Encarando part final.

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Acordei passando mal, sai correndo para o banheiro e vomitei tudo que havia comido no dia anterior. Até que vejo uma sombra na porta, Era Pedro, veio até mim e segurou meu cabelo. Enquanto eu fazia o pequeno "trabalhinho". Belo jeito de iniciar o dia.
-V-você está b-bem At?- ele disse gaguejando e retirando minha franja do rosto.
-Não, mas vou ficar, agora saia!- disse em meio as ânsias
-At, não vou s-sair- ele disse paciente- tem certeza que você não está....grávida?- ele disse lentamente.
Af, como ele podia achar que eu, Atena, estaria grávida? Eu não sei nem cuidar de mim própria!
-Que insolência ein.-disse lavando meu rosto.
Me sentei na cama, depois de tomar meu banho, estava de toalha ainda é peguei meu celular. Tinha um sms.

Daniel: Não foi pra aula hoje ...Tudo bem, vou passar , preciso te contar uma coisa.

Eu: Tudo bem. Não estou passando bem, mas pode vir.

Eu parei na frente do guarda roupa sem saber o que vestir. Peguei uma blusa de croche bege, e uma calça preta colada, fiz um coque bagunçado e fiquei deitada.
Ouço uma buzinada e desço descalço. Abro a porta e vejo um Daniel sorridente. Seu sorriso se iluminava com sua roupa, estava lindo em uma jaqueta jeans clara que estava com as mangas dobradas até os cotovelos, uma calça jeans preta e um tênis azul marinho.
-Oi- eu disse com um sorriso desanimado
-Oi querida- ele disse
-Pode entrar- eu disse deixando um espaço na porta pra ele entrar.
Ele entrou e se sentou no sofá, fechei a porta e me juntei a ele.
-Então, você disse que tinha algo pra me contar...- eu falei, com a iniciativa de ele contar logo e quebrar aquele silêncio.
-Sim, vou sair da Mackenzie, me contrataram para outra universidade. O salário é bem melhor, e tem mais benefícios.-ele me contou animado
-Ah
-Não ficou feliz com a notícia?- ele disse olhando para baixo.
-Por um lado sim, fico feliz por você ter conquistado algo melhor para você, Mas por outro lado...Eu gosto que você me de aulas...sem você já não vai ser a mesma coisa...-eu disse acariciando seu rosto.
-Sim, entendo. Mas não vou parar de lhe perturbar mocinha!- ele disse animado novamente.
Sorri.
-Mas então, porque não foi a aula hoje?- ele perguntou me encarando com um olhar sério.
-Porque eu estava mal, acordei atrasada e com ânsia.
-Isso acontece com frequência?- agora seu rosto estava vermelho
-Não.-eu disse tentando entender
-V-você... Você acha que pode estar grávida At?...- ele falou
-Não, em hipótese alguma.- Agora eu estava mais tensa.
-Ok...- ele disse, mas a expressão de preocupação não saiu de seu rosto, mesmo ele forçando um sorriso.

Estávamos deitados no sofá, se acariciando, quando vi Pedro chegar e olhar para nós revirando os olhos, ele subiu direto batendo a porta de seu quarto tão forte que fez a casa estremecer, e meu coração também. O peso da culpa ainda estavam incomodando minha consciência. Eu tinha que falar para ele, não podia esconder isso dele.
-Daniel...- eu disse, batendo meus dedos da mão no seu peito, me levantei, retirando minha cabeça que estava deitada sobre seu peitoral.
-Oi amor
Lhe encarei, a íris dos seus olhos brilharam.
-Eu preciso te contar uma coisa.- eu disse triste.
Agora seus olhos deram luz a uma preocupação.
-Me diga que você não está grávida?!- ele falou atropelando as palavras.
-Não, não estou.
Ele respirou fundo.
-Então o que é?
-Olha...Sabe o Pedro né...
-Sei, o que tem?-ele disse se levantando.
Agora eu estava sentada no sofá, com as minhas mãos entrelaçadas, eu estava cabisbaixa. Daniel estava me encarando sério até demais, com as mãos na cintura.
-Bom, eu não queria, mas acabou acontecendo, a gente se beijou.- eu disse rapidamente, e as lágrimas caíram.
-VOCÊ O QUE?- ele gritou furioso.
-EI EI, AUTO LAR, ESSA CASA É MINHA, VOCÊ NÃO PODE CHEGAR AQUI GRITANDO NELA, AINDA MAIS COM A AT!- Gritou Pedro lá da escada.
-VOCÊ SEU MERDINHA, EU NUNCA MAIS PONHO OS PÉS AQUI, E VOCÊ ATENA, VOCÊ NÃO PASSA DE UMA CRIANÇA BABACA, IMATURA, QUER SER DURONA MAIS NA VERDADE É SÓ A GAROTINHA DO PAPAI, ME ESQUECE MENINA!-ele vomitou todas as palavras sobre mim, a raiva estava estampado na sua cara.
Saiu batendo a porta com força e acelerando a moto.
Eu comecei a chorar na sala, caída no chão, então Pedro veio correndo até mim se agachando ao meu lado e me abraçando, me puxou para seu colo e colou minha cabeça em seu peito, beijou o topo da minha cabeça e me disse.
-Ei ei, calma, vai ficar tudo bem minha garotinha...- sua voz era calma e ao mesmo intensa.

Ele me fez carinho até dormir, e depois deve ter me levado até minha cama, porque eu acordei na mesma.

Bad GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora