24 | Segredos

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Eu não sei o que vejo nem o que sinto. A minha pele está branca até parece que eu vi um fantasma o que realmente fiz. Ele está aqui à minha frente está o primeiro homem que amei em toda a minha vida e ao meu lado está aquele que prometi passar o resto da minha vida. Não sei o que dizer, eu só quero virar as costas e esconder-me para não encarar o problema que está à minha frente. Eu estou catatónica.

- Natacha, sinto tanto a tua falta – o Dastan aproximar-se de mim e o Harry põem-se à minha frente.

- Não te aproximes da minha mulher! – O Harry vira-se para trás para a minha direção - Vamos embora! – Ele agarrou-me pelo braço, puxou-me para a rua e nem manifestei para contraía-lo.

- Natacha! – O Dastan tinha a respiração acelerada por ter vindo a correr atrás de nós, estava na entrada da festa a gritar o meu nome em desespero – Por favor, não vás – Metade do meu corpo dizia-me para ficar e ouvir o que ele tem para dizer, mas a outra metade diz para ir com o meu marido que já ficou perturbado pela existência e reaparição dele na minha vida. Olho uma ultima vez na direção do homem que ensinou-me a amar, mais diretamente para os olhos dele, castanhos-claros que levaram-me a fazer as maiores loucuras, mas de qualquer maneira eu fiz o mais correto entrei para dentro do carro que viemos para a festa deixando o ex-amor da minha vida sozinho a olhar na direção do carro que desaparecia na estrada.

O Harry teve o caminho todo calado o que me assustava definitivamente, a mandíbula dele estava travada com quisesse dizer alguma coisa, os dedos dele estavam brancos de tanta força que ele faz no volante, o que realça o quão perturbado ele está. Tenho a certeza que quando chegamos à nossa casa vai haver perguntas feitas e segredos revelados.
Ele para o carro à porta da nossa casa e pede-me para sair e entrar dentro de casa. Pela cara dele prevejo que vá ser uma noite longa. Não sei o que está a passar pela cabeça dele, eu sei que a minha nunca esteve tão ou mais baralhada de quão está agora.

A porta da entrada bate com força assustando-me, pego numa garrafa de água e sento-me no sofá para acalmar-me da noite agitada.
Enquanto ele olha-me de relance e serve um uísque com 2 pedras de gelo. Ele no sofá mesmo a minha frente, olha-me intensamente, mas não se pronuncia uma única vez, os únicos barulhos na sala é o copo dele a bater contra a mesa de cristal ao lado do sofá que ele se encontra sentado.
Este ambiente está de cortar a faca, mas eu não entendo o porquê eu não fiz nada.
- Porque estás assim? – Ele não diz nada, só olha-me – Eu não tenho culpa, eu não sabia que ele estava vivo, até a momentos atrás. Eu achava que o meu tio tinha-o morto – Ele levanta-se e vai em direção a janela.
- Quero saber de tudo – Ele olha pelo vidro duplo para a noite sombria e estrelada que fazia-se lá fora.
- Tudo o quê? – Eu levanto-me enquanto ele vira-se de repente.
- Tudo! Quero saber a vossa história toda e pormenorizada, desde do momento que tu conheceste-o até ao momento que achaste que ele tinha morrido.
Sinceramente, eu não sei se quero que ele saiba do meu passado com Dastan, é íntimo e para além que eu não gosto de falar desta altura da minha vida tão dolorosa.
- Harry, tu sabes da história, não precisas que eu te conte. Para além que isto é um assunto pessoal.
- Não me interessa minimamente se é pessoal ou não. Isto afeta o meu território e eu tenho de estar preparado se o Bieber decidir atacar-me já que o teu amor está do lado dele – Ele sai de perto da janela e põem-se a minha frente.
- Nosso! Nosso território! É a minha vida, os meus problemas e tu não tens nada a ver com isso. – Eu grito na cara dele para mostrar que não tenho medo da posição de dominante dele.

