10 | Ideia

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Não sei o que é pior o olhar de ódio da minha mãe ou os seguranças que quase se babam para cima de mim, como é que eu não me lembrei de vestir pelo menos um robe, esta é a maior vergonha da minha vida oficialmente.

- Não têm mais nada que fazer? - O Harry gritou fazendo com que eu foque o meu olhar nele.

Ele começou a caminhar na minha direção, agarrou e puxou-me para o quarto, mesmo que tenha sido bruto salvou-me porque parecia que eu estava congelada no local.

Eu continuava congelada no sítio que ele tinha-me deixado. Ele aproximou-se e pegou nas minhas mãos que eram drasticamente mais pequenas que as dele e disse:

- Está tudo bem? - Eu parecia que estava em estado catatônico. Eu olhei para os olhos esverdeados dele que estavam carregados de luxúria e voltei ao meu estado defensivo.

- Porquê estavas a discutir com a minha mãe? - Eu soltei as minhas mãos das dele.

- Isto - Ele tirou do bolso uma caixa de veludo - Se vamos casar, vamos casar a sério. Já tens uma coisa nova - ele pegou na minha mão e passou o dedo pelo meu anel e voltou a olhar me nos olhos - Só falta uma coisa azul e uma coisa velha - Ele abriu uma caixa, era uma pulseira lindíssima com safiras azuis escuras e ouro branco - Era da minha avó. - Ele começou a por no meu pulso.

- Eu não posso aceitar. A pulseira é especial para ti, tens de oferecer a mulher da tua vida. - Eu afastei o meu pulso, mas ele pegou nele.

- Mas nós vamos passar o resto da vida juntos, podemos fazer com que resulte - Eu assenti e ele voltou a por a pulseira no meu pulso.

- Sabes que dá má sorte ver a noiva antes do casamento, certo? - Eu dei um riso fraco.

- Sei, mas também sei que a única coisa que nos irá separar será a morte - quando ele acabou de falar eu tive um arrepio na espinha, ele está diferente, ele está intenso. Ele começou a caminhar na direção da porta até que eu o chamei ele virou-se.

- Harry, tu queres que isto resulte? - Eu apontei para nós, os dois. Ele acenou com a cabeça que sim - Então deixa-me ir, deixa-me ser feliz fora deste mundo - Eu quase implorei-lhe.

Ele deu um murro na parede e veio na minha direção, olhos dele estavam cegos de raiva pela cor preta, eu não consigo ver o verde. Eu recuei um passo, mas ele pegou no meu braço e pôs o rosto a milímetros do meu e gritou:

- Quando é que vais entender? Tu és minha e ninguém tem voto, nem mesmo tu - Ele berrou a palavra "ninguém" mais do que as outras.

- Está a magoar-me! - Eu tentei bater-lhe para ele soltar-me mas ele era mais forte do que eu. Ele cada vez mais apertava mais o meu braço, já quase não sentia o sangue a circular.

- Entendeste? - Ele gritou. O hálito de menta dele batia no meu rosto como o vento quente no Verão.

- Sim - Eu sussurrei, com isto ele largou o meu braço e bateu a porta fazendo o barulho de eco na minha cabeça.

Não sei ao certo quanto tempo tive a olhar para a porta que ele tinha batido há momentos atrás. Como é que uma pessoa pode mudar de um momento para o outro? Como?

Uma lágrima escorre do meu rosto, eu vou a correr para a casa de banho buscar papel higiênico para não borrar a maquilhagem, não estou para ouvir a minha mãe.

Já sei, como é que eu não pensei nisto mais cedo, sou mesmo estupida. Eu vou fugir deste animal e não passa de hoje.

_-_-_

Está aqui o novo capítulo.

Espero que tenham gostado, votem e comentem pfv :)

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E até ao próximo capítulo desta semana.


Herdeira [H.S] & [J.B]Onde histórias criam vida. Descubra agora