser.

- Pode ser. Te encontro...?

- No parque, daqui a uma hora.

- O.k.

- "flw".

Desliguei o celular e me arrumei logo. Prefiro fazer logo tudo antes, para não perder tempo.

Vesti um vestido floral básico, um tênis da vans e saí. Encontrei Daniel em um banco, que sorriu ao me ver.

- Oi.

- E ai - ele disse - Como você está?

- Bem... O que você quer fazer?

- Não sei, tanto faz. Mas mudando um pouco de assunto - ele disse mais serio - Eu, espero que não tenha causado nenhum problema com aquele cara. Qual o lance entre vocês?

- Bom... - caminhamos um pouco - Ele é meu namorado, e ficou meio chateado quando viu nós dois juntos.

- Ata... Mas ele sabe que só somos amigos né?

- Sim, sim já está tudo resolvido.

- Beleza! Então, vamos começar a diversão?

- O que vamos fazer?

- Adoro uma diversão. Me considere um filho Hermes. E vou aprontar muito com você - disse ele esfregando as mãos.

- Há não!

***

Andamos mais um pouco e chegamos em um lugar enorme. Não pude ver o nome por que Daniel colocou suas maos na frente dos meus olhos.

Entramos e Daniel me deu um colete do tipo "policiais" e uma arma de mentira com bolinhas de tinta.

- Vai precisar disso - disse ele.

A ficha caiu.

- Nós estamos no paintball!!! - gritei - Seu filho de Hera!

- É isso ai, e não adianta mais fugir Lissa.

- Lissa? - perguntei.

- Seu apelido - disse vestindo o colete - Vou te chamar assim. Vamos começar?

- O.k.

Entramos na sala escura que parecia um campo de guerra, um alarme soou e ouvi disparos de tinta, atirei em varias pessoas principalmente em Daniel - que também atirava em mim - no  final fiquei em segundo lugar.
Saímos um pouco sujos.

- Parabéns Lissa - disse quando saímos - Você, não é tão ruim nessas coisas.

- Obrigada.

Na saída, o cara que nos deu os coletes não estava mais lá. Era outro - mais feio - Que quando passamos seus olhos brilharam.

- Mas o que... - perguntei

- Lissa - disse Daniel - É melhor saímos daqui. Agora!

Saímos correndo até perder o fôlego e paramos perto de uma árvore enorme.

- Acho... Acho que não nos seguiu.

- Mas - eu disse - O que quase nos seguiu?

- N-nada, acho que ele parecia meio estranho. E resolvi correr.

- Ta bem, deixa para lá - menti - Preciso ir para casa.

Caminhamos alguns quarteirões e chegamos em casa.

- Tchau Lissa.

- Tchau Daniel - disse o abraçando - Até mais.

- Até.

Subi para o meu quarto e encontrei um bilhete na minha cama. O sol estava "em cima" dele. Peguei e li.

Teve muita sorte hoje. Tenha mais cuidado na próxima. Não posso te proteger sempre.
Te vejo em breve.

-P

Diário de Uma SemideusaOnde histórias criam vida. Descubra agora