SEIS MESES NA BASE
O chão da sala de interrogatório era branco demais, uma pureza estéril e cruel que contrastava violentamente com as poças de sangue que escorriam lentamente, espalhando-se em padrões irregulares como veias rompidas em uma autópsia viva, um ambiente projetado para apagar qualquer traço de humanidade, onde as paredes reforçadas ecoavam gritos antigos e sussurros de desespero acumulados em camadas invisíveis de agonia.
Um novo prisioneiro havia sido trazido, arrastado por guardas que o jogavam como um saco de carne descartável, cambaleando sob o peso do terror absoluto, suas mãos tremiam incontrolavelmente, seus joelhos batiam no chão com um baque úmido de ossos contra o concreto, e sua voz, um sussurro rouco e quebrado, implorava por misericórdia em russo entrecortado, como se palavras pudessem penetrar a armadura de indiferença que envolvia o lugar
- Por favor... eu não fiz nada... eu juro, eu não fiz nada... - ele repetia com os olhos vidrados de pânico, lágrimas misturando-se ao suor que escorria pelo rosto marcado por hematomas iniciais de espancamentos prévios
Mas naquela base, onde a esperança era uma relíquia esquecida, piedade era uma palavra que não existia.
Chloe, ou melhor, 001, a arma forjada, estava parada no centro da sala, imóvel como uma estátua de gelo, os olhos frios e vazios como poços sem fundo escavados em sua própria sanidade, não havia compaixão, nem dúvida, nem hesitação, apenas um vazio profundo e mecânico, como se sua alma tivesse sido arrancada junto com o que restava de sua identidade humana, substituída por circuitos de obediência implantados por dor interminável e missões onde ela estripava traidores em pilhas de vísceras fumegantes e ossos expostos na neve manchada de vermelho.
Logo, o general entrou, seus passos ecoando no chão como uma sentença de morte proferida por botas pesadas, caminhando lentamente com as mãos cruzadas atrás das costas, o rosto impassível exalando autoridade gélida e crueldade calculada
- Traga-o para cá
Anthony e Dylan empurraram o prisioneiro para perto de Chloe e do General com risadas baixas e o homem tropeçou e caiu de joelhos de novo em uma poça de seu próprio vômito de medo, o cheiro azedo misturando-se ao de sangue
- Olha só, 001, trouxemos um brinquedo novo pra você fritar - Dylan zombou dando um chute leve nas costas do homem para posicioná-lo melhor, o impacto fazendo suas costelas rangerem - Vamos ver se ele grita mais alto que o último, que implorou até a garganta rasgar e o sangue sair borbulhando da boca!
- Aposto que não dura cinco minutos antes de mijar nas calças e implorar - Anthony respondeu inclinando-se para cuspir no chão perto do prisioneiro - O que acha, 001? Quer fazer ele implorar rapidinho?
Chloe apenas ergueu a mão lentamente, sentindo a energia familiar se acumular em seus dedos como uma chama fria e crepitante, um trovão contido que zumbia nas veias amplificadas pelo bracelete russo, faíscas azuis dançando nas unhas como presas vivas. Seus olhos permaneceram fixos no prisioneiro, mas não o via como humano, apenas como um alvo, um obstáculo a ser eliminado com eficiência letal, circuitos humanos a sobrecarregar até explodirem em agonia
- Tem algo a nos falar?
- eu... eu não sei de nada... eu... eu juro...
- Se você prefere desse jeito... - o general abriu um sorriso e então se virou para Chloe - Quero que ele sofra - declarou, dando um passo à frente, os olhos brilhando com uma satisfação - Extraia cada informação, 001. Faça-o implorar pela morte antes de terminar, rasgue ele por dentro!
Chloe assentiu com um movimento mecânico e sem alma, e então começou: os choques elétricos vieram primeiro, ondas de energia pura que rasgavam a carne e os nervos do prisioneiro como lâminas invisíveis, arcos azuis serpenteando pelo ar e perfurando o peito dele com estalos que ecoavam arrancando gritos guturais que reverberavam pelas paredes brancas, não demorou muito para o corpo começar a convulsionar em espasmos violentos. Ela manipulava a corrente com precisão letal, aumentando e diminuindo a intensidade para prolongar o sofrimento como havia sido treinada em noites de tanques onde ela própria tremia em agonia, o cheiro de carne queimada preenchendo o ar enquanto bolhas já se formavam na pele dele
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Destiny - 𝙳𝚞𝚜𝚝𝚒𝚗 𝙷𝚎𝚗𝚍𝚎𝚛𝚜𝚘𝚗
FanficApós a morte de seu pai, Chloe Harrington retorna para Hawkins, acreditando que finalmente poderá recomeçar e encontrar paz. Mas a tranquilidade que imaginava se desfaz rapidamente quando estranhos acontecimentos começam a surgir, e os antigos boato...
