Descoberta

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O pior era saber que eu ou Samira podíamos ter pegado essa doença. Para o meu alívio o exame deu negativo, com certeza ele adquiriu a doença depois de ter ficado com nos duas. Ele estava numa situação muito crítica não queria comer nada se recusava a começar o tratamento, nunca imaginei ve-lo assim, ele era o garanhão das mulheres e agora não queria ser mais nada. E eu fazia questão de cuidar dele todos os dias, de servir a refeição de dar os remédios mesmo ele se recusando a tomar, mas eu sempre dava um jeitinho, realmente a situação era desesperadora, ele não fazia mais questão de nada.


- Bom dia! Trouxe seu café - Disse com uma bandeja recheada nas mãos


-Não estou com fome - falou ele se virando.


-Você tem que se alimentar Kaio se não vai morrer de fome.


-E daí quem sem importa!


-Eu me importo.


-Você? Haha - disse zombando de mim.


-Na verdade não. Mas sua mãe se importa, como acha que ela ficaria se perdesse outro filho? - falei ajeitando a bandeja sobre uma mesa ao lado da cama.


-Ela nem liga para mim, na verdade nunca ligou, não é atoa que deixou meu pai me levar. - continuou a virar o rosto.


-Venha Kaio coma! Pra você ver como sou boazinha eu vou dar na sua boca. -Peguei um pedaço de mamão e levei ao rosto dele


-Desculpa mas não quero. -Falou em quanto empurrava minha mão para longe de si.


-Por favor! -insisti.


-Eu não quero já disse! -Gritou derrubando toma comida sobre o chão.


-Tudo bem você quem sabe ! Só não desconta em quem quer te ajudar - sai cabisbaixa.


Realmente ele não estava bem, e a pior coisa era ter que dizer a dona Marlene que seu único filho estava com HIV.


Ela chegou ao hospital desesperada ao saber que Kaio havia sofrido um acidente, Christopher se aproximou para dar a ela a triste notícia eu claro o acompanhei.


-Como meu filho está doutor? - Ela perguntou a ele nem percebendo que eu estava ao seu lado.


Ele deu a triste notícia a ela, sua reação foi péssima ela caiu em um choro. Ela era uma pessoa tão ruim com as outras pessoas mas quando se tratava de seu filho seu coração se amolecia .


Trouxe a ela um copo de água na intenção de que ela se acalmasse.


-Pegue! Vai se sentir melhor. -falei à entregando o copo.


-Como posso me acalmar com meu filho assim? -disse em quanto tomava a água


-Eu sei que a AIDS não tem cura mais pode ser tratada. Se ele fizer o tratamento direitinho vai ficar tudo bem.


-Vai ficar tudo bem? Como pode dizer isso, e se todos souberem o que vão dizer? Além de falida, ter um filho com AIDS? Ah não! Não posso aceitar isso. - Disse em tom de nervosismo.


-Mas como assim? Seu filho está doente e a senhora se preocupa com o que vão dizer? A senhora não tem coração mesmo! - Sai a deixando sozinha.


Acho que era por isso que ele era assim, sua mãe era uma incompreensível, a única coisa que a importava era o dinheiro.



Kaio ficaria algumas semanas no hospital recebendo cuidados e tomando remédios, em quanto não tirava alta eu fazia questão de dar a ele todos os remédios e ajudar em todos os cuidados precisos. Como ele fraturou a perna mal podia andar e precisava de ajuda para tomar banho e as vezes para fazer as necessidades.


-Bom dia vamos tomar o remédio? -entrei sorrindo pela porta.


-Ah não! Não aguento mais tomar esses remédios. -brincou ele .


-Mas é para o seu bem! Só assim para você melhorar - falava em Quanto enchia um copo de água para ele tomar.


Ele tomou o remédio fazendo com que ele fizesse uma careta engraçada, o que me fez rir.


-Você tem um sorriso muito bonito. -falou sério em Quanto me olhava.


-hora de tomar banho não é. - mudei de assunto.


-Porque está fazendo tudo isso por mim? Depois de tudo que te fiz?


- Desde cedo minha mãe me ensinou a dar sem esperar receber nada em troca. Apesar do que me fez eu não guardo rancor nem mágoas. -falei sorrindo em quanto guardava alguns remédios sobre a mesa.


-Não quero que sinta Pena de mim! - falou com um olhar triste.


- Isso não se chama pena, se chama amor ao próximo. -Bom vou chamar a enfermeira Luciene para te ajudár a tomar banho. -falei já mudando o assunto.


-tudo bem! - disse em quanto me olhava sair pela porta.


Sai procurando por ela por toda parte sem sucesso algum, olhando de um lado para o outro esbarrei em Christopher que já me cumprimentou com um selinho.


-algum problema amor? - perguntou todo simpático.


-estou procurando enfermeira Luciene para dar banho no paciente do quarto 22 - falei me refererindo a Kaio


-ela não vem, hoje é sua folga.


-Nossa... E ágora ? Não tem nenhum enfermeira de plantão que possa fazer isso? -Disse já gaguejando


- Infelizmente não! Porque você não faz? -A pergunta dele me deixou completamente sem graça, Como eu poderia fazer isso?! Claro que seria muito embaraçoso, tanto para mim quanto para ele.


-Ahh... Você não acha estranho? Tipo depois de tudo que aconteceu entre eu e ele ? - falei caçando o queixo nervosa.


-Não eu confio em você. E aqui somos profissionais, Temos que agir como tal não acha? - falou me dando um beijo na testa.


Olhei para ele sem graça, pensando "Por favor não estou afim de fazer isto" mas mesmo assim fui, afinal ele confiava em mim, e o que ele diria se eu dissesse que não?!.



-Tenho uma triste notícia -Cheguei já dizendo para Kaio, que me olhou espantado. -Infelizmente a enfermeira Luciene não veio. Acho que eu vou ter que te ajudar, se você não se importa. - Continuei


-Não tudo bem. - falou tranquilamente, tentando tirar a camisa que parecia difícil de sair.


-Espera vou te ajudar - falei já levantando a mesma.


Ele tinha um peitoral incrível, claro que me contive ao Olhar virando o rosto longe de sua direção.


-Então o que eu faço agora?


-Me ajude a levantar daqui. - falou já tentando se levantar com um pouco de esforço .


Peguei seu braço o colocando em meu ombro para que ele pudesse se apoiar em mim.


Dei um escorregão na porta do banheiro o que fez com que eu quase caise e o levase junto, ele me segurou pelo braço e se apoiou na parede, instantaneamente nossos rostos ficaram próximos e eu senti sua respiração ofegante bem de perto, mas virei o rosto rapidamente.


-Bom eu consigo me virar daqui - falou sem jeito.


-Tudo bem! Vou estar aqui na porta, se precisar de alguma coisa me chame. - Sai muito mais constrangida pela situação em que ficamos.



AGRADECIMENTOS

Bom minhas leitoras lindas primeiramente quero pedir desculpas pelo capítulo ter ficado tão grande rsrs.
E queria agradecer por ter chegado a 1K de visualizações em uma semana (Aplausos) kk ebaaaaa!! Para algumas pessoas é muito pouco mais para mim e muitooooo pois nunca imaginei que chegasse a tudo isso,agradeço a todos de coração, e muito obrigada por cada Voto e cada comentario significa muito pra mim Adoro todos vocês obrigada !!!
Beijinhos a todos meu leitores e leitoras vocês são os melhores !! :) :*

Igual ao meu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora