Capítulo 16 - A Confusão

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Nos sentimos como peixes fora d'água, tentando encontrar um pedacinho do rio, um pouquinho de amor, de carinho. Sentimos diferentemente: é um amor confuso, estreito, desconhecido, complicado e puro. É como saber que depois de um dia longo, tem alguém ali pra te ouvir, pra te amar. É uma busca inconstante pela realidade, mas com medo de abandonar os sonhos. É vontade e receio. É medo de cair na ilusão. O vento sopra pela janela, as cortinas movimentam-se lentamente (o contrário do coração, que insiste em fortes pulsações, buscando a infinita liberdade de viver um amor verdadeiro). Chega junto à mensagem, um sentimento literal, visceral, viciante. -Eu te amo. -Eu te amo muito. -Tenho medo de o 'nós' não acontecer... - O sorriso se desfaz. -Acontecerá. -Você me promete? - A dúvida, sempre presente em corações apaixonados. -Prometo. - A segurança, um paradoxo. Lábios não tocam em lábios. Ali, não há abraço, mas apenas o silêncio das palavras reconfortantes e a esperança de que, um dia, tudo dará certo. E nós, que nos dizemos tão inteligentes e nada vulneráveis à ilusões, nos apegamos e acreditamos em qualquer "eu te amo".

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