Capítulo 3

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Nos encontramos novamente, dessa vez as 00:00. Eu e o Lucca chegamos na mesma hora, mas Hayley demorou um bocado pra chegar.

Quando chegou, ela estava chorando.

- Meu deus Hay, o que houve? - pergunto dando um abraço apertado nela.

- Hoje foi horrível Mac. Eles me bateram muito, e me fizeram limpar uma mansão com uma escova de dente. - diz ela transbordando lágrimas.

- Eu estou cansada disso! C-A-N-S-A-D-A! - Grito.

- Macayla, você sabe que nós não podemos fazer nada. É assim a muito tempo, e não vai ser uma garota de 15 anos que vai mudar isso. - diz Lucca sentando numa rocha.

- Você está falando como um deles Lucca.

- Não estou nada. Essa é a nossa realidade, Mac. Eu passo fome quase todos os dias, e ainda tenho que servir de escravo. 

Hayley ainda está chorando.

- Calma Hayley. Eu vou mudar isso. Já sei o que fazer. - digo acariciando seus cabelos.

- Como? - diz Lucca.

- Sinto muito Lucca. Depois do que você disse, não sei se posso confiar em você.

- Como é? Quer saber, que se dane. - diz ele se levantando e indo embora.

***

Lucca*

Sabe eu nunca discuti com a Macayla. Mas dessa vez ela está errada. Eu já tentei fugir disso tudo, e no final, ganhei mais serviço e mais chicotadas. Eu não quero isso para ela, e nem para  a Hayley, são minhas amigas! Por isso que eu não apoiei o plano, mas ela já pensou que eu fosse contra! E se houver mais uma guerra? Eu não quero que mais gente morra! Não mais! 

Muita gente já sofreu nesse país. E até em outros! Uma vez, o país de Jadicry tentou resgatar o povo de Bexter, mas deu totalmente errado, e o Presidente Peter mandou que jogassem uma bomba enorme no país. 90% da população morreu, e os outros 10% agora vivem aqui, como escravos. Ou seja, eles destruíram um país todo, imagine o que fariam com adolescentes? Nem gosto de imaginar.

Fui pra casa e já eram 00:32. Da floresta até minha casa demora pra caramba.  Me deitei na minha cama tão dura, mas tão dura que parecia mais uma pedra e custei a cair no sono.

BexterOnde histórias criam vida. Descubra agora