3 | Faraó

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Como é que é tão difícil escolher um vestido? Olho para o chão do meu quarto de vestir, o chão tem várias montanhas de roupa. Eu não quero parecer que é a minha primeira saída à noite, o pior é que é como uma rapariga com quase 18 anos nunca saiu à noite, já sei ela tem um pai controlador que quer mostrar ao mundo inteiro que a virgindade da sua filha está intacta.

Decidi esquecer os vestidos, se não só chegava a festa quando ela acabasse. Dirigi-me à zona dos calções e das calças. Até um dia atrás as minhas roupas pareciam apropriadas e sexy, mas agora parece que fui ao roupeiro da minha avó. Fico a olhar para as calças, porque pode ser que eu... já sei. Fui a correr em direcção à minha secretária, tirei a tesoura da gaveta e voltei para o quarto de vestir. Peguei numas calças pretas e transformei nuns calcões justos e curtos. Pronto parte de baixo já tenho agora é canja. Peguei numa camisola branca decotada e justa, Pus num cabide, fui para quarto ver se ainda faltava muito tempo para ela chegar. Olhei para o relógio, são 22:00 e eu ainda nem tomei banho.

Comecei a correr em direcção pra a casa de banho, olhei-me ao espelho parecia que tinha-me passado um tractor por cima de mim. Despi-me a mais rápido possível, entrei dentro da banheira, lavei o cabelo com o shampoo de framboesa e o corpo em tempo recorde. Encaracolei o meu cabelo e não me maquilhei porque se eu for apanhada e se estiver maquilhada acho que eles não vão acreditar em qualquer coisa que eu disser. Mas vou levar batom vermelho e lápis para pintar-me no carro.

Sai da casa de banho, tirei a roupa do cabide e vesti. Pus um anel e um relógio, não posso perder a noção das horas.

Calcei uns vans pretos, vesti um casaco de cabedal e pus a maquilhagem no bolso, aposto que vou perder não é como eu use muito. Olhei-me ao espelho do quarto, eu nem parecia a mesma, parecia uma rapariga normal.

Olhei para o relógio do meu pulso, eram 22:55. A Rebeca já deve quase a mandar mensagem. Ouço o telefone vibrar, vou busca-lo.

Tasha, estou nas traseiras a tua espera. Onde estás?

Esta é a minha deixa de sair do quarto. Desci as escadas em direcção à cozinha. Sai pela porta das traseiras da cozinha que vai dar ao jardim, a parte mais fácil já feita agora a parte difícil vai ser conseguir passar pelos seguranças. Olhei à volta do jardim está com pelos 2 guardas que eu veja eu não vou conseguir sair daqui se o meu pai sabe. Já sei, só se ele souber só de manhã. Esperei o que guarda do portão ficasse só com um segurança no terreno, fui até ele. Ele devia ser novo porque eu não me lembro dele, ele ainda por cima deve ter uns 20 e tal anos. Porra de consciência, não podia ter acordado tipo há uns minutos atras, não? Não interessa, eu tenho de parar de ser obediente, eu vou sair. Chamei-o e fingi que estava preocupada e cansada.

- Rápido, o meu pai - Fingi que estava a tentar respirar, porque eu estava muito aflita - Ele - O homem veio na minha direcção, o pior é que eu não me lembro de nada, Ideia! Ideia! Morreram o quê? - Ele, ele.

- O que se passa menina? O que tem o senhor Ravani? - Porquê que não podia ser rude? Sem consciência.

- Ele desmaiou na cozinha, rápido - comecei a puxa-lo para na direcção da cozinha.

- Espere, tenho de avisar que vou deixar o meu posto - ele estava a tirar o intercomunicador do bolso

- Não há tempo, ele pode morrer - De onde saiu isto?

Ele assentiu, começou a correr em direcção há cozinha, enquanto eu tire-lhe o comando do bolso para abrir o portão. Quando ele reparar que eu enganei-o já será tarde demais, espero que isto não lhe custe a vida. Cabeça fria! Fria!

