[LV] DARK SIDE - Todos Temos Algo A Esconder

Capítulo 8 - Flashback

Olá, queridos leitores.

Aconteceram alguns problemas que não me deixaram postar ontem. Mas não se preocupem, pois não vou mais ficar semanas - na verdade, meses - sem atualizar "Dark Side" .

Aproveitem esse flashback e descubram mais sobre o passado da Allison.

Até mais :D

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Seis anos atrás.

— Muito bom, Kyle. — o homem de olhos azuis disse enquanto se aproximava do ring. Ele estava muito orgulhoso do seu filho, com apenas dezoito anos, ser um lutador tão promissor de UFC. O garoto que estava no centro do octágono ajudou o seu oponente a se levantar e depois começou a fazer reverências, como se agradecesse as palmas que tanto o seu pai quando a sua linda priminha de doze anos estavam lhe dando.

— Obrigado, obrigado. — Kyle disse e desceu do ring. O treinador se aproximou dele e disse-lhe:

— Ótimo treino, Kyl. Por hoje é só.

O sorriso do garoto se alargou. Não fazia um treino tão bom assim há tempos. Talvez apenas saber que aqueles dois estavam na plateia, assistindo-o, fez com que Kyle se esforçasse mais. Ultimamente, seu pai tem estado cada vez mais ocupado. Ele dizia que o seu trabalho, que nunca soube qual era, consumia muito dele, o que os fazia ter cada dia menos momentos pai e filho. Esse era o primeiro treino que ele assistia do filho há meses.

Assim que se aproximou dos dois telespectadores, a mais nova deles correu na sua direção para abraçá-lo já que eles não se viam há bastante tempo — afinal, a vida de Kyle agora se resumia em treinar —, mas ele a parou antes.

— Ei, é melhor você ficar afastada de mim a menos que você queira cheirar igual a uma meia suja. — Kyle disse.

— Eca. — ela disse e começou a rir.

— Você estava ótimo, Kyl. — o pai disse, fazendo questão de mostrar o orgulho que sentia em sua voz. — Com certeza vai vencer as regionais.

— Obrigado, pai. — ele respondeu. — O senhor vai vir me ver na competição?

— Não perderia isso por nada. — ele disse e abriu um sorriso. Kyle faria o mesmo se já não conhecesse seu pai. Ele fazia promessas que não é capaz de cumprir só para amenizar a culpa e a dor de não poder estar perto do seu filho e da sua sobrinha tanto quanto queria. Mas aquele dia era diferente. Havia deixado as coisas organizadas para poder passar a tarde com os dois e, talvez, se reaproximar deles também.

— Então, nós temos o dia todo para nos divertimos. — Kyle disse. — Alguém tem alguma ideia?

— Nós poderíamos ir ao parque! — a garota disse, talvez um pouco animada demais.

— Eu acho que nós poderíamos... — o homem foi interrompido pelo seu celular, que começou a tocar incansavelmente. — Com licença. — ele disse e se afastou para atendê-lo.

Kyle suspirou. Sabia o que aquilo significava. O pai não iria poder passar a tarde com ele como prometera, já que com certeza teria que sair para resolver algum assunto. Não ligando para isso, ele se virou para a garota e perguntou:

— E então, como eu fui?

— Ótimo! Você estava lá dominando a luta toda. Era o tempo todo bam! Bam! Bam! — ela imitou alguns movimentos de luta dele.

Ele sorriu e disse:

— Você fica uma gracinha fazendo isso.

— Não fico não! — ela bateu o pé enquanto ficava vermelha de raiva.