Capítulo 16

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Ali estava eu, esparramada no sofá por um bom tempo, trocando sem parar os canais, em busca de algo interessante para assistir. Confesso que minha atenção estava mais presa na conversa, ao invés da TV. Ele contava sobre a morte dos pais, sua emancipação, que não sei a razão, mas não me comoveu em nada.

Continue assim, esta no caminho certo, querendo conquistar minha mãe, apelando para o emocional, pensei comigo mesma. Isso era tudo que precisava, para minha mãe gostar ainda mais dele.

- Eu te acompanho até a porta! - ouvi minha mãe dizer, depois de tanta conversa.

Tudo o que eu mais queria, era estar errada em relação a Mark, queria acreditar que ele era um bom moço, algo dentro de mim insistia em dizer o contrário.

- Até mais, Maya. - disse ele caminhando até a sala, fazendo arrepiar cada pelo do meu corpo.

- Até. - disse, mesmo não querendo dizer nada.

- Foi um prazer enorme jantar ao lado de belíssima companhia. - Mark disse meloso.

- Volte sempre! - minha mãe falou, em seguida fechando a porta, vindo até a sala, diante de mim cruzou o braço, e disparou. - Mas o que é que deu em você hoje? Posso saber porque dessa mudança tão rude? Pensei que vocês tinham uma amizade.

Ela continuava em pé, olhando para mim, com uma das sobrancelhas erguida, e batendo a ponta do pé freneticamente. Não respondi nada, por parte por não saber como contar, por outra por não saber se deveria.

-Francamente essa não foi a educação que te dei! – seu rosto denunciava que estava brava comigo. – Sobe para seu quarto!

- Mãe... – como assim? Minha mãe me querendo por de castigo?

- Maya, agora! – disse se mostrando nem um pouco interessada no que tinha para dizer.

Não a questionei, subi a escada sem nem olhar para ela, ficando com raiva também. Fechei as portas, sentei na cama com as duas mãos na cabeça, fuzilando o chão. Com ar meio abafado em meu quarto, levantei e fui até a janela, nada melhor que ar fresco para acalmar.

Gelei na hora, ele estava lá embaixo, parado, completamente imóvel, de braço cruzado ao lado do seu carro. Um sorriso logo surgiu em seu rosto, quando me avistou na janela, fazendo meu coração disparar de medo. Tranquei a janela, fechei as cortinas, minhas ações foram puro instinto.

Ele esta me espionando? Perguntei-me, começado a ficar apavorada em relação a Mark. E desde quando ele faz isso? Seja o que for o interesse dele por mim, coisa boa não era. Logo veio em minha mente suas ultimas palavras, antes do jantar "apenas brincar".

- Oh meu deus! – disse correndo até a cômoda e pegando o telefone, pensamentos a mil, Será que ele é um psicopata? Um Serial Killer? Ligo ou não para a policial?

Fui me aproximado da janela devagar, passo após passo, preparando para olhar para saber se ele continuava lá. Encostada na parede, ao lado janela, respirei fundo antes de levantar um pouco da cortina, e pela fresta vi que ele havia sumido.

Me joguei na cama com o telefone ainda em mão, respirando mais aliviada, mas mesmo assim preocupada. Eu tinha que fazer algo, mas não havia nada concreto, nada que me ajudasse em uma denuncia, ou que fizesse um policial ou minha própria mãe acreditar em mim.

Estava pensando em tantas coisas, que nem me dei conta que peguei no sono. Fui levada para um galpão enorme, por mais que eu quisesse ver o local, não coseguia devido à escuridão. Sem nenhum aviso, fui surpreendida por um clarão, precisei de um tempo, e inúmeras piscadas de olhos, para adaptar a vista.

O medo invadiu meu peito, coração disparou, quando avistei Mark em minha frente. Ele agachou olhou pra mim, o sorriso sempre em seu rosto, passou a mão em meu queixo.

- Shhhh! – disse ele tirando o pedaço de pano que tampava minha boca. – Aconselho você a não gritar.

- Porque esta fazendo isso comigo? – perguntei apavorada, não conseguindo evitar as lagrimas.

- Ah querida Maya, não leve para o lado pessoal, por favor. – pude sentir a ironia em cada palavra que saltava de sua boca.

Ele gostava disso, podia ver através de suas feições, como se me ver naquele estado, morrendo de medo e completamente indefesa, aumentasse seu ego.

- Infelizmente sigo ordens. – concluiu ele.

- De quem? – disparei a pergunta.

- Isso pouco importa! – ele se levantou, andou a minha volta, prosseguiu. – Na verdade, pra você nada mais importa.

- Eu não fiz nada! – gritei desesperada ao notar a ameaça em sua fala, às lagrimas molhando meu rosto.

- Às vezes pagamos pelos erros dos outros. – falou friamente.

- Então acabe logo com isso! – disse fechando os olhos esperando pelo pior.

- E perder toda a brincadeira? – ele sorriu.

- Que tipo de monstro é você? – perguntei.

- Sou uns dos piores. - foi apenas questão de uma piscadela, para seus olhos passar de pretos para vermelhos.

Tampei o rosto com as mãos, apertando fortes os olhos. De longe ouvi um alarme, que a cada segundos ficava mais alto. Esperando o golpe fatal, porem nada. Abri os olhos em busca dele, mas o galpão havia sumido, tudo que vi foi meu quanto, estava deitada em minha cama.

Desliguei o despertado ainda desnorteada, querendo acreditar que tudo não havia passado de um sonho, mesmo que no fundo pensasse o contrario. Já levantada, andei até o banheiro, deixei a água morna cair pelo meu corpo todo.

Rapidamente me vesti, quando me dei conta, já estava quase atrasada. Escutei uma buzina, antes mesmo de descer as escadas. Não precisa ser uma vidente para saber que era Any, quando abri a porta para minha surpresa, estava enganada, Jack esta estava na porta da minha casa.



PEÇO A TODOS LEITORES MIL DESCULPAS, DEVIDO A DEMORA. COMO ALGUNS SABE FAÇO FACULDADE, E COM O RETORNO DAS AULAS, FICA DIFÍCIL CONCILIAR TRABALHO E FACULDADE, E COM ISSO FICO COM POUCO TEMPO PARA ESCREVER. MAIS UMA VEZ AGRADEÇO A CADA UM QUE CURTE MEU LIVRO, E INTERAGE COMIGO ATRAVÉS DO COMENTÁRIOS. FIQUEM A VONTADE PARA COMENTAR SEMPRE ISSO SEMPRE INCENTIVA. OBRIGADO, OBRIGADO, E OBRIGADO! Rs =D

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