Capítulo 31

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-Noah, você veio me buscar?

Sam chorava sem parar. Ela não parecia muito bem, porém não tinha sinais visíveis de maus tratos.

-Como vê, não machuquei sua garota.

Pablo falou com sarcasmo. Nem me importei em corrigir o equívoco. Sam não era minha garota.

- Não podia fazer diferente.

Falei. Ele não se importou com meu comentário.

-Agora que já viu, homens, podem leva-la de volta.

Os homens se aproximaram. Ela me agarrou com mais força.

-Não!

Falou desesperada e assustada.

-Pra onde vão leva-la?

Perguntei tentando não demonstrar nenhum tipo de fraqueza, como desespero , por exemplo.

-Não se preocupe com ela. A garota estará na plateia te esperando como eu prometi.

Não acreditei muito naquelas palavras.

-Plateia? Pra que? Não!

Sam perguntou. Ela pelo visto não sabia de nada. Eu deixei que a levassem.

-Agora, sente-se Noah!

Eu fiz o que ele pediu.

-Creio que andou se preparando. Não sentia falta disso, filho?

Questionou com cinismo.

-Nem um pouco.

Respondi ríspido.

- Temos apostas grandes em você esta noite.

-To me lixando para essas merdas, quero a certeza de sair daqui com Sam, vivos e a promessa de que você vai esquecer pra sempre que existo.

Avaliei a expressão dele com cuidado. Não era o que ele queria, me perder seria perder um dinheiro absurdo.

-Não sei não. Você sabe muito bem o que eu ganho tendo você em minhas mãos.

Afirmou. Controlei minha vontade de faze-lo beijar o chão e permaneci sentado e parado onde estava.

-Você deu sua palavra.

Relembrei.

-Eu disse que falaríamos sobre isso depois. Por hora minha exigência é que ganhe essa luta. Seu adversário é difícil. É o melhor desde que você foi embora e está mais bem preparado que você.

-Que garantia eu tenho? Não confio em você.

-A garantia que tem é a minha palavra que se ganhar a garota estará segura.

Nisso eu podia acreditar.

-Tudo bem. Eu vou ganhar.

Afirmei com certeza.

-Eu sei eu vai. Acho que deve ir ao seu camarim se preparar.

Levantou-se da própria cadeira e caminhou até a porta me chamando em seguida.

Eu sabia onde ficava o camarim, mas ele fez questão de me levar pessoalmente. Talvez não confiasse nos próprios homens para tal tarefa.

Da porta ele não passou. Tudo já estava preparado. E única regra do jogo era lute para ganhar. Não haviam regras, só precisávamos nos manter no boxe, o resto era livre.

Um amigo profissional (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora