Capítulo 2

23 7 0
                                    

Hayley*

Aquele guarda me pegou pelo braço apertando muito, muito forte.

- Ai! Pode me soltar, gordão, eu sei o caminho! - Grito.

- Que malcriada! Acho melhor você segurar essa boca ai, mocinha! - Diz ele com um olhar furioso, e logo depois aperta mais o meu braço.

Achei melhor ficar quieta, não queria que meu braço fosse amputado hoje.

Chegamos na casa da Dona Carver, ela é uma das mulheres mais ricas atualmente, e é claro que o governo aproveita dela pra ganhar dinheiro. Por isso ela é tratada como uma rainha. O Guarda me joga no chão sem dó quando chegamos na entrada, e toca a campainha.

-Pois não? - Diz Dona Carver no interfone

- Olá Dona Carver, sou eu, O Guarda Bryan. Vim trazer a insolente.

- Ah, claro, mande-a entrar. 

Então o enorme portão feito de ouro da casa dela se abriu e eu entrei. Ao entrar dentro da residência, já levo uma bronca

- Menina! Que sapatos são esses todos sujos de lama? Você sujou a minha casa! Vai limpar tudinho depois que levar uma surra! - Grita Dona Carver.

- O que? Mas eu...

A mulher me empurra no chão, pega um chicote e começa a bater muito forte em minhas costas.

- Isso é pra você aprender uma lição, mocinha. - Grita ela, enquanto me batia com aquele chicote.

- Me perdoa senhora, por favor, pare - Grito enquanto choro de dor.

Ela bate ainda mais. 

- Eu só paro quando EU quiser! - Grita.

Depois de um tempinho, ela parou, me levantou, me deu uma escova de dente e disse:

- Você vai limpar a casa TODA com isso.

- A casa toda? Mas sua casa é enorme, como vou limpar com uma escovinha de dente? - pergunto com os olhos cheios de lágrimas

Ela me da um tapa no rosto.

- Não questione, apenas faça!

Então eu fiz tudo que ela mandou, limpei a casa toda com a merda da escova de dente, depois servi a mesa, arrumei o jardim da casa, resumindo,  fiz tudinho que ela mandou!

Eu estava morrendo de dores, super cansada e faminta, e ainda eram 18:05. Dona Carver percebeu que eu estava mal, então ela pegou comida do CACHORRO e me deu pra comer.

- E se reclamar nem isso. - ela diz e sai andando.

Eu comecei a chorar muito, imaginava uma vida sem tudo isso, uma vida boa, que todos tivessem os mesmos direitos.

Seria tão, tão bom.




BexterOnde histórias criam vida. Descubra agora