Surpresa (parte 2)

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( Gente, está a foto com o presente do Noah para a Ky, o look que ela vai usar para ir no shopping, a moto que ganhou de presente e o vestido que ela escolheu para a mãe)

Kylie

Acordo sem o barulho do dispertador e isso me faz sorrir. Estico o meu braço e pego o celular que está no criado-mudo. Ligo a tela e vejo que são 10:02.
Parabéns para mim, oficialmente. Já que eu nasci as 10:00, já posso oficializar que tenho 17 anos. Meu Deus. 17 anos. To velha. Muitos podem pensar que não é quase nada ficar um ano mais velha. Mas cara, a cada ano que passa, somos atingidos por emoções e aventuras. A cado ano que passa, você aprende novas coisas. A cada ano que passa, conhecemos novas pessoas. A cada ano que passa, vivenciamos coisas inexplicáveis. A cada ano que passa, nada será igual ao ano anterior.

Deslizo a tela para o lado e ponho minha senha. Vejo que tenho algumas mensagens de parabéns da Lucy, Tay, Aaron, Drew, Josh, Sophie e Harry. Que fofos. Mas notei que não tinha mensagem do Noah. Me levanto e vou até o banheiro, penteio o meu cabelo e escovo os dentes, saio do banheiro e decido voltar para a cama, me deito e volto a mexer no celular. Me viro ao ouvir a porta abrir, olho para trás e vejo Noah entrando com uma bandeja de café da manhã. Sorrio ao ver ele com a sua calça jeans, sua regata branca e seu casaco do colegial.
- Bom dia - ele diz botando a bandeja na cama e me beijando. - Parabéns - ele diz.
- Valeu - agradeço terminando o beijo. - Você me surpreende a cada dia - digo sorrindo e ele se senta na cama.
- Você merece tudo de bom - ele diz. - Então, trouxe tudo que você gosta, croissant, pão de queijo, fini, nutella - ele diz e eu sorrio.
- Muito obrigada, mas acho justo dividirmos - digo e ele sorri.
- Não, é o seu presente, aproveite sozinha - ele diz.
- Não, você teve esse trabalho todo para me presentar, come comigo, por favor -
- Ok, você venceu - ele diz.
- Ótimo, bora comer, to com fome - digo. Olho para a bandeja e vejo que tem um rosa, a pego e ponho em meu criado-mudo.
- Para sempre que eu dormir, sentir você perto perto de mim - digo e ele sorri. Olho novamente para a bandeja, mas agora prestando mais a atenção e vejo uma caixinha vermelha de veludo. Olho para Noah e vejo ele sorrindo.
- Abre - ele diz. Pego a caixinha e abro, olho para dentro uma 2 pulseiras.
- Duas? - pergunto.
- Sim, para você poder mudar quando quiser - ele diz sorrindo. - Eu já estou usando a minha- ele diz mostrando o pulso.
- Mas a sua pulseira é masculina, né? - pergunto.
- Claro né - ele diz rindo.
- Siga seu coração - leio a frase escrita na pulseira. - Eu amei, obrigada - digo o abraçando.
- Você merece - ele diz. - Agora vamos comer, to morrendo aqui - ele diz e eu começo a rir.
- Ué, não era você que estava sendo fofo e deixou tudo para eu comer? - pergunto.
- Sim, mas a fofura consome minhas energias - ele diz rindo.
- Entendi - digo sem entender quase nada. Se eu falar que não entendi, ele vai falar muito coisa, e eu não to com saco para ouvir nada, apenas quero curtir.

