O último tempo de Sexta-feira era sempre o pior. Sério, eu não tenho nem como expressar a tortura que era. Colégio religioso é um inferno, aulas de religião obrigatórias são mais ainda. Agora imaginem uma aula de religião, toda Sexta à tarde, juntando todas as turmas do ensino médio? É de morrer. Eu e Calum íamos para essas aulas de religião como se estivéssemos indo a um enterro. Mas ainda acho que um enterro seria melhor que aquilo.
Entrei com Calum no auditório, nós dois indo direto para a fileira do fundo. Éramos sempre os primeiros a chegar, já que todos tentavam entrar correndo para sentar no fundo. Todo mundo odiava aquela aula. Minha sorte foi que eu fui mais rápido que o gordinho da minha turma de física, e consegui pegar a cadeira mais próxima da janela. Todos os professores sentavam bem lá no fundo, o que era ruim, mas todos eles odiavam aquele tempo tanto quanto os alunos, então eles nem reclamavam com a gente se a gente dormisse ou mexesse no celular. Eles faziam o mesmo.
A primeira coisa que Calum fez, quando os professores começaram a entrar e sentar nas cadeiras atrás das nossas, foi apertar minha perna. Ele apertou com força mesmo, força o bastante pra me fazer dar um empurrão nele e fazê-lo esbarrar no mesmo gordinho da minha aula de física, que estava sentado ao lado dele. Eu não tinha entendido porque ele tinha deixado marcas de suas unhas na minha perna, então eu estava meio puto.
- Porra, Calum, doeu! – Rosnei; minha voz um pouco mais alta do que deveria estar. – Como que você deda uma mulher com unhas desse tamanho? Caralho!
- Você devia parar com esses seus comentários. – Ouvi alguém murmurar atrás de mim, e então entendi porque Calum me apertou daquele jeito. Meu corpo congelou, eu senti a mesma respiração no pé do ouvido que eu havia sentido na Terça. Meu pau já estava implorando para que eu fizesse alguma coisa.
- Parar por quê? – Sussurrei para que ninguém mais, nem Calum, ouvisse além ele. Virei-me na cadeira, meus olhos encontrando os dele. Eu nunca tinha parada para perceber o quão azuis eles eram. Era uma coisa de louco, parecia Photoshop! – Aposto que te excitam.
- Eu pararia se fosse você. – Seu rosto estava a apenas alguns centímetros de distância do meu, e eu estava surpreso com o fato de que ninguém estava vendo o que estava acontecendo. O diretor Davis já havia subido no pódio e começado a falar, mas esse senhor Hemmings com certeza era muito mais interessante. – Algum dia você vai se dar mal.
- Se eu conseguir transar, eu não vou me dar mal. – Retruquei.
Ele bufou, chegando para trás e encostando suas costas no encosto da cadeira. Olhou de relance para o diretor Davis e depois voltou para mim. Arqueou as sobrancelhas, como se dissesse 'o que é?' e eu não pude evitar me virar de novo. Se eu continuasse olhando para ele daquele jeito, uma de duas coisas ia acontecer: eu choraria de tão lindo que ele era e me faria de otário, ou, eu gozaria nas calças de tão lindo que ele era e me faria de otário. Talvez até as duas coisas acontecessem; nunca se sabe.
Uns vinte minutos se passaram, e eu já estava bocejando a cada palavra que o senhor Davis dizia. Eu não queria saber de Deus, eu não queria saber dos jesuítas, eu não queria saber de nada dessa droga. Eu queria era saber de sexo. Eu queira saber do homem sentado atrás de mim e no que ele estava pensando porque eu conseguia sentir seu olhar me fuzilar. Eu sabia que havia causado um impacto, mas a esse ponto eu não sabia se era o impacto que eu queria ou se ele me odiava como todos os outros professores. Quando ouvi o baralho de sua cadeira arrastar contra a madeira do piso, sabia que essa era minha chance. Levantei-me também, alegando estar indo ao banheiro.
Minha sorte foi que o senhor Hemmings estava, de fato, indo ao banheiro. Esperei alguns segundos antes de entrar, vendo que ele estava dentro de uma das cabines e sentando no balcão, minhas pernas balançando no ar. Ele pareceu surpreso quando abriu a porta e me viu ali, esperando-o. Ele não falou nada, simplesmente me olhou e dirigiu-se para uma das pias, lavando suas mãos com sabão. Além de alto, gato, loiro e gostoso ainda era limpinho? Por favor, senhor Hemmings, menos!
