Bad Girl

Doente/Beijo

Eu acordei, Pedro já estava fora da cama, fui até o banheiro e fiz minha higiene pessoal e voltei para a cama, tinha algo errado.
Me sentei na cama, eu estava com muito frio, e meu corpo estava quente demais, minha cabeça doía.
De repente Pedro aparece sorridente com uma bandeja cheia de comida.
-Bom dia flor do dia.- ele diz animado.
-Oi- eu sorrio de canto.
-Que desânimo é esse mocinha?
-Não sei, tem algo errado comigo, meu corpo está quente, e estou com um pouco de dor de cabeça. - falo com a mão na barriga, com a expressão de vômito.
Ele coloca a mão na minha testa.
-Caralho At!!!- ele diz assustado.- Você está super febril!

Logo vejo Pedro subir as escadas aparecendo na porta do meu quarto com uma caixa que dizia "Remédios". Então ele pega um e me dá com um copo d'agua. Eu tomo, mesmo não sabendo que remédio era, mais 1° eu confiava em Pedro, 2° A dor era tanta que eu não estava nem ai para que remédio era, desde que funcionasse.

Logo ele me deu um beijo na testa e me deixou dormir, ele acabou ligando na faculdade e alegando que eu estava doente demais para comparecer a aula hoje.
De repente a porta abre e Pedro aparece do meu lado, dizendo:
-At, acorda, seu professor está aí e ele quer falar com você.
Eu me levanto quase num pulo, e sinto meu corpo todo doer, dou um gemido por conta da dor.
-Fala pra ele esperar que eu já mando ele subir.
-Ok.
Eu me levanto assim que Pedro sai do meu quarto, e vou até o banheiro, eu estou horrível, então me arrumo um pouco e me deito, ah vai de pijama mesmo. Apareço no corredor e falo o mais alto que consigo.
-Pode subir!
Volto a me deitar e um professor lindo aparece a minha porta, coloca sua bolsa no chão e Pedro está de braços cruzados na porta.
-Minha flor, como está se sentindo- ele diz se ajoelhando ao lado da cama e me fazendo carinho.
-Estou melhor, obrigada.
Nós dois estamos encarando Pedro agora, que não tinha um pouco de vergonha na cara e não ia embora, assim que ele percebe meu olhar de morte pra ele, ele diz com cara de bravo.
-Tá, vou deixar vocês a sós, mas não pense que não estou de olho.- ele diz saindo
Daniel sorri e eu também balançando a cabeça negativamente.
-Ele é sempre essa figura?- Daniel pergunta dando risada ainda.
-Sim, e eu que tenho que aguentar essa peste.-digo colocando minha mão na testa.
Ele ri mais.
O silêncio prevalece no quarto, então Daniel pega minha mão e faz carinho nela.
-Sabe...Quando me disseram que minha aluna preferida estava doente, fiquei preocupado...- ele disse olhando para minha mão.
Ele continuou
-E-eu...eu acho que estou gostando de você At, mas de verdade mesmo.-Agora ele diz levantando seus olhos de minhas mãos pálidas e encarando meus olhos verde esmeralda que brilhavam mais que qualquer estrela.
-Érr...- eu digo confusa.
-Não, não precisa dizer nada agora, eu não quero respostas, eu não quero te pressionar, eu quero que seja algo natural. Eu só quero se você gostar mesmo de mim, como gosto de você, como me sinto bem na sua presença.
Dito isso ele chegou mais perto de mim, meus olhos arregalados lhe analisavam. Com apenas alguns centímetros de distância entre meu rosto e o seu, dividíamos o mesmo ar, ele apenas olho nos meus olhos e colou seus lábios nos meus, acabando com o único espaço que existia entre nós. Ele beijava muito bem, então correspondi, para não ser a palerma da história. Sua barba me incomodava, mas de uma forma gostosa que até me fazia rir.
No fim do beijo, aquele sorriso apareceu, seus olhos abriram, e logo após abri os meus. Então eu disse brincando.
-Acho que melhorei, doutor.
Ele riu.
Foi embora me dizendo para me cuidar e me beijando mais uma vez, me deixando só no quarto, por fim ouvi o barulho de sua moto partindo, e me deixando ali, com vários pontos de interrogações na cabeça.

Pedro aparece na cozinha, onde eu estava lanchando.
-Esta melhor?-ele pergunta seco.
Eu apenas afirmo com a cabeça, engolindo tudo que estava na minha boca, pergunto:
-O que você tinha ontem?
-Julia terminou comigo...- ele fala baixinho.
Eu apenas assenti e saí da cozinha lhe deixando só.