Capitulo 8

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Any perdeu o controle do veiculo ao frear com tudo, fazendo o carro rodopiar algumas vezes sobre a estrada. Tudo que consegui fazer foi fechar os olhos e esperar pelo pior. Meu coração estava quase saindo pela boca, quando enfim o carro parou.

- Minha nossa, minha nossa, minha nossa, quase atropelei alguém. – disse ela histérica, permaneci parada ainda assustada.

Ele era real, o garoto assustador do meu sonho realmente existia, conclui o raciocínio. O que me deixou aliviada, não estava ficando louca, sonhando e vendo alguém que supostamente não existia. O que me deixou ressentida, por não ter falado nada para a policial.

- Maya! - gritou Any. – Estou perguntando se você esta bem?

- Sim, sim.. – respondi olhando para ela, vendo que ela olhava para todas as janelas. – O que foi Any?

- Não o vejo mais! – disse ela ainda a procura. – Em lugar nenhum.

- Vamos descer do carro, ver se esta tudo bem. – disse procurando algum sinal dele do lado de fora do carro.

- Esta louca? Bateu a cabeça na hora que freei? – disparou Any. – Nem sabemos quem ele é, e se for algum ladrão, maníaco ou sei lá.

Pulamos de susto quando alguém bateu no vidro do carro, chega de susto pensei comigo mesma. Tanta coisa aconteceu essa noite, que comecei apensar que não deveria nem ter saído de casa. Any baixou os vidros do carro quando percebeu que se tratava de um policial. Alto, moreno, e um pouco narigudo.

- Esta tudo bem por aqui? – perguntou ele.

- Ainda bem que o senhor apareceu policial. – Any foi logo despejando as palavras. – Tinha um louco no meio da estrada.

O policial ligou a lanterna e saiu andando averiguando o local, Any e eu permanecemos imóveis dentro do carro aguardando o retorno dele, o que demorou poucos segundos. Seguimos em frente, após a confirmação de que o local estava limpo, suas próprias palavras "Não há sinal de ninguém por aqui".

Senti-me completamente feliz por chegar sã e salva em casa, convidei Any para dormir em casa, convite que por sinal ela negou. Deixei a chave em cima do batente, e subir para o piso superior de casa, pela brecha do quarto eu avistei minha mãe deitada lendo um livro.

- Boa noite minha filha. – disse ela assim que passei pela porta.

- Boa noite querida mãe. – disse voltando atrás, abrindo mais a porta e aparecendo para lhe mandar um beijo. E segui para meu quarto.

Despejei minha roupa na escrivaninha, vestindo um shortinho e uma camisa folgada, me joguei na cama. A cama mais aconchegante que o normal, e no momento o que eu mais precisava era conforto. Não demorei muito para adormecer, um sono vago sem sonhos sem nada.

Enfim, começou meu fim de semana, o que significa que passarei dois dias da cama para o sofá e vice versa. Levantei depois de eu permanecer alguns segundos deitada, mesmo acordada a preguiça dominava meu corpo. Fui direto para o banheiro, lavei o rosto umas três vezes, o que não adiantou por que continuava com a cara amassada.

Desci os degraus as pressas, meu estomago ronca de tanta fome, desejando apenas chocolate quente e torradas. Lembrei que não havia comido nada na noite anterior, também a noite passada não foi nada fácil. Encontrei minha mãe já pronta, ela não trabalha aos fim da semana, estranhei, mas antes que eu perguntasse qualquer coisa ela se adiantou.

- Querida, pensei que dormiria um pouco mais hoje. – disse ela sorrindo, procurando algo. – Aqui, achei a chave do caro. Maya, eu preciso sair para resolver umas coisas, mas não se preocupe estarei de volta antes do almoço. Antes que eu me esqueça, tem torradas e chocolate quente na mesa.

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