Capítulo 15

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Fiquei deitada na minha cama por alguns minutos, tentando entender o que minha mãe via nesse garoto, já que sabia muito bem o que ela não conseguia ver. Um garoto completamente sombrio, e querendo ganhar o premio de mãe simpática.

Tentei parar de pensar um pouco em Mark, afinal não havia mais nada que eu pudesse fazer para impedir esse jantar. Ele nunca fez algo contra mim, pelo menos não diretamente. Já que tudo que passei com ele, parece mera invenção da minha cabeça. Sei exatamente o que minha mãe me diria, isso é implicância, ou algo do tipo.

Queria apenas fugir desse jantar, ou melhor, que nem acontecesse. Se eu fosse dormir na casa da Any? Logo afastei esse pensamento, em hipóteses alguma, deixaria minha mãe sozinha com ele.

Deixei a água morda do chuveiro, cair sobre meu corpo, fechei meus olhos e tentei esvaziar a minha mente, e esquecer por singelos segundos de tudo. Tentativa em vão, meus pensamentos estavam a mil.

Havia acabado de sair do banho, ainda enrolada na toalha, quando ouvi a campainha. O som soou duas vezes, antes que minha mãe pudesse abrir a porta. E o frio na barriga dominou meu ser.

Normalmente vestiria uma regata, algum short de pijama, mas nesta noite teria que ser diferente, graça a visita indesejável. Coloquei uma camiseta bege, um short jeans, e um chinelo, coberto de pedrarias.

Abri a porta do meu quarto, fiz uma pausa diante da escada, respirei fundo, querendo controlar meus batimentos cardíacos. Desci devagar, degrau por degrau, fazendo o Maximo para não transparecer meu nervosismo.

Ele estava sentando no sofá, sua calça jeans escuro, a camiseta branca grudada em seu corpo, valorizando seus músculos. Olhando ele ali sentado pude reparar o quanto ele era forte, até mais que Jake.

Sorriu assim que me viu, apesar dos traços de sua boca e seus dentes alinharem em perfeita sintonia, se sorriso fez me arrepiar. Não podia ignorar sua beleza, mas sabia que por trás daquele rosto bonito, e ombro largo, havia maldade.

- Boa Noite. – ele se levantou com uma sutileza e rapidez, e me aguardando de pé no final da escada.

Como pode ser tão sínico? Pensei comigo mesmo, as imagens no corredor do colégio vieram à tona, fazendo perder o controle do meu nervosismo, e minha respiração acelerar.

- Só mais alguns minutos, e já sirvo a janta. – ouvi a voz da minha mãe, acompanhada com o barulho de panela.

-Você esta muito linda Maya. – seus olhos negros me sugaram de uma maneira sobrenatural.

- Maya! – a voz da minha mãe fez com que eu voltasse em si.

- Obrigada. – disse me desviando, indo em direção à cozinha.

- Querida leve os talheres e os guardanapos para mesa.

-É impressão minha ou você esta me evitando? – ele se aproximou, enquanto eu fazia o que minha mãe havia pedido.

- O que você realmente quer comigo? – disparei a pergunta.

- Desculpa, mas não estou compreendendo sua pergunta. – ele disse aproximando ainda mais.

Por um instante questionei se eu realmente tinha feito o certo em perguntar. Sei que poderia parecer uma louca, mas tinha algo errado com ele, disso eu tinha certeza.

- Você sabe muito bem do que estou falando. – Agora que comecei não podia voltar atrás.

Ele riu, sem seguida segurou a minha mão. Seu toque gelado me fez sentir estranhas sensações, o maior delas, era o medo. Olhei para seu rosto, seus olhos pareciam querer me devorar. Senti-me uma presa diante de um caçador, já havia me sentido assim antes, naquele dia no jardim, onde me senti tão próxima da morte.

- Apenas brincar - sussurrou.

- A comida esta pronta! – disse minha mãe, e tão rápido ele se afastou alguns centímetros. – Fico feliz por ver vocês tão próximo.

O jantar seguiu adiante, eu ao lado da minha mãe, e ele a minha frente. O silencio pairava o local, minha mãe uma vez ou outra falava alguma coisa com ele. Enquanto seus olhos pareciam grudados em mim.

Pasma por minha mãe não conseguir ver a maldade, que existia em Mark. Para mim era tão evidente. Apenas queria distancia dele, é pedi demais?

- Então Mark, quando você volta.. – parei ao me da conta que não sabia de onde ele era. – Você é de onde mesmo?

- Atualmente moro em Londres. –respondeu ele, seu prato parecia intocável.

- E quando você volta para Londres? – conclui minha primeira pergunta.

- Maya! – minha mãe me repreendeu – Não ligue para minha filha.

Não me importei nem um pouco com a bronca, e nem me senti mal por fazer a pergunta. Queria a todo custo que esse medo, calafrios, sensações acabassem o mais rápido possível. E ele indo embora era a única maneira.

- Em breve, assim que eu terminar o que vim fazer. – disse olhando para mim, senti que ele queria dizer algo mais, porem se conteve.


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