Bad Girl

Encarando.

Acordei atrasada para a faculdade, ontem dormi a metade do dia inteiro logo depois de ter chegado da casa do Dan, Pedro também não apareceu. Tomei um banho e fiz minha higiene bucal, arrumando meu cabelo e vesti a primeira coisa que vi pela frente de tão atrasada. Ou seja, um jeans escuro, uma blusa branca que mostrava a barriga, e um all Star branco.

Peguei um táxi e pedi para ele ir o mais rápido possível, chegando lá passei a aula toda quase dormindo, mais consegui anotar tudo e prestar atenção em tudo, prestava mais atenção em Daniel, do que na matéria.

Depois da aula, já ia descendo para falar com Daniel quando várias alunas atravessam na minha frente. E as voizinhas esganiçadas começaram a surgir. Professor de cá, professor de lá. E puxavam ele pelo braço, e abraçavam, e como eu sou sem paciência fui logo empurrando todas.
-Com licença vadias- eu disse gritando e empurrando cada um que eu via pela frente.
Elas me olharam feio e eu agarrei o braço de Daniel, que me olhava estranho.
-Precisava fazer isso?- ele falou arrogante
-Precisava?!- eu falei como se fosse óbvio.
Ele se soltou do meu braço e falou.
-Isso, é o meu trabalho.
-Dar moral para putas?- eu disse de braços cruzados
-Não! Ajudar minhas alunas com questões sobre a matéria!
-Que seja, já que prefere, fica aí com suas 'alunas'-eu disse saindo, olhava pelos cantos dos olhos e via ele sorrindo e agarrando a cintura das 'alunas', revirei os olhos.
Já começou às babaquices.
Bufei.

Cheguei em casa e me sentei no sofá com um pacote de doritos. Liguei a TV e estava passando The walking Dead, uma das minhas séries favoritas.
Vejo uma sombra atrás do sofá, e sinto uma respiração próximo do meu ouvido, me viro e me deparo com Pedro me encarando.
-Aí que diabos, eu fiquei assustada agora!
Ele riu, pulando o sofá se jogou do meu lado, ele estava agindo naturalmente como se nada tivesse acontecido.
-Sabe, eu estou solteiro denovo- disse ele jogando um doritos na boca.
Olhei para ele, e revirei os olhos.
-Eu estou namorando.
Ele ficou silêncio.
-Q-quem?
-O meu professor.
-Aquele velho?- ele disse debochou.
-Sim, aquele velho, que é maduro, o homem que eu precisava.- disse jogando todas as palavras na cara dele.
Ele permaneceu em silêncio.
-Eu sei que eu errei At...Mas...-ele falou pausando- Mas justificar um erro, com outro, não é certo.
-Eu não errei.- eu disse
-Você ficou com o primeiro cara que apareceu!-ele falou bufando.
Eu olhei pra ele com os olhos arregalados e lhe mandei um palavrão em sua cara.
-Filho da puta.
Na hora que eu iria sair do sofá, ele me puxou pela cintura e subiu por cima do meu corpo, prendendo meus braços no sofá e encarou meus olhos marejados.
-Me perdoa At...
Seus olhos agora estavam cheio de dor e lágrimas.
Sem calcular muito meus movimentos, minhas pernas criaram vida própria, enlaçando a cintura de Pedro para mais perto do meu corpo, fazendo com que ele me beijasse, seus lábios molhados por suas lágrimas, colaram ao meu. Eu parecia estar flutuando, tinha esquecido de como ele beijava tão bem. O calor do corpo de Pedro foi aumentando e passando para o meu, logo ele já estava arrancando minha blusa, quando me dei conta estava só de roupa íntima na sua frente. A situação foi ficando mais intensa, junto com a culpa que pesava na minha consciência. Empurrei Pedro para trás, e sai de baixo.
-Pedro, não posso..- disse chorando e sai correndo para o meu quarto, me tranquei lá e deitei. Chorei até cair no sono.