Sai pelo portão e avistei um carro preto. Bati na janela, alguém abriu a porta e entrei. No carro estava as minhas duas primas, a Rebeca e a Mara, e um rapaz que eu desconhecia. O carro arrancou e eu sentei-me ao lado do tal rapaz com as meninas à nossa frente.

- Fds, pensava que tinhas morrido - A Rebeca, às vezes, é tão exagerada.

- Foi uma sorte, eu ter saído, é bom que eu volte de amanhã para o meu pai acalmar-se, se não eu não vou sair desta vida. Há espera, claro que vou, com o casamento marcado, o meu pai não me pode fazer nada. - Todos ficaram especados a olhar menos a Rebeca.

- Pedi alguma coisa? - A Mara pronunciou-se.

- Não quero falar disso, porque hoje, nós vamos divertir-nos!

- Concordo - A Rebeca e o rapaz disseram em uníssono. E ficaram a olhar muito um para o outro. Aqui há coisa...

A Mara continuou desconfiada, mas não mencionou o assunto o resto da viagem. Comecei a maquilhar-me, depois contou-lhe, eu hoje quero esquecer.

A viagem foi calma, fiquei a saber que o rapaz chama-se Diego e a Rebeca conhece-o num jantar com a família dos dois e que foi o único rapaz que os pais dela não expulsaram de casa.

Saímos do carro, estávamos perto de uma discoteca pela fila enorme que tinha à porta

- Meninas apresento-te "O Faraó" - Já entendo de onde vem o nome, deve ser por causa de a discoteca ser uma pirâmide egípcia.

O segurança deixou-nos entrar logo porque estávamos com o Diego, ele deve ser um cliente habitual.

Logo quando entramos fomos todos a dançar. O meu corpo parece que já está habituado a este ambiente, não sei o porque, mas eu sinto-me tão feliz. Eu gostava que o tempo parasse neste momento. Sinto umas mãos passarem pela minha cintura, olho para trás, um rapaz puxa-me contra o seu corpo e eu deixo.

Calma, para esta noite estar completa, eu tenho de beber a bebida mais forte do bar.Larguei-o e procurei por eles pelo fumo do tabaco. Encontrei a Mara, sussurrei - lhe ao ouvido:

- Vou ao bar buscar alguma coisa para beber, queres alguma coisa? - Ela acenou com a cabeça que não e eu dirigi-me ao bar.

Fiquei a olhar para o barman deslumbrada, até que um rapaz atravessa-se a minha frente. Eu empurro-o e ele fica especado a olhar para mim.

- Desculpa?!

- Bebé, estás desculpada - Ele virou - se para o barman - Dois Shots de Tequila - Ele olha para mim - Faz três. O barman voltasse para trás para preparar o pedido.

- Pensas que és quem? Achas que és melhores que os outros ou quê? - Ele podia ser rude mas os olhos dele pareciam esmeraldas. Eles eram tão profundos.

- Assanhadas, as minhas favoritas - Ele estava a morder o lábio. O barman pousou no balcão as bebidas. Eu ainda olhava chocada para ele. Ele existe? Ele deu um copo pequeno e bebeu de uma vez uns dos copos que tinha nas mãos. - Estás sozinha?

- Porquê vais tentar raptar-me? - Também não vou vê-lo mais, por isso vou entrar no jogo dele.

- Depende, vais deixar?

- Isso depende, o que vais fazer comigo? - Pus a mão no braço dele. Bebi o shot, porra esta merda queima, mas tentei disfarçar.

- Primeiro vou-te levar para casa, porque já está na hora tu estares na cama.

- O quê? Tu és maluco! - Com isto, virei-me, mas ele agarrou-me o braço.

- Natasha, não tornes isto mais difícil.

- Larga-me - ele estava a apertar-me o braço - Quem és tu?

- O teu noivo.

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Espero que tenham gostado :b

Eu tenho lido todos os comentários e visto os gostos e queria agradece-vos.

Votem e comentem o que acharam pff :)

Beijos :b

Herdeira [H.S] & [J.B]Onde histórias criam vida. Descubra agora