Capitulo 13

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Dessa vez o beijo foi mais longo, mas tão perfeito quanto o primeiro, com direito até mordida no lábio. Jake é lindo, estiloso, carismático, e ainda beija muito bem. Se com todas essas qualidades ele não for um Deus grego, esta no caminho certo.

- Posso passar aqui para te levar ao colégio amanhã? – seu rosto ainda permanecia a centímetros de distancia.

- Pode. – disse deixando escapar um sorriso.

- Então, te pego as 6h30m? – disse ele retribuindo o sorriso.

- Sim, pode ser. – ele se afastou após minha resposta.

Atravessei a rua toda eufórica por dentro, tentando contralar a bagunças de sentimento que me dominava. Ainda não conseguia acreditar, que tudo que acabou de acontecer era real. Fiquei parada no outro lado da rua, surgiu mais um sorriso torto encantador, deu partida. Sumindo por completo do meu campo de visão, ao virar à direita. Estranho ele mal se foi, e eu já o queria de volta.

- Finalmente deu o ar da graça senhorita. - disse minha mãe assim que entrei.

Ela estava lavando a louça, isso só poderia significar uma única coisa, ela já havia jantado, e pior sozinha. Isso era algo que ela odiava, pois desde pequena ela fez questão de me ensinar, a respeitar o horário das refeições.

- Seu prato esta no micro-ondas. – disse ela parecendo brava.

Fui direto para o aparelho, programando em 1m30s, tempo suficiente para a comida não ficar quente demais. Assim que apitou peguei o prato e me sentei à mesa, comecei a comer, enquanto o silencio pairava entre nós.

- Por onde esteve esse tempo todo? – disse fechando a torneira, e cruzando os braços após secar a mãos. – Annie veio ao menos te deixar em casa?

- Qual pergunta você prefere que eu responda primeiro? – perguntei tentando ganhar tempo, para pensar em uma desculpa que não envolvesse o Jake.

- Eu quero que me responda agora! – disse ela se sentando na outra ponta da mesa.

- Ficamos conversando por horas, depois que comemos os donuts. – não podia falar sobre o passeio com ele, se eu conheço muito bem a minha mãe, ela faria um escândalo se soubesse que sai da cidade, com um garoto que conheço apenas a uma semana. - E sim, ela me trouxe. – até me admirei com convicção que falei, sempre fui péssima com mentiras.

- Quer que eu acredite que vocês ficaram mais de 6hs conversando. – minha mãe sabia ser articulada, agora que comecei a mentir não podia simplesmente voltar atrás.

- Any e eu encontramos um amigo. - disparei.

- Mark? – ela perguntou em seguida.

- Não! – eu disse incrédula por ela ainda se lembrar desse garoto.

- Filha, não seria nada mau você mostrar a cidade para ele. – ela prosseguiu ignorando minha resposta.

- Mãe! Foi um garoto do colégio. – disse querendo fazê-la tirar essa ideia da cabeça.

- Sabe que não precisa esconder nada de mim, né? – perguntou olhando diretamente em meus olhos. – Se estiver conhecendo algum garoto pode falar, sou sua mãe e tenho direito de saber.

- Mãe, eu não tenho nada com ninguém. – disse, para uma vez por todas encerrar esse assunto. Não sabia o que seria de mim e de Jake, por isso estava muito cedo para mencionar algo.

Graças a deus conseguir por um fim na conversa, minha mãe levantou e se retirou da cozinha. Eu me senti mal, nunca fui de mentir e nem esconder coisas da minha mãe. Ela sempre soube de tudo, até mesmo do ultimo namoro, que por sinal durou menos de três meses, e nem vale apena ser lembrado.

Assim que sai do banho me joguei na cama, fiquei deitada segurando o celular por vários minutos, completamente tentada a mandar um sms para Jake. Não queria parecer atirada demais, mas queria saber se eu havia despertado nele, o mesmo que ele despertou em mim.

Era 5h45m quando o celular despertou, normalmente colocaria o celular em soneca umas duas vezes, mas esse dia era diferente. A ansiedade de vê-lo fazia meu estomago revirar, daqui poucos minutos ele estaria na porta da minha casa.

O meu banho foi rápido, vesti minha calça preta de sarja, e minha blusa de moletom cinza, que estava sobre a escrivaninha. Minha mãe já estava de saída, quando desci a escada, acenando um tchau e mandando beijo antes de fechar a porta. Tomei apenas um chocolate quente, e fiquei aguardando, por um bom tempo.

Fiquei no sofá mais de 40 minutos esperando algum sinal de Jake, uma buzina, um toque na campainha, até mesmo uma batida na porta. Nada, absolutamente nada. Faltavam 5 minutos para as 7h da manhã, quando resolvi parar de esperar, e ir a pé para o colégio. "Ele não vem mais" disse para mim mesmo.

Poderia sim ter acontecido algo, mas eu só conseguia acreditar que fui enganada. Quem sabe tudo não passou de uma brincadeira, e ele esteja rindo em algum lugar. Tentei acelerar os passos, embora soubesse muito bem que só chegaria na segunda aula. Enquanto caminhava mandei uma mensagem para Any.

VOU CHEGAR NA SEGUNDA AULA, DEPOIS TE EXPLICO. BEIJOS!

Foram quase meia hora de caminhada até o colégio, respirei fundo quando parei de frente a portaria. Agora era preciso passar na secretaria, assinar a lista de atraso. Essa já é a segunda assinatura nesse semestre, mais uma e minha mãe seria convidada a ter uma conversinha com a diretora.

JÀ ESTOU NO COLEGIO.

Mandei o sms assim que consegui passar pela secretaria, depois de ouvir vários sermões sobre responsabilidade com horário. O corredor estava vazio, e querendo ou não teria que esperar o sinal tocar, para entrar na sala. Comecei a andar até o armário.

Fiquei paralisada ao vê-lo, no final do corredor, sombrio como das outras vezes. O que ele veio fazer aqui? Porque Mark esta aqui no colégio? Inúmeras perguntas surgiram em minha cabeça.

Ali estava ele imóvel, e eu completamente sem saber o que fazer. Será que eu deveria correr? Mesmo longe percebi um sorriso em seu rosto, cheio de maldade. Sem muita opção, comecei a voltar pra trás, se eu tivesse sorte conseguiria chegar ao refeitório, com certeza tem alguém lá. Porem quando virei à esquerda, ele apareceu em minha frente, mas como isso era possível?

- Por acaso esta fugindo de mim? – disse ele.

Não consegui dizer nada, em seguida fui arremessada contra a parede. Queria correr, mas caída no chão, cada canto do meu corpo gritava de dor, principalmente minha costa. Fiz um esforço, que pioro ainda mais a minha dor,

- Socorro! – gritei o mais alto que pude.

- Vamos acabar com isso de uma vez por todas! – não sei se tinha batido a cabeça, mas seus olhos ficaram vermelhos.

Peço desculpa a todos pela demora, sei que o combinado foi postar toda terça, porem essa teve um contra tempo. Aproveito para a gradecer a cada um de vocês mais uma vez, afinal vocês sempre me motivam. Então galera comentem a vontade ( criticas e elogios) e não esqueça de curtir também. *-*

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