Belisquem-me por favor! Isto tem de ser um sonho.
- Não sei o porque da tua surpresa - Ele olha-me com indiferença - Sabias que um dia irias casar com homem à minha escolha.
- Claro que eu sabia que ia casar, mas não sabia que era com um desconhecido. - Com isto, levantei-me e fui a correr em direcção do meu quarto.
Subi as escadas, bati com a porta e mandei-me para cima da cama. Comecei a bater na cama freneticamente. Agarrei nas almofadas. Comecei a rasga-las e a gritar sons que nem eu sei o que significam. A minha cara está encharcada, pus a cabeça entre as pernas e sussurrei "Porquê?" várias vezes até que eu não tinha mais voz.
Passado alguns minutos, eu comecei a rir excessivamente alto. Levantei a cabeça, olhei a minha volta, na cama parecia que tinha passado um terramoto de espuma. Peguei no resto de almofada, pus debaixo da cabeça e tentei pensar que isto não passava de um enorme pesadelo.
O que é isto? Abro os olhos, olho para a minha cama que está intacta, nem parece que quase estraguei a minha cama, se calhar isto foi tudo um sonho. Passo a mão pela cara, ainda está molhada. Não foi um sonho, eu vou casar-me com um homem que tem idade para ser meu pai.
A minha gaveta da mesa-de-cabeceira continua a vibrar. Deve ser o meu telemóvel secreto. Eu não sou autorizada a ter algum tipo de objecto social, porque o meu pai diz que esses equipamentos são uma distracção para os estudos e uma perda de tempo. Ele deixa-me estar actualizada com o mundo, mas eu não posso falar ao telefone sem a presença dele ou a minha mãe no escritório.
Por isso a Rebeca arranjou-me um telemóvel, não é um Galaxy ou Iphone ou algum do género, é um que só dá para chamadas e mensagens.
Abri a gaveta e tirei-o. Olhei para as horas, eram 21:00, eu quase tinha dormido um dia inteiro, nem almocei. Era uma mensagem da Rebeca.
Olá desaparecida! Telefona-me, estou no tédio.
A Rebeca é minha prima e uma das únicas mulheres que não fala só de coisas fúteis.
Levantei-me, fui à casa de banho abri a torneira para o segurança que está a porta do meu quaro não me ouça. Telefonei-lhe:
- O que se passa? - Eu perguntei-lhe com a voz rouca.
- Isso pergunto eu, o que se passa com a tua voz?
- Nada de especial, então porque estavas no tédio?
- Para de desviar a conversa, responde!
- Foi o meu pai, marcou o meu casamento sem eu saber.
- Cabrão! Desculpa, ele ainda é o teu pai.
- Não faz mal, isso é um elogio para ele.
- Querida não sei o que te dizer. Espera... - Ouço a levantar-se e a fazer imenso barulho. - Finalmente encontrei!
- O que encontraste?
- O sítio onde nós, as duas e a Mara vamos passar a noite.
- O quê? Está maluca eu não vou conseguir sair de casa, com a porra de um segurança a cada metro quadrado da casa.
- Isso é um sim?
- Se eu conseguir sair de casa é um sim.
- Estou as 23 nas traseiras da tua casa. - E com isto ela desligou.
Eu só sei uma coisa esta noite eu vou sair der, por onde der.
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Beijos :b
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Herdeira [H.S] & [J.B]
FanfictionNão sei o que é pior, eu viver num mundo onde matar alguém é como respirar ou eu estar apaixonada por um deles.