- Você dá aula pra quais turmas? – Perguntei, sabendo que se eu não falasse nada, ele sairia do banheiro fingindo que nem havia me visto.
- Segundo e terceiro. – Ele respondeu, pegando uma das toalhas de papel e secando suas mãos.
- E por que você não dá aula pra mim? Eu sou do terceiro.
- Você não faz inglês avançado. – Ele piscou. Sim, piscou, com um sorrisinho tímido.
- Ah, para. – Eu ri. – Só porque sou analfabeto eu fico com aquele monstro do senhor Parker? Sabia que ele me deu detenção por derrubar um estojo sem querer?
- Não duvido que você tenha feito de propósito. – Ele sorriu maliciosamente, e eu não pude evitar, olhei para meu colo e lá estava meu pau pra dar um oi. Ele olhou também e sorriu mais um pouco. – Eu te excito tanto assim?
- Não sei, por que não tenta me excitar mais pra descobrir? – Falei num tom de brincadeira, mas olhando nos olhos dele, eu sabia que ele entendeu que eu estava falando sério.
- Estamos na escola, você é uma criança e eu sou professor. – Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça, e eu sabia que ele estava tentando esconder sua própria ereção.
- Primeiro, eu não sou uma criança, tenho quase dezoito anos! Segundo, e daí que estamos na escola? Você está tão duro quanto eu. E terceiro você é professor, mas eu tenho certeza que eu poderia te ensinar uma coisa ou outra.
- Você não desiste, né? – Ele riu, balançando a cabeça de um lado pro outro.
- Não mesmo.
Ficamos em silêncio alguns segundos, mas eu podia ver que ele estava contemplando alguma coisa. Ele dava um passo pra frente, parava, voltava. Olhava para mim, olhava para o chão, mordia o lábio e balançava a cabeça. Ele fez isso umas três vezes, até que finalmente andou para frente sem hesitar, e eu já estava abrindo minhas pernas, pronto para deixar ele em pé entre elas. Ele veio exatamente nessa direção, e eu já estava pronto para fazer algum comentário sobre como ele estava numa posição ótima para me chupar, mas assim que abri a boca, senti sua mão direita em minha nuca e a esquerda em minha cintura.
Não deu tempo nem de raciocinar, quando vi seus lábios estavam selados com os meus, uma mão puxando as raízes dos meus cabelos e a outra em minha cintura puxando meu corpo contra o dele violentamente. Minhas mãos estavam firmes em seus ombros, mas logo pensei no fato de que se eu segurasse com muita força, poderia amassar sua camisa. Era uma coisa de virgem pensar aquilo naquela hora, mas se a gente voltasse do banheiro e ele estivesse com a roupa toda amarrotada, poderiam suspeitar de alguma coisa. Coloquei minhas mãos em seus cabelos, puxando e massageando o que eu podia sem bagunçar demais seu cabelo perfeito.
Quando nossas línguas se encontraram, eu soltei um gemido baixo, sentindo seu corpo todo congelar por meio segundo, mas ele logo se recompôs, puxando meu cabelo com força para que eu virasse minha cabeça para o lado. Fiz como ele quis, e a sensação dos seus lábios quentes no meu pescoço era uma coisa indescritível. Ele deixou beijos molhados, sua respiração ofegante contra minha pele até que senti seus dentes puxarem minha pele, de leve. Ele não me daria um chupão ali, pois sabia que teríamos que voltar para a aula de religião, mas nossa, o que eu não daria por ter marcas feitas por ele? Marcas dizendo que ele havia tocado em meu corpo e que eu havia tocado no dele?
Quando ele se afastou de mim, eu pude ver em seus olhos que ele estava fazendo de tudo para se controlar. Ele queria tirar minhas roupas e eu queria tirar as dele, mas a gente tinha noção do que estava acontecendo em nossa volta. Ele olhou para o chão, seu dedão deslizando sobre o lábio inferior antes de ele olhar para mim, que já estava descendo do balcão, lambendo meus lábios para sentir seu gosto mais uma vez. Não pude deixar de sorrir.
- Qual é seu nome mesmo? – Ele perguntou, parando na porta e olhando para mim sobre o ombro.
- Michael. – Respondi com um sorriso malicioso.
- Você tem detenção Terça-feira, Michael. – Disse seriamente antes de me deixar sozinho no banheiro.
-
oi gente!
espero que gostem rsrs
quem está pronta para morrer com os meninos no tca? pois é, eu
amo vocês, adios
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Naughty | Muke
FanficNa qual Michael faz de tudo para pegar detenção e ver seu professor preferido, Luke Hemmings.