CAP 31- ASSASSINATO EM MASSA

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06/05
12:00

  A rua limitada pelas fitas de isolamento e as viaturas da polícia civil e do IML era o que tinha chamado a atenção dos pedestres e moradores que passavam por ali. Todos estavam atrás dos cones, atentos à movimentação dos investigadores e assustados com a notícia de um assassinato em massa ocorrido na lanchonete do bairro. Notícia esta, que já estava sendo anunciada na televisão.

  O Delegado Paulo falava com os repórteres em uma reportagem ao vivo sobre o caso enquanto os agentes de sua equipe investigavam a cena do crime.

  Depois de verem algumas informações em relação às vítimas, Eric e Sara pararam em frente à entrada da lanchonete, e com o sol escaldante atravessando seus rostos, começaram a discutir sobre:

— Dentre as sete vítimas, há apenas uma mulher — enunciou Eric. — Ana Lara Medeiros. Ela era a proprietária dessa lanchonete e mora na casa atrás dela. Era balconista, estava sempre junto com a equipe e passava o dia inteiro aqui.

— Outros dois também trabalhavam aqui, eram garçons — pontuou Sara, com os braços cruzados. — Mas essa lanchonete tem três. Onde está o outro?

— É uma mulher. Eu a interroguei com a equipe de cozinheiros e uma vizinha da Ana Lara. A garçonete disse que chegou aqui para trabalhar, mas estava tudo fechado. Como Ana morava atrás, então ela quem abria e preparava tudo primeiro. Ela ligou para a chefe, para os colegas, mas ninguém atendeu, até que os cozinheiros chegaram. A vizinha percebeu a movimentação deles e tentou ajudá-los. Afirmou ter acordado pela madrugada com sons parecidos com tiros e gritos, mas não fazia ideia de onde poderia ter vindo. Foi aí que resolveu chamar an Ana Lara pelo portãozinho da casa dela, que fica ali, no outro lado. — Apontou com a cabeça para lá. — Viu que ele estava aberto e com a fechadura quebrada. Entrou e se deparou com os corpos.

— Fechadura violada... — Divagou a policial. — Quer dizer que o local foi invadido... seis homens e uma mulher. Tenho medo de saber o que estava acontecendo lá dentro! Mais alguém ouviu os tiros e gritos?

— Outros investigadores estão falando com os vizinhos agora. Logo mais, vamos descobrir.

  Interrompendo as análises de Eric e Sara, Eduardo os chamou:

— Acho que vão se interessar pelo que tenho a mostrar.

  Os guiou para dentro da lanchonete, onde outros policiais conversavam e peritos tiravam fotos dos corpos que ainda estavam no chão, anotando todos os detalhes possíveis. As cadeiras e mesas haviam sido afastadas para o canto da parede, permitindo um espaço maior para as investigações.

  Parando em frente aos corpos aglomerados ali, Eduardo afastou uma parte da roupa de cada um deles, mostrando as tatuagens que continham em regiões diferentes. Mais uma vez, os policiais se depararam com um símbolo. Agora, um "M" estava desenhado em todos os sete corpos.

— Money Killers... — confirmou Sara, um tanto distante.

— Estávamos certo sobre o M e o K — pontuou Eric, se levantando do chão. — Essas são as primeiras tatuagens "M" que vemos.

— A forma com que eles foram mortos é típica dos Money Killers. — Eduardo acrescentou.

— Money Killers matando Money Killers? — Ela cruzou os braços e fez uma careta — Por acaso, não se mataram todos aqui dentro?

  Já ciente de tudo o que tinha ocorrido na noite passada, Eduardo explicou:

— Não. Houve luta física antes de morrerem e não há vestígios de digitais nos corpos deles. Se tivessem brigado entre si, haveria digitais, afinal, nenhum usou luva para escondê-las!

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