Continuação da fanfic "Obsessão-Tom Kaulitz".
Decidi continuar com Obsessão, porque é uma fanfic que tem muita significância para mim.
E para as leitoras que não desistiram de mim, mesmo o começo sendo ruim.
Sejam bem-vindas a "Minha Obsessão", s...
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Finalmente, hoje é o nosso aniversário. Meu e do Aaron. Mas também... é o da Analu. Analu nasceu primeiro, alguns anos antes. Mas por alguma ironia cósmica (ou piada de mau gosto do universo), eu e Aaron decidimos nascer exatamente no dia dela. Desde então, compartilhamos não só a data, mas a vida. E ela, mesmo sem laços de sangue, virou parte da nossa família. Uma amiga que virou prima de coração — e alma.
Mamãe sempre conta que sua festa de aniversário virou caos quando entrou em trabalho de parto. O salão decorado, a música alta, os convidados… tudo foi engolido pela pressa de dois bebês teimosos que quiseram vir ao mundo juntos, aos gritos. Ela diz que foi lindo e desesperador. Eu sempre achei dramático — mas no fundo, adoro saber que nossa chegada foi assim: intensa. Como a gente.
Esse ano, pedimos algo simples. Só a família e os amigos mais próximos. “Nada de exagero”, dissemos. Mas com tio Bill organizando a festa e contratando gente para cuidar da comida e da decoração, o “simples” virou um evento quase cinematográfico. Analu topou comemorar junto, como sempre. Ela é boa demais pra dizer não pra gente.
Deitada no quarto, sentia uma ansiedade diferente. Era como se uma Chloe nova estivesse prestes a nascer junto com esse aniversário. Não a protegida. Não a que espera os outros resolverem. Mas a que decide. A que cresce. A que carrega o sobrenome como arma e escudo. Tio Bill não treina a gente por brincadeira — ele treina porque o mundo lá fora pode ser cruel.
Dezoito. A idade em que tudo muda. Onde os erros já não são mais desculpáveis pela juventude. “Agora você já pode ser presa”, eu disse pra mim mesma mais cedo, rindo. Mas entre eu e o Aaron, é óbvio que ele seria o primeiro a cruzar essa linha. Não por maldade — mas por impulso. Por carregar demais do nosso pai no peito.
O quarto ainda estava em silêncio quando mamãe entrou. Se jogou em cima de mim como uma criança, me encheu de beijos até minha risada escapar, involuntária.
— Chega, mãe! — reclamei, rindo alto.
Ysadora — Deixa de ser chata! — ela rebateu, com aquele jeito divertido que só ela tem. — Finalmente dezoito anos!
— A senhora falou isso umas mil vezes hoje — comentei, revirando os olhos.
Ysadora — E vou falar mil mais. Posso ser uma mãe babona? — cruzou os braços, fingindo indignação. — Você e Aaron são os maiores presentes da minha vida. Eu tive tanto medo de perdê-los também...
“Também.” A palavra caiu no ar como uma pedra jogada num lago calmo. E eu vi: ela percebeu. Tarde demais.
— ‘Também’? — minha voz saiu baixa, quase sussurrada. Mas firme.
Ela hesitou. Sua postura mudou. O sorriso escapou do rosto. E ali, no silêncio pesado, mamãe não era mais a mulher forte e divertida. Era uma garota com cicatrizes antigas sangrando de novo.
Ysadora — É um assunto delicado, filha...
— Mãe… a gente é mais do que mãe e filha. Somos melhores amigas também. Me conta. Por favor.