-Noah, você veio me buscar?
Sam chorava sem parar. Ela não parecia muito bem, porém não tinha sinais visíveis de maus tratos.
-Como vê, não machuquei sua garota.
Pablo falou com sarcasmo. Nem me importei em corrigir o equívoco. Sam não era minha garota.
- Não podia fazer diferente.
Falei. Ele não se importou com meu comentário.
-Agora que já viu, homens, podem leva-la de volta.
Os homens se aproximaram. Ela me agarrou com mais força.
-Não!
Falou desesperada e assustada.
-Pra onde vão leva-la?
Perguntei tentando não demonstrar nenhum tipo de fraqueza, como desespero , por exemplo.
-Não se preocupe com ela. A garota estará na plateia te esperando como eu prometi.
Não acreditei muito naquelas palavras.
-Plateia? Pra que? Não!
Sam perguntou. Ela pelo visto não sabia de nada. Eu deixei que a levassem.
-Agora, sente-se Noah!
Eu fiz o que ele pediu.
-Creio que andou se preparando. Não sentia falta disso, filho?
Questionou com cinismo.
-Nem um pouco.
Respondi ríspido.
- Temos apostas grandes em você esta noite.
-To me lixando para essas merdas, quero a certeza de sair daqui com Sam, vivos e a promessa de que você vai esquecer pra sempre que existo.
Avaliei a expressão dele com cuidado. Não era o que ele queria, me perder seria perder um dinheiro absurdo.
-Não sei não. Você sabe muito bem o que eu ganho tendo você em minhas mãos.
Afirmou. Controlei minha vontade de faze-lo beijar o chão e permaneci sentado e parado onde estava.
-Você deu sua palavra.
Relembrei.
-Eu disse que falaríamos sobre isso depois. Por hora minha exigência é que ganhe essa luta. Seu adversário é difícil. É o melhor desde que você foi embora e está mais bem preparado que você.
-Que garantia eu tenho? Não confio em você.
-A garantia que tem é a minha palavra que se ganhar a garota estará segura.
Nisso eu podia acreditar.
-Tudo bem. Eu vou ganhar.
Afirmei com certeza.
-Eu sei eu vai. Acho que deve ir ao seu camarim se preparar.
Levantou-se da própria cadeira e caminhou até a porta me chamando em seguida.
Eu sabia onde ficava o camarim, mas ele fez questão de me levar pessoalmente. Talvez não confiasse nos próprios homens para tal tarefa.
Da porta ele não passou. Tudo já estava preparado. E única regra do jogo era lute para ganhar. Não haviam regras, só precisávamos nos manter no boxe, o resto era livre.
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Um amigo profissional (Concluído)
RomanceApós descobrir que estava sendo traída, a controladora Kate decide ir para a casa do campo dos tios e ter algum sossego para poder responder o sua grande dúvida: Porque fui traída? Noah tem exatamente aquilo que Kate não gosta, está fora do cont...