- Olá Frederic. – Eu digo com acidez.
- A tua voz, Natacha...ah...deixa-me o meu pau duro nem parece que passou tanto tempo?
- Ah. Eu lembro quando o meu pai mandou-te para cuidares de territórios onde judas deixou as botas depois de ter descoberto que o seu queridinho irmão aliciou a sua querida filhinha para os seus jogos e consequências. – Eu ando até a janela deixando o Harry sozinho.
- Podes dizer o que quiseres, eu sei que os amava. Eras a minha aluna mais aplicada e deliciosa e podias ser novamente.
- Dispenso, mas diz logo o que queres, não tenho paciência para os teus jogos psicóticos. – Mesmo depois de tantos anos ele consegue deixar-me stressada.
- Não me trates assim Natacha. Lembra-te que fui eu que estive lá depois do teu querido traidor Dastan ter batido a bota, não?
- Pará de falar dele! Tu não sabes de nada! – Olho para trás e vejo o Harry a vir na minha direção preocupado.
- O quê? O Dastan ainda afeta-te, que estranho. O Dastan ainda não tinha arrefecido a campa e tu já estavas na cama com o Fontana. – Este cabrão quer que eu fique chateada e discute com ele, mas ele não vai conseguir isso de mim.
- Não sabia que sentias assim tanto a minha falta, as tuas novas alunas não te satisfazem mais? Também com o teu pequeno tamanho, não me admiro. – O Harry põe os braços a minha volta aclamando-me enquanto eu olho para o nosso jardim.
- Nunca te queixaste – Parece que estou a falar com uma criança.
- Como não vais dizer nada de jeito, Chau! – Tirei o telefone da cara e mandei contra o chão. Porra, parti outro telefone. Daqui a bocado não tenho como comunicar com o mundo exterior.
- Quem era? – O Harry começa a dar beijos no meu pescoço.
- Ninguém! - Eu digo chateada e tento soltar-me do seu aperto. Viro-me e fico de frente para ele. Ele olha-me chateado com os pulsos fechados.
- O que eu disse, Natacha? – A iris dele está preta, ele está aproximar-se lentamente de mim, enquanto eu dou passos para trás.
- O que estás a falar? – As minhas costas chocam contra o vidro, olho a volta da sala a procura de alguém, mas ninguém estava, nem a porra dos seguranças que eu contratei a menos de meia hora.
- Não há segredos entre nós! – Ele grita enquanto pega nos meus braços e puxa para cima da minha cabeça apertando-os.
- Isto não é um segredo! – Eu grito de volta. Posso estar em desvantagem mas não me vou ficar.
– Então quem era caralho!?- Ele aperta cada vez mais os meus pulsos.
– Problemas meus! Não tens nada a ver com isso.
– Ai é que te enganas, bebé. Tu vais dizer-me!
– Tu não tens os teus problemas? Eu não te pergunto sobre eles, pois não? – Ele estava calado a pensar. – Agora larga-me a merda dos pulsos que estás começar a magoar-me. – Ele largou-me os pulsos e deu um passo atrás. – Obrigado – Eu digo sarcástica.
– Pergunta-me o que quiseres, eu respondo-te.
– Acredita tu não queres fazer isso, nem eu quero, passado fica no passado e eu não quero desenterra-lo.
– O que está a esconder-me? Não me digas que é aquele segurança de merda que tu apaixonas-te? – Ele diz com acidez – Acertei, não acertei?
– Como é que tu sabes? – Eu olho-o assustada
– Tu achas que eu ia casar com uma desconhecida, sem ao mesmo fazer uma pesquisa – Ele vai em direção a mesa dos uísques e serve-se – Pensava que tinhas feito o mesmo, já que trabalhamos no mesmo ramo, pelo menos trabalhavas até decidires fugir com ele, não? - Eu olho-o horrorizada. – Não toquei na ferida, pois não? – Ele senta-se no sofá de cabedal preto individual, dá um golo e pousa o copo.
– Tu és mesmo um cabrão. – Ele levanta-se, vem na minha direção e põem as mãos à volta do meu pescoço.
– Tu tens de perceber que eu sou o único homem da tua vida!
Ele começa a passar as mãos pela minha cara. Ele agarra na minha cara e obriga-me a beija-lo enquanto eu não abro a boca.
- Beija-me! – Ele exige. Eu abro os lábios lentamente, enquanto ele puxa a minha boca contra a dele. Tento afastar-me dele, mas ele puxa-me mais contra o corpo dele musculado. Eu mordo-lho o lábio, mas ele continua a beijar-me com o sabor metálico. – Sabes desde primeiro dia que vi-te eu soube que eras aquela que ia fazer-me perder a cabeça. – Ele larga-me enquanto eu olho-o com os sentimentos confusos entre a raiva e o desejo – Vá, agora, sobe as escadas - Ele dá-me uma palmada no rabo - porque nós vamos a uma festa hoje à noite.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Herdeira [H.S] & [J.B]
FanfictionNão sei o que é pior, eu viver num mundo onde matar alguém é como respirar ou eu estar apaixonada por um deles.