Continuação da fanfic "Obsessão-Tom Kaulitz".
Decidi continuar com Obsessão, porque é uma fanfic que tem muita significância para mim.
E para as leitoras que não desistiram de mim, mesmo o começo sendo ruim.
Sejam bem-vindas a "Minha Obsessão", s...
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Eu devia estar feliz. O nascimento de Vicent era motivo suficiente pra isso. Mas não... junto com a alegria, veio o peso. Uma criança. Mais uma vida inocente nesse mundo podre que me cerca. Eu queria outro filho, sim — mas com a minha mulher. Só que ela, com aquela teimosia que me faz tanto odiá-la quanto desejá-la, insiste em dizer não.
E agora, Chloe está sendo vigiada por Mathias.
Se ele ousar encostar um dedo nela, eu juro por tudo que é sagrado — não sobra um osso inteiro naquele maldito. Não vai haver misericórdia. Não vai haver redenção.
Chegamos em casa. As crianças seguem direto para seus quartos. Eu passo por Ysadora sem dizer uma palavra. Não porque não quero... mas porque, se eu disser algo, tudo desaba. Entro no escritório, caio na cadeira como um corpo morto. Apoio os braços na mesa e deixo o rosto afundar neles. O cansaço não é só físico. É existencial.
Ser Tom Kaulitz é ser o rei da podridão vestida de luxo. Líder da máfia. Rei da elite Alemã. O nome que todos sussurram e evitam.
O maldito Kaulitz.
Intocável. Indestrutível.
Se eu pudesse, teria rasgado esse destino com as próprias mãos.
Desde que Jörg desapareceu, quando eu ainda era um moleque de dezesseis anos, tudo veio desmoronando em silêncio. Minha mãe segurou as pontas como pôde, mas no fim... tudo caiu sobre mim. Por ser o mais velho. Por ser o que “nasceu pra isso”. Bill sempre esteve ao meu lado, mas a responsabilidade... era minha.
Eu podia ter fugido. Podia ter arrastado Bill, Gustav e Georg comigo. Formado nossa banda. Vivido o sonho adolescente. Mas não. Eu escolhi ficar. Escolhi o peso. O nome. A maldição.
E talvez tenha condenado todos eles junto comigo.
"Você é o culpado."
"Quantos morreram por sua causa?"
"Quantos mais vão sangrar pra manter o seu império?"
"Você escolheu isso."
"Covarde."
"Monstro."
As vozes. Sempre elas. Cortando por dentro. Me rasgando por dentro como lâminas.
Estou sozinho, e aqui dentro, isso é o mesmo que estar à beira do abismo.
Mas então a porta se abre com a suavidade de quem não precisa pedir permissão. Eu nem olho. Eu sei quem é. Posso senti-la como se fosse parte de mim. Ysadora. A mulher que insiste em carregar luz, mesmo vivendo ao lado da minha escuridão.
Ela vem descalça, com um pijama de ursinhos — e ainda assim, carrega uma força que ninguém mais tem. Senta no meu colo sem cerimônia, como se o caos fosse um lugar confortável quando ela está nele.