Quando um inspetor entrou na sala de química falando que eu devia ir para a sala do diretor Davis, eu não sabia se chorava de felicidade porque estaria matando o resto da aula da senhora Cole ou se eu batia minha cabeça na parede repetidamente porque eu estava em encrenca. Peguei minha mochila que estava jogada no chão e saí de sala, acenando com um sorriso malicioso para Calum, que estava olhando aquilo com inveja queimando nos olhos. O corredor estava completamente vazio, e o inspetor assobiava uma música que eu não conhecia enquanto girava uma chave em sua mão direita.
Quando ele abriu a porta da secretaria, a primeira coisa que eu vi foi Vilma. Ela estava me olhando seriamente, e eu já estava pronto para fazer uma piada quando olhei para o outro lado da sala e lá estavam meus pais sentados com uma cara de bunda. Merda. Merda, merda, merda. Minha mãe tentou sorrir para mim, mas aquilo falhou enormemente, então ela simplesmente balançou a cabeça ao suspirar. Vilma me disse para sentar ao lado de minha mãe, pois o diretor Davis já sairia da sala onde ele estava conversando com outras pessoas antes de mim. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, e por uma vez, eu estava morrendo de medo que fosse expulso. Eu não podia ser expulso da Norwest, nenhuma outra escola me aceitaria ou passaria a mão em minha cabeça tantas vezes. Merda, merda, merda.
- Senhor e senhora Clifford. – O diretor Davis sorriu, saindo de sua sala. - Michael.
- Cameron! – Meu pai exclamou com um sorriso ao apertar a mão do meu diretor. Eles eram bons amigos, mas o senhor Davis nunca chamava meu pai pelo nome dentro da escola, era sempre senhor Clifford.
- Como vão? Por favor, entrem.
Meus pais entraram primeiro, seguidos por mim. Quando vi a presença de outras duas pessoas dentro da sala, fiquei curioso. Mas meu coração parou ao ver Luke parado ali com os braços cruzados e um olhar difícil de decifrar. Ele parecia puto, puto comigo, e eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Senhor Parker estava do lado dele, me olhando com aquela cara de ex militar que só queria me fuzilar. Aposto que ele estava realmente pensando aquilo. Meus pais observaram os dois professores curiosamente ao se sentarem nas cadeiras em frente à mesa do senhor Davis. Eu me sentei na cadeira do meio, automaticamente me sentindo desconfortável.
Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, senhor Davis jogou uma pilha de papéis a minha frente, o movimento repentino me fazendo pular da cadeira. Eu levei um susto. No topo da pilha estava a última prova de inglês que eu havia feito, sobre o tal livro de hambúrgueres, e um 'zero' enorme escrito no alto da página. Esse não foi o meu primeiro zero, mas eu acho que o fato de que eu fiz a prova toda zoada pode ter sido o motivo pelo qual meus pais foram chamados.
- Zero, Michael? – Minha mãe perguntou; claramente magoada. Eu ignorei seu olhar, meus olhos fitando a folha de papel a minha frente.
- Zero. – Senhor Davis suspirou ao assentir. – Você poderia me explicar porque tirou zero, Michael?
- Não li o livro. – Dei de ombros. – Mas isso todo mundo já sabia.
- O que mais você fez para merecer uma nota tão vergonhosa nessa prova? – Ele insistiu. Eu sabia do que ele estava falando, mas eu não o daria a satisfação de admitir que eu não deveria ter feito aquilo.
- Não sei. – Respondi casualmente.
- Não acha que responder todas as perguntas com 'não sei, pergunte para a Stacey' mostre realmente o quão a sério você leva esta escola? Que, no caso, seria nem um pouco a sério? – Ele estava ficando realmente bravo e meu pai também estava. Minha mãe pegou a prova da pilha, lendo todas as respostas que, como senhor Davis já havia dito, consistia em uma só resposta. Eu não tinha nem lido as perguntas.
- Ué, eu fui honesto. – Falei inocentemente. – Eu não queria gastar o tempo do senhor Parker com minhas besteiras, Stacey é esperta, ela deve ter gabaritado, então...
- Você sabe qual é sua média em inglês, Michael? – Senhor Davis sentou-se em sua cadeira, cruzando os braços sobre o peito e olhando para mim com seriedade.