- Não, bebé. "Na saúde e na riqueza até que a morte nos separe", não te lembras? - Sim, mas... – Eu digo atrapalhada – a minha história com o Dastan não vai influenciar nada, os ataques ou progressos do império.

- Tu és tão ingénua. Achas que o Dastan caiu de paraquedas na festa ao lado do Bieber por coincidência.

- Não é uma coincidência, mas também não acho que ele vai tentar matar-nos.

- Tu disseste que voltaste a ser aquela pessoa fria e calculista que ia ajudar-me a gerir as divisões, mas tu pareces uma menina mimada! Pensas o quê? Que a vida é arco-íris e unicórnios? Isto é a vida real! Pessoas morrem! – Ele parece transtornado, mesmo que ele tenha dito isto tudo e que a nossa relação não esteja na melhor altura, eu vou na direção dele e abraço-o.

- Eu sei. Eu conto-te tudo o queres saber. Somos uma equipa, lembraste? – Ele enrola os braços à roda do meu corpo e puxa-me contra ao corpo dele.

- Eu sei – Ele olha-me como tivesse sido abandonado. Eu solto-me do aconchego que era o corpo musculado dele.

- Ah... - Olho para o chão – Então por onde eu começo? Eu tinha 16 anos e eu andava nos treinos intensos que o meu pai impunha-me – Olho para ele, que ouve atentamente, agora sentado no sofá que anteriormente eu estava sentada. – Eu era provocativa e cruel muito pior do que sou agora, eu metia-me com os guardas da casa. Quando eu descobri que havia um novo segurança quase da minha idade, eu queria provar a mim mesma que podia ter e fazer tudo o que eu quisesse, então eu decidi que queria a bem ou mal. Mas depois comecei a conhece-lo e ele tornou-se o meu melhor amigo. Ele era tão boa pessoa, era tão diferente de mim e tudo o que eu conhecia, eu estava deslumbrada. – Eu recordo com amor das memórias dele, como nunca o tivesse ultrapassado - Eu confiava nele para tudo, quando eu chorava ele estava lá sempre. Foi aí que eu percebi que eu estava apaixonada por ele e ele também. Depois ele quase morreu num ataque que houve num casino que a minha família tem. Então eu comecei a achar que ele podia ser ferido a qualquer momento, eu fiquei paranoica e o meu pai não estava a gostar que uma parte essencial dos seus negócios estava distraída. Eu comecei a ficar stressada com o meu pai por causa dos negócios, com o Dastan e a pressão em casa, era muito. Então eu e o Dastan decidimos fugir, mas o meu pai descobriu, ainda não sei como, e ele mandou o meu tio mata-lo enquanto eu tinha ido ter com as minhas amigas para despedir-me na minha última noite. Acho que já disse tudo – Eu olho para ele que parecia zangado e insatisfeito.

- Quanto tempo é que durou o vosso relacionamento? – Ele perguntava com a cabeça ligeiramente levantada na minha direção pensativo.

- Um ano e meio e depois ele morreu supostamente – Eu digo com alguma dor sem saber onde é que ele pretende chegar com aquela pergunta.

- Ou seja, - Ele levantou-se e começou a andar as voltas – Tu tinhas dezassete anos, certo?

- Sim, quase dezoito. – Onde ele é que ele quer chegar?

- Então, o que tu andaste a fazer durante os últimos dois anos?

- Harry, eu estou cansada. Eu vou dormir, boa noite. – E eu fui em direção ao nosso quarto deixando-o a olhar para o vazio.

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Espero que tenham gostado do capítulo.

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Adoro ver os vossos comentários e receber os vossos votos.

À parte:

- O que acharam do novo corte de cabelo do Harry Styles e do Justin Bieber?

- Ansiosas(os) para saber como ficou o corte de cabelo do Harry? Já que ele sempre que sai de casa leva uma boina.

Até ao próximo capítulo.

Beijos,

Adriana.

Herdeira [H.S] & [J.B]Onde histórias criam vida. Descubra agora