Continuação da fanfic "Obsessão-Tom Kaulitz".
Decidi continuar com Obsessão, porque é uma fanfic que tem muita significância para mim.
E para as leitoras que não desistiram de mim, mesmo o começo sendo ruim.
Sejam bem-vindas a "Minha Obsessão", s...
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Desde que Chloe saiu, Ysadora não parou um segundo. Andava em círculos, os dedos trêmulos mordendo o resto das unhas, os olhos vidrados em nada — como se estivesse vendo o pior. Eu tentei falar que ela voltaria, que era só uma volta rápida, que ela devia descansar… mas o instinto de mãe dela sempre foi mais forte que qualquer palavra minha.
Ysadora é uma mãe foda. E, no fundo, eu sempre soube que ela morreria pelos nossos filhos sem pensar duas vezes.
Eu disse a Bill que deixasse todos descansarem um pouco. Precisávamos de forças quando o sol nascesse — tínhamos muito trabalho pela frente. Matar cansa, esconder cansa, viver entre o medo e a culpa cansa.
A noite estava pesada.
O silêncio, quase sagrado. Todos dormiam um sono fundo, o tipo de sono que só vem depois de dias de sangue e adrenalina. Mas, conforme as horas se arrastavam e nenhuma notícia da Chloe chegava, o incômodo virou agonia.
Ysadora estava em pedaços. A cada minuto, eu via o desespero consumindo ela viva.
Ysadora — Ela está demorando demais, Tom… — a voz dela falhou. — Não devíamos ter deixado ela sair.
As mãos dela foram ao peito, como se tentassem segurar o coração antes que ele despencasse.
— Calma, meu amor. Eu vou lá fora procurar. — beijei sua testa, o gosto salgado do medo grudou nos meus lábios.
Peguei o casaco e saí. O vento frio cortava a pele como lâminas. Andei pelo galpão, chamei o nome dela. Nenhuma resposta. Só o eco devolvendo minha culpa.
Continuei andando, mais longe, gritando outra vez — e nada. O vazio respondeu com um silêncio que parecia zombar de mim.
Quando voltei, o peito queimava. Ysadora correu até mim, o rosto pálido, as mãos tremendo.
Ysadora — Cadê ela? Cadê nossa filha, Tom?
Não consegui responder.
O coração disparou, a cabeça girava, e a voz dentro de mim começou a sussurrar o que eu já sabia: você falhou, de novo.
Falhei como pai. Falhei como homem. Falhei como tudo que tentei ser.
— Todo mundo acorda. Agora! — gritei, esmurrando a mesa, as veias latejando nas têmporas.
As luzes se acenderam com violência. Um a um, os corpos começaram a se mexer, olhos pesados, confusos, tentando entender.
Mas eu já sabia. Algo estava errado. E, dessa vez, o erro tinha o nome da minha filha.
Bill — Me dá um motivo bom pra eu não te bater, Tom Kaulitz. — a voz dele é um corte seco, cheia de aço.
— Chloe sumiu. — digo sem rodeios.
É como acionar uma bomba no ar. Todo mundo pula de uma vez, corpos se chocam, olhares viram lâminas.
Matteo — Como assim sumiu? — ele engasga com o horror.