- Um vírgula seis. – O senhor Parker respondeu e minha mãe arfou, sua mão segurando em meu braço na mesma hora.
- Um vírgula seis?! – Ela exclamou, virando seu rosto para mim. – Michael, isso é...
- Querida. – Meu pai interrompeu, sorrindo para minha mãe docemente e fazendo com que ela se acalmasse na hora. – Vamos deixar o senhor Davis falar, lidaremos com o Michael quando chegarmos a casa.
- Então. – Senhor Davis pigarreou, olhando para o senhor Hemmings e para o senhor Parker. Os dois olharam de volta para o diretor e assentiram. – Eu tive uma conversa com nossos dois professores de inglês do ano de Michael, e o senhor Parker concordou em dar uma segunda chance a Michael para tentar melhorar sua média.
- Como que vou fazer isso? – Eu ri, e pude ver o senhor Hemmings morder o lábio para não rir também. Aquilo me deu um nó no estômago, queria beijá-lo. – Eu não tenho nem dois de média e preciso de pelo menos sete para não ficar de recuperação. Eu não consigo fazer isso.
- Michael. – O diretor se inclinou na mesa, seus olhos olhando nos meus diretamente. – Faltam menos de seis meses para a formatura. Se você não melhorar suas notas, em inglês principalmente, você não se forma. Está entendendo o que eu estou dizendo?
- Estou, mas eu além de analfabeto sou burro em geral. Eu não consigo aumentar minha nota em seis vírgula oito em menos de seis meses.
- Cinco vírgula quatro, Michael. – Luke murmurou ao passar a mão na testa, todos os adultos na sala olhando para mim como se eu não pudesse estar falando sério.
- Está vendo? – Falei, tentando não rir da minha própria desgraça. Terceiro ano e o ser humano não sabia fazer uma simples conta até sete. Prazer, eu.
- Por favor, senhor Davis. – Minha mãe disse num murmúrio. – Tem de haver alguma coisa que nós possamos fazer.
- Pois bem. – Ele sorriu, apontando para o senhor Hemmings. – Senhor Hemmings é o nosso novo professor de inglês, dá aulas avançadas para o segundo e terceiro ano. Semana passada, quando o senhor Parker faltou por estar doente, senhor Hemmings deu aula à turma de Michael e mesmo tendo sido tirado de sala, ele disse ver grande potencial em seu filho. Disse estar disposto a dar aulas particulares para Michael depois da aula para ajudá-lo.
Olhei para Luke incrédulo e ele simplesmente sorriu para mim. Não. Eu não queria passar mais horas na escola do que eu já passava, eu não queria ter que ficar ouvindo besteira sair da boca do senhor Hemmings quando eu podia estar ouvindo gemidos. Eu queria comê-lo, eu queria chupá-lo, mas eu com certeza não queria ter aula particulares com ele.
- É sério? – Minha mãe falou num tom de surpresa. – Quando podemos começar?
- Hoje mesmo. – Luke respondeu, numa voz um pouco mais grossa do que o normal. Está vendo, não vou conseguir aprender nada com ele sendo assim tão... Luke. – Podemos fazer aqui na escola ou em casa, julgando pela média de Michael ele vai precisar de muito tempo de estudo, a escola fecha às quatro e meia. Poderíamos fazer três sessões de uma hora e meia aqui na escola ou duas sessões de duas horas em casa por semana.
- Michael? – Meu pai me olhou, esperando que eu escolhesse. Julgando pelo olhar de Luke, ele queria que eu escolhesse estudar em casa.
- Nenhum dos dois. – Balancei a cabeça e Luke franziu a testa. – Não quero aulas particulares.
- Em casa. – Minha mãe falou e eu olhei para ela como se havia visto um fantasma. O que que essa maluca estava fazendo?! – Vemos você hoje à tarde, senhor Hemmings.
Luke sorriu para mim, e em seus olhos pude ver que estudar não seria a única coisa que faríamos esta tarde.
-
oi gente!
vocês ficaram tão revoltadas comigo pelo fato de que eu coloquei a alissa na história que achei que vocês mereciam att dupla lfdk
amanhã tem smut, então se preparemmm dljdsk
por favor me amem de novo :-( mimimi
amo vocês, adios
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Naughty | Muke
FanfictionNa qual Michael faz de tudo para pegar detenção e ver seu professor preferido, Luke Hemmings.