Capítulo 26 - Nossos Destinos

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 Então ele entra em sua pequena casa e vê sobre a cama aquela que tanto –e sempre– amou. Seus grandes olhos amendoados bem abertos e vermelhos, lágrimas pequenas e tristes e continuas rolavam por suas bochechas cor-de-chocolate. E ela soluçava descontroladamente. - Ana, minha pequena, o que lhe aconteceu? – Eduardo pergunta enquanto lhe dá um beijo no topo da cabeça, nos cabelos enrolados e escuros como a noite. Ela não responde. Somente coloca nas mãos do rapaz um pequeno papel dobrado. Ele abre e lê a carta. - Você foi promovida, amor! Eu sempre acreditei em você, sabia que seria aceita... Também, todo esse talento, só poderá ser usado em algo tão grande assim. Imagina só: Doutora Ana Fontes, cirurgiã plástica! Que luxo! – Eduardo já corria pelo quarto, explodindo de felicidade por sua amada. Mas, ao perceber que ela ainda estava chorando, perguntou-lhe: - Mas porque você continua a chorar? Depois de três suspiros e seu pulmão ter ar o suficiente para falar, ela lhe respondeu: - É em São Paulo! - Em São Paulo... Tão longe assim? E ela começou a chorar mais e mais e mais. Jogou-se nos braços do namorado e perguntou preocupada: - E a gente? E o nosso amor... Vai acabar assim? Ele não respondeu. Seus corações estavam apertados de medo e agonia. Não queriam e não aguentariam se separar. Não depois de tanto tempo se amando e dando o máximo de si para o outro... - Eu te amo. Muito. - Eu também te amo, meu bem. Eu confio em você e você precisa seguir seu caminho. Se apareceu essa oportunidade, é preciso que a siga. - Mas eu não... - Silêncio. –Ele colocou dois dedos sobre os lábios dela e enquanto tocava seus cabelos e seu rosto, disse: – Mulata, pele escura, dente branco, vai o teu caminho que eu vou te seguindo no pensamento¹. Um dia, Deus há de unir nossos destinos novamente...

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