Capítulo 6

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Num dia de domingo qualquer, eu decidi que ficaria em casa com meu namorado Fred. Ele era fotógrafo como eu e acabamos ficando juntos em minha casa nesse dia depois que desmarquei minha saída com algumas amigas.

Ficamos vendo tv e ele recebeu uma ligação

- Gatinha, eu preciso ir ao estúdio, me chamaram para fazer um book de última hora, eu aumentei o preço e eles quiseram do mesmo jeito, vou ter que ir!- Ele disse com calma,me chamando pelo apelido ridículo.

Ele me chamava assim por causa do meu apelido que é Kate e como sua pronúncia é como se escreve a palavra "cat"que é "gato"em inglês, decidiu que me chamaria assim. No começo eu odiava mas com o tempo, por ser ele, meu namorado, eu achei fofo e deixei.

-Tudo bem então...-Aceitei.

-Eu sabia que entenderia gatinha- Me deu um beijo rápido e saiu.

Depois de alguns minutos eu decidi que iria sair com minhas amigas e liguei para remarcar.

Passamos a tarde caminhando por pontos turísticos da cidade que eu não tinha visto direito mesmo morando lá a anos já que passava o tempo todo trabalhando, em casa ou com Fred.

Quando todas foram embora me fizeram prometer que eu voltaria a sair com elas como antes.

Ainda nem tinha anoitecido , então, decidi ir para o estúdio ajudar Fred no book , fazer uma surpresa e quem sabe poderíamos jantar juntos.

Abri a porta com minha chave extra e ouvi um barulho estranho vindo da sala de fotos. Entrei sem fazer barulho e vi o que eu nunca imaginava ver na minha vida.

Fred estava tendo um caso com sua assistente na sua própria mesa de trabalho.

Fechei os olhos para ver se a imagem mudava assim que eu abrisse novamente mas isso não aconteceu. A garota me viu, parou imediatamente seus movimentos e ficou rígida, ela me conhecia, sabia quem eu era. Ele se virou e me viu finalmente, eu corri.

- E eu me pergunto o motivo da traição, eu sei que homens tem suas necessidades mas ele disse que iria me esperar. Se fosse por que não gostasse de mim poderia ter terminado primeiro...-terminei de falar ainda envergonhada.

-Esperar o que, exatamente?- Perguntou curioso e pensativo.

-Bom, não vem ao caso, foi isso...- cortei o assunto.

-Ele ainda corre atrás de você?- continuou o interrogatório.

-É mas...Isso não importa- cortei o assunto de novo.


-Você ainda gosta dele?

-Vai ficar me interrogando agora?-Perguntei irritada com o excesso de perguntas.

Lógico que não gostava dele, na verdade só sentia desprezo e nojo, mas eu não tinha obrigação nenhuma de abrir minha cabeça e coração com Noah, pelo menos não antes de ter um certo grau de confiança.

-Então temos mais esse segredo- voltou ao ar de riso e admito que fiquei aliviada com o cessar das perguntas.

-Eu espero que pelo bem da existência de seus herdeiros que não comente nada disso com ninguém. Meus tios não sabiam, Sophie não sabia também, ninguém nem imaginava que eu tinha um namorado- Expliquei tentando parecer o mais indiferente possível.

Ele não conteve a gargalhada. Era o que ele sabia fazer, rir de mim.

-É, eu sei- Comeu um enorme pedaço de torrada com ovos e bacon sem se importar em ser educado.

Encarei a mesa distraída. De forma natural, alinhei os guardanapos e arrumei os três frascos de condimentos em linha reta.

Mordi um pedaço da torrada que ainda estava quente, com cuidado para não derrubar nenhum farelo para fora do prato e agradeci mentalmente por ele ter pedido aquilo para mim, era muito gostoso.

Um amigo profissional (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora