Capítulo 7

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Acordei em casa com a Micaelle me olhando preocupada. Abrindo os olhos pouco a pouco percebi que havia mais uma pessoa presente no quarto e me virei.

- Oi, o que aconteceu?

- Nós te trouxemos pra casa, você bebeu demais e desmaiou.

- Isabele? Como você veio parar aqui?

- Oi Dra. Bruna, eu estava na festa, de repente senti alguém caindo, por pouco tive reflexo pra te segurar.

- Obrigada Isabele, quem diria que eu seria salva por uma pessoa que me deixou no vácuo no consultório. - Debochei.

- Desculpe, aquilo foi por medo.

- Mas quero que você apareça por lá, quero agradecer de alguma forma o que você fez hoje. Você já sabe onde é o meu endereço, apareça lá na segunda.

- Não precisa, qualquer um na minha situação faria o mesmo. Mas se der eu apareço.

- Bom gente, o papo tá bom, mas acho que a Isabele tem que ir né?

- Só vim acompanhar a doutora, até mais. - Se despediu.

- Impressão minha ou você colocou ela pra fora, Micaelle?

- Não é impressão sua, eu não fui com a cara dela, ela é muito estranha, você não acha?

- Acho que ela esconde vários conflitos e estou disposta a ajudar.

- Mesmo assim, acho que você está insistindo.

- Estou deixando o caminho livre para ela se sentir a vontade em aparecer no consultório.

- Tudo bem então.

Em poucos minutos eu já havia dormido, a Micaelle tinha acesso a casa, portanto não me preocupei em deixar que ela ficasse o quanto quisesse e depois fosse embora.

A ressaca da manhã foi a pior dos últimos anos, acordei tonta, grogue e a cabeça estourando. Fiquei na cama até tarde, mas não consegui mais dormir, decidi descer e tomar um café. Passando pelo espelho observei olheiras horríveis e pelo efeito do álcool que ainda residia em mim, gargalhei descontrolavelmente pela cena que acabara de ver.

O resto do dia foi dedicado unicamente ao descanso, aos livros e programas de televisão.

Na segunda acordei melhor e disposta a encarar mais um dia de trabalho, o trabalho que tanto me orgulhava.

- Bom dia Carol!

- Bom dia Dra. Bruna.

- Todos os documentos estão na mesa.

- Você é sempre eficiente Carol!

Entrei e me preparei para mais uma jornada que já era longa como de costume.

- Licença Dra. Bruna, a primeira pessoa vai entrar já-já... pelo visto a senhora conseguiu convencer a fujona a voltar.

- Você está falando da Isabele?

Fiquei muito feliz com a surpresa da Isabele, finalmente descobriria o que a fez ter tanto medo de mim.

- Olá doutora, posso entrar? - Fui interrompida por ela.

De Frente Com O Seu Pior PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora