Não sei o que ouve e muito menos onde, apenas vejo fumaça e fogo e alguns sonolentos, Paulo me puxa e seguimos para entrada do cinema e entramos em um corredor até chegarmos à entrada. Pegamos dois tacos que estão escorados na parede- os quais são deixados ali junto com outros para caso houvesse algo deste porte- e seguimos até a porta abrindo-a. Quando saímos só conseguimos ver crianças chorando junto aos seus pais enquanto outros estavam sem rumo.
- Vamos para igreja. –digo a Paulo que está me puxando por uma rua.
- Tudo bem, vamos para a São José.
Descemos uma rua de pedras, que não recordo muito bem qual é, sei somente que quando chegamos a uma loja de sapatos- essa rua reta embaixo e a dos correios. Seguimos reto pela rua dos bancos, nos escondendo o Maximo que pudermos, pois tem alguns sonolentos a espreita. Quando chegamos em baixo do pontilhão paramos um pouco para averiguarmos, mas está parte esta completamente deserta, fico me perguntando onde João, Kátia, Maicon estão vivos. Chegando a igreja São José, percorremos uma rua lateral onde encontramos o portão trancado.
-O que vamos fazer agora?
- Ahh, eu não sei Sara, não tinha pensando em um plano B.
Mas olhando para frente, vejo que a janela da casa em frente à igreja está aberta.
- Paulo aquela casa ali, vamos.
Quando chegamos até a janela percebo que ela e um pouco mais alta do que eu havia pensando.
- Ei, me de uma ajuda aqui.
-Ok, no três. Um, dois, três.
Consegui subir, a casa estava um breu, corro até a porta da frente e a destranco-a.
-Por que uma pessoa iria sair pela janela, ao invés da porta.
-Seu burro, por que a porta estava trancada e provavelmente à janela aberta.
-A pessoa pode ter saído pelos fundos. - disse Paulo.
-Ou talvez não tenha saído.
Começamos a averiguar a casa, o cômodo onde estávamos era a sala então seguimos por um corredor e abrimos o primeiro quarto, não havia nada nem no segundo, do lado esquerdo do corredor fica um banheiro e enfim a cozinha que fede a carniça e realmente o cidadão não havia saído.A porta da cozinha está escancarada, eu saio para ver se tem alguma coisa, mas a apenas uma porta dos fundos que da para uma ruela, o sonolento deve ter saído por aqui.
- Paulo, vamos puxar este corpo para rua.
-Tudo bem, só preciso achar uma coberta. -Então ele seguiu para dentro da casa, quando voltou tinha uma coberta em mãos. Passamos ela pelo corpo em decomposição e começamos a carrega-lo para fora e jogamos na rua.Tranco o portão logo em seguida.
- Vou entrar e trancar as portas e a janelas. Enquanto faço isso ele fica na cozinha procurando algo de comer.
- Encontrou algo?
-A algumas coisas que podemos utilizar aqui, feche as cortinas das janelas que tem, não queremos chamar muita atenção. - Então o faço.
Comenos em silencio e logo em seguida vamos para o primeiro quarto que vimos e nós deitamos. Um lobo uiva e a alguns bichos fazendo barulho, nunca ouvi um lobo por estas bandas.
-Desde quando há lobos aqui?
-Não faço a mínima ideia, anjo.
Escuto os urros dos sonolentos, pois eles são escandalosos e consegue-se escutar a distancia. Espremo-me junto a Paulo e ficamos assim até que pegamos no sono.
******
Vejo-me em um lugar estranho, a muito verde e árvores altas e escuto barulho de água, há um caminho de pedra o qual eu começo a seguir, embora pareça não ter fim, o barulho de água fica mais a alto e logo percebo o que é uma bica e a uma ponte pequenina que eu atravesso, a uma cerca de bambu que estão retos e cruzados formando a bendita cerca que e menor que eu fazendo com que eu me curve para poder passa-la. Já do outro lado vejo mais mato e eu sinto que devo acreditar em algo, mas o que?Eu posso acreditar em algo que não sei e não vejo? Mas eu acredito, não sei explicar apenas sinto e então se abre um novo mundo e há uma cerca mais extensa abrangendo um grande território como se estivesse protegendo algo. Escuto vozes atrás de mim, começo a sentir um desespero e sei que tenho que atravessar a cerca que não protege nada, mesmo aparentando que protege então as vozes estão mais perto e começo a correr em direção a cerca e parece uma infinidade , pois nunca consigo chegar perto e eles estão aqui minha angustia aumenta, eu vou morrer! Enfim chego e pulo, sim eu pulo, como pode ser tão fácil? Eles também passaram e a uma grande imensidão de verde, não vejo nada, nem uma árvore alta para me esconder, mas ao chegar no alto da montanha não vejo ninguém atrás de mim. Apenas vejo a minha frente uma estrada de terra e um casebre feito de barro, quando entro a casa e pior do que por fora a um rato e eu solto um grito,bicho nojento!Mas quando me viro pra sair eu vejo...
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Sufoco
FantasySara é uma menina de 17 anos que acabou de perder a família em um desastre que assolou o mundo !Ela está tentando superar,mas é uma coisa que vai ficar guardada pra sempre em seu coração,ela encontra um abrigo onde faz amigos e tenta se reerguer.Um...