Depois de comermos tudo. Tudo mesmo. Deitamos na minha cama e ficamos conversando.
- Você vai jantar mais tarde comigo né? - ele pergunta alisando meu cabelo.
- Por que? - pergunto.
- Tem que ter motivo para sair comigo? - ele pergunta com um sorriso no canto da boca.
- Não -
- Foi o que eu pensei - ele diz. - Agora tenho que ir - ele diz se levantando.
- Já? - pergunto me levantando também. - Não vai almoçar comigo? - pergunto.
- Acabamos de tomar café - ele diz rindo.
- Pois é -
- Mas nós vamos jantar juntos - ele diz.
- Só nos encontramos nas horas das refeições - digo e ele sorri.
- Verdade, vamos ficar gordos - ele diz.
- Acho que já to - digo levantando um pouco a blusa e passando a mão na barriga.
- Gorda? - ele pergunta rindo e olhando para a minha barriga.
- Você não acha? - pergunto.
- Claro que não, você está ótima - ele diz sorrindo.
- Ainda bem - abaixo a blusa. - Espere um estante, vou trocar de roupa - digo.
- Ok - ele se senta na cama. - Ky - ele me chama.
- Oi - me viro.
- Uma observação, não use esse pijama quando eu estiver aqui, da próxima vez eu te darei um conjunto de moletom de aniversário, e eu não quero que ninguém veja você com um pijama desses - ele diz sério.
- Ciúmes? - pergunto.
- Não, é que esse pijama é indecente, e só eu posso ver - ele diz e eu dou uma risada ridícula.
- Só você? E quem disse que você pode ver? Sou uma pessoa decente, me respeite - digo rindo.
- Sei - ele sorri.
- Já volto - digo entrando no closet. Tiro o pijama e visto um short jeans, uma regata branca e o meu tão amado chinelo de bolinha. Pego uma escova e penteio meus cabelos. Saio do closet e vejo Noah olhando minhas fotos, igual ao primeiro dia em que e veio em minha casa.
- Voltei - digo parando ao seu lado.
- Cara, eu to aqui chocado - ele diz sorrindo.
- Por que? - pergunto.
- Você era linda quando criança, muito linda - ele diz sorrindo.
- Valeu, mas nem é para tanto -
- Você nunca pensou em ser modelo? - ele pergunta.
- Imagina eu desfilando, ia tropeçar nos meus próprios pés - digo.
- Então você só pode ser minha modelo particular? - ele pergunta sorrindo de lado, exibindo suas covinhas.
- Para - digo botando minha mão no seu rosto e ele a lambe.
- Que nojinho - grito rindo.
- Ninguém mandou você botar a mão ai - ele diz rindo.
- Porco - esfrego minha mão em seu rosto.
- Para - ele diz segurando meu pulsos. Me olha nos olhos e sorri.
- Eu tenho que ir - ele diz me encostando na parede.
- Eu sei, você que é meu fã e não quer me deixar -
- Disso você tem razão - ele sorri. - Quero você bem bonita mais tarde - ele diz.
- Pode deixar, vou caprichar -
- Se bem que você não precisa de quase nada -
- Quase nada? - pergunto.
- Sim, se você estiver vestindo um saco de batata, estará ótimo - ele diz acariciando meu cabelo.
- Boa ideia, vou usar um saco de batata mais tarde - digo sorrindo.
- Vai estar perfeita - ele diz e me beija.
- Vou indo - ele diz pegando a bandeja.
- Pode deixar que eu desço a bandeja depois - digo.
- Ok -
- Eu te levo lá em baixo - digo. -Mas tarde eu vou ao shopping comprar uma roupa - digo.
- Sozinha? - ele pergunta.
- Sim - digo.
- Tome cuidado - ele beija minha testa.
- Pode deixar - digo saindo do quarto e ele vem logo atrás. Descemos a escada, ele se despede da minha família e vamos para a varanda.
- Eu passo aqui umas 20:15 para te buscar -
- Ok - digo.
- Até mais tarde, pequena - ele sorri.
- Achei que eu fosse a sua sereia - digo.
- Você é a mina Pequena Sereia - ele diz e eu sorrio.
- Gostei - digo ainda sorrindo, ele beija minha testa e segura minha mão com as suas mãos.
- Você é muito importante para mim, nunca se esqueça disso - ele diz.
- Você também é muito importante para mim - digo.
- Agora eu tenho realmente que ir, tenho compromisso - ele diz soltando minha mão.
- Cuidado você e essa moto ai, dirige devagar - digo.
- Nunca - ele diz subindo na moto e acenando para mim. Ele põe o capacete e vai embora acelerando. Esse é o meu Noah.

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