Door of a library. || L.P

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{ partilhem, votem e comentem !! Faltam 4 capítulos apenas para o fim :( }

Dana olhou para mim e sorriu com o meu gesto.
Esta acabou por me dar a mão por baixo da mesa e eu com o meu polegar acariciei a mesma.

Rose: A sobremesa? - ela pergunta rindo-se.
Sarah: Filha! - ela resmunga.
Dana: Calma mãe. Eu compreendo. Esta rapariga nunca muda. - riu-se e levantou-se soltando-se da minha mão.

Acabou por pousar o tabuleiro com as sobremesas individuais na mesa e todos tiraram uma. Ao que parece, é arroz-doce. Mais uma vez, faz-me lembrar a minha avó.
Ela fazia doces magnificos, que me faziam pedir e chorar por mais.

Depois de comermos a sobremesa fomos todos para a sala ficando ainda a loiça por lavar.

Rose: Podemos ir dar uma volta? - ela pergunta aos seus pais.
John: Boa ideia! - ele exclama. - Ficas aqui? Ou vens? - ele fala para a Dana e para a mãe dela.
Dana: Eu fico aqui para limpar a loiça. - assinto.
Sarah: Eu vou! - ela afirma.

A família da minha colega de casa acaba por sair.

Dana POV

Mal a porta se fechou, uma vontade apoderou-se de mim. A vontade de explicar ao Liam o porquê de eu o ter beijado. O porquê de não lhe ter dado nenhuma resposta.

Acabei por olhar Liam, e por sua vez, este tinha os olhos postos em mim, com um sorriso meio envergonhado na cara, que era tão amoroso, que me foi inevitável não formar um sorriso na minha cara também.

Me: Provavelmente queres saber o porquê de aquilo ter acontecido... - murmuro.
Liam: Sim. Sim quero, mas calculo que seja difícil me responderes a isso. - olhou-me.
Me: Como sabes?
Liam: Porque ninguém tem uma resposta formulada corretamente a uma pergunta começada com "porquê".
Me: És incrível Liam. - sorriu.

Este abriu a boca para omitir algo, mas foi interrompido pelo barulho proveniente do lado de fora da rua. Ouvia-se ambulâncias e gritos.

Eu dirigi-me de imediato à porta abrindo a mesma.
Olho em frente, e ao fundo da rua, um cenário de horror aparece na minha visão.

A minha mãe a gritar para a ajudarem, o meu pai com o telemóvel na mão a andar de um lado para o outro. E a minha irmã? Estendida no chão, rodