Continuação da fanfic "Obsessão-Tom Kaulitz".
Decidi continuar com Obsessão, porque é uma fanfic que tem muita significância para mim.
E para as leitoras que não desistiram de mim, mesmo o começo sendo ruim.
Sejam bem-vindas a "Minha Obsessão", s...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Chorei. Sem vergonha, sem escudo, sem fingimento. Porque pela primeira vez em anos, eu senti o desespero rasgar minha pele e corroer meus ossos. Vi minha casa — meu lar, meu trono — arder em chamas. E isso me quebrou por dentro de um jeito que nenhuma briga, nenhuma bala e nenhuma traição conseguiu antes.
Não me importa o que pensem. Isso não me faz menos homem.
Foda-se.
Aquela casa foi palco da minha história. Foi onde obriguei Ysadora a viver comigo, mesmo quando ela me odiava. E mesmo assim, ela ficou. Foi ali que meus filhos cresceram, correram pelos corredores, gritaram, riram.
Ali foi o cenário de noites insanas, jantares em família, brigas violentas e reconciliações perigosamente doces.
Foi caos. Foi amor. Foi meu império.
E agora... é só cinza. Mas isso aqui não é um fim. É o renascimento do caralho do monstro que eu enterrei lá atrás.
Quem fez isso vai desejar nunca ter respirado perto de mim. Vai implorar pelo próprio fim.
Porque eu sou um Kaulitz, e quando a minha alma pega fogo, o mundo arde junto.
Eu vou reconstruir cada parede, cada centímetro maldito dessa casa. Vai levar tempo? Vai. Mas eu tenho tempo.
E tenho ódio suficiente pra alimentar um exército.
O que eu estou sentindo agora? É o mesmo ódio cego que me engoliu quando Ysadora perdeu nosso bebê. E se naquela época eu quase matei o mundo por ela, imagina agora.
Quem ousou destruir o que era meu... Vai conhecer um inferno tão pessoal que nem o Diabo vai ter coragem de assistir.
O vento estava frio no alto do morro. Dava pra ver a cidade inteira dali — o mesmo lugar onde levei Bill quando ele quase perdeu a porra do juízo. Agora era minha vez. Eu precisava de silêncio, de distância. Precisava me recompor antes de encarar minha mulher e meus filhos com o cheiro de fumaça ainda impregnado em mim.
Mas a paz é uma coisa que não me pertence.
Ouvi passos. Galhos estalando. Levantei rápido e saquei a arma. Se fosse quem eu pensava, ia cair morto ali mesmo.
Mas não era. Era ela. Sempre ela.
Com aquele olhar que me desmonta, porra, mesmo quando eu só queria ver o mundo queimar.
Como ela sempre consegue me achar quando tudo desmorona?
Ysadora — Você não está sozinho, Tom. Não carrega isso sozinho. Eu tô aqui! — a voz dela me atravessa.
Ela se aproxima devagar, como se eu fosse um bicho ferido prestes a atacar.
— Vai embora, agora. — minha voz sai firme, fria, mas por dentro... tudo em mim implora pra ela não me ouvir.