Capítulo 7

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Olá pessoal, tudo bem? Vocês estão gostando da história, tem algum comentário a fazer?

Boa leitura!

-Olá crianças!- Sam disse assim que chegou perto o suficiente para que a gente a ouvisse apesar do barulho.

Crianças? De novo?

Pior, ela notou minha presença, então, o plano de sair de fininho tinha ido por água abaixo.

-Sam?-Noah perguntou tão surpreso quanto eu ao vê-la na festa.

-Pois é, depois que vocês foram embora recebi uma ligação de seu Carlos e ele me convidou, vocês sabem, cidade pequena, todo mundo se conhece.- Ela passou a mão no longo cabelo ruivo que estava brilhante.

Não era como se eu soubesse os hábitos do pessoal daqui mas ela tentava ser educada em me incluir teoricamente na conversa.

Dei graças a Deus por eu estar vestida e não ter tirado ainda a blusa, seria sim um massacre. Sam conseguia ser uma versão ruiva da Barbie. Se juntasse ela com Sophie mais alguma oriental diva da beleza ,elas formariam as Panteras sem problema nenhum.

Sam era o estereótipo ruiva, cabelo laranja, sardas charmosas no rosto, olhos verdes também, mas isso não era pouco afinal, ruivas são seres únicos.

Que merda tinha na água do povo dessa cidade para tirar tanta mulher bonita?.

-Aliás..-ela emendou-...vocês estão convidados a uma festa hoje a noite no bar. A maioria dos turistas que vieram estão entediados porque não podem voltar para casa, então vai ser super animado- Falou alegre. Eu dispensaria.

-Então, seja bem vinda, aproveite a festa!- Dei uma leve ignorada no assunto da festa só para não dizer se ia ou não.

-Vocês vão, não é?- insistiu.

Ela sorria olhando para mim e Noah com cara de esperançosa.

-Eu tenho uns trabalhos para terminar, achei que estaria em casa essa hora- Menti.

-Pra onde?- Sophie aparece do nada com um picolé na mão , curiosa. A garota parecia farejar a farra.

-Uma festa, lá no bar que vocês estão convidados!- Sam respondeu prontamente.

-Sério? Eu quero ir, mas não sei se posso- Sophie disse.

- Talvez se Kate for junto, Carlos permita que você vá- Noah deu a péssima ideia. Ele estava com a cara de paisagem mais deslavada do mundo.

Olhei para ele com raiva e tive um sorriso em troca. Ele sabia o que estava fazendo e me senti manipulada apesar de apreciar sua inteligência e observação.

Sophie me olhou como um cachorrinho pedindo aquele último pedaço de chocolate e eu não consegui, por uns segundos, dizer não.

-Se a bebida passar longe de você e de mim eu posso terminar meu trabalho amanhã de manhã. - Tentei fazê-la desistir com a privação do álcool, mas, pelo contrário, ela me abraçou feliz e disse que faria o que eu disse.

-Então todos estaremos lá- Sophie disse a Sam e as duas só faltavam pular em comemoração como grandes amigas.

Pedi licença da conversa e sai de perto deles o mais rápido.

O sol estava no meio do céu, fazendo o seu trabalho de queimar nossas cabeças, e como eu não iria tirar a blusa de jeito nenhum, havia a hipótese de eu estar com mais calor que o resto do pessoal.

Olhei para o quiosque que para minha sorte estava totalmente vazio. Corri para pegar um suco bem gelado, mas me disseram que o gelo tinha acabado e iria ser reposto logo. Sem paciência para esperar, corri para a geladeira de casa.

Entrei pela porta aberta com o copo de suco na mão indo direto para cozinha. Vindo em direção contaria, estavam Noah e Sam conversando. Eles tinham saído de algum lugar da casa.

Eles me viram, eu sorri sem jeito por causa do encontro estranho e segui meu caminho até a geladeira.

Encostada no Ilha da cozinha com o copo na mão me peguei pensando em porquês.

Porque alguém trai? Quer dizer...faz porque acha normal? Talvez porque quis mesmo ou porque a natureza humana tem um tropeço por sair da linha inevitavelmente? Talvez por todos os motivos, mas o meu caso, eu não conseguia assimilar muito bem.

Fred não tinha nenhum tipo de relação corporal íntima comigo por escolha minha, mas sempre foi escolha dele ficar comigo, desde o começo, logo, o motivo não seria por falta de gostar de mim.

Será algum efeito femininos a fazia causadoras/ ferramentas de uma traição teria algum encanto sobrenatural sobre o traidor? Algo...físico?

Peitos! Todas tem, claro, só que incrivelmente grandes e sim, homens tem inclinações a isso...Talvez fosse esse o motivo da falta de controle...raciocínio ...caráter! Essa teoria era facilmente afirmadas tendo como prova, experiência própria em ver toda a adolescência de minha prima, além de que, a garota que estava com Fred tinha, e eram assustadores.

Nada estava claro pra mim ainda.

O calor dentro da casa que estava com todos os aparelhos de refrigeração desligados estava me fazendo perder mais líquido que eu bebia.

De volta a festa/churrasco, tudo estava igual, mas minha vontade não era ficar no sol de novo.

Do quiosque eu conseguia ter sombra e uma brisa eventual fora a vista panorâmica de todos.

Por sorte já tinham trazido para o bar mais gelo e eu pedi, dessa vez, um energético. O garoto que estava servindo, me entregou o copo sorridente.

Pude ter a visão de todos,o que por acaso, daria uma bela foto. Do lado direito estavam meus tios sorridentes como sempre foram, estavam conversando com um casal de amigos mais ou menos da mesma idade.

Tirei minha câmera compacta do bolso. Passei a sempre ter uma quando eu não levava o celular, eu não admitia perder uma bela foto. Mirei a lente para eles , dei zoom e pronto, uma bela foto de uma cena descontraída.

Observei a foto e enxerguei a leveza que eles como casal tinham e desejei ter isso para mim um dia.

De volta com a câmera apontada para frente, a lente captou a imagem de Noah e Sam na beira da piscina tendo uma conversa séria, e eu notava isso por duas feições nada alegres. Me senti uma espiã do mal quando eu comecei a tentar fazer leitura labial e descobrir o que eu não teria coragem de perguntar.

Desde hoje no bar, ficou claro para mim que eles tinham alguma coisa mal resolvida.

Um amigo profissional (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora