Continuação da fanfic "Obsessão-Tom Kaulitz".
Decidi continuar com Obsessão, porque é uma fanfic que tem muita significância para mim.
E para as leitoras que não desistiram de mim, mesmo o começo sendo ruim.
Sejam bem-vindas a "Minha Obsessão", s...
Comentem bastante nesse capítulo e deixam o voto de vocês ♥︎
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Fazia tempo que eu não dormia assim. Tempo demais. O sono veio como um golpe - pesado, inevitável. Talvez fosse exaustão, talvez fosse ela. Mesmo com o caos latejando dentro da minha cabeça, mesmo com tudo uma completa merda, eu tinha o que sempre quis: ela, finalmente, nos meus braços.
O corpo dela se encaixava no meu como se o inferno tivesse nos moldado um pro outro. E talvez tenha mesmo. Porque nada no que existe entre nós é puro. É errado. Doentio. Mas real.
Ela dormia tranquila, inocente, como se não tivesse ideia do que eu sou, do que já fiz. Como se o toque dela apagasse o sangue, o desespero, a sujeira que carrego por dentro. E por algum motivo... naquele instante, apagava mesmo.
Eu passei os dedos pelo cabelo dela, sentindo a respiração calma batendo contra meu peito. E juro - foi o primeiro momento em muito tempo em que o mundo inteiro ficou em silêncio. Nenhuma lembrança, nenhum fantasma, nenhuma voz.
Só ela.
Mesmo com tudo ruindo, mesmo com a merda toda que eu sei que vai cair de novo, eu tinha o caos inteiro dormindo no meu peito. E isso... isso era paz. Da forma mais distorcida possível.
Porque a verdade é que eu nunca quis um amor leve. Eu sempre quis o tipo de amor que arde, destrói e mata devagar. E ela é exatamente isso - a calmaria que me enlouquece, a perdição que eu chamo de lar.
Tessa dormia sobre o meu peito, os dedos presos na minha pele como se tentassem me manter no mundo. As pernas dela estavam entrelaçadas nas minhas, me imobilizando com uma calma doentia, como se tivesse medo que eu evaporasse se ela afrouxasse o toque.
E eu deixava. Porque fazia tempo que ninguém me segurava por querer.
O quarto estava em silêncio, o tipo de silêncio que engole. O cheiro dela misturado ao meu, o calor, o peso do corpo dela... tudo fazia o caos dentro de mim se aquietar por um instante. Era a primeira vez em muito tempo que eu me sentia humano.
Mas paz, pra mim, nunca dura. E ela não durou.
O celular começou a vibrar, insistente, cortando o ar como uma lâmina. Tessa resmungou, me apertando mais, sonolenta.
Tessa - Ou atende... ou desliga essa merda. Tá atrapalhando meu sono - murmurou, e a voz dela, rouca, quase me fez rir.
Quase.
Peguei o celular só pra silenciar, mas o nome na tela congelou meu riso. "Pai."
Naquela hora da madrugada? Merda.
- É meu pai - falei, e minha própria voz soou diferente.
Atendi.
Tom - Aaron, onde você está? - a voz dele veio trêmula, carregada de algo que me fez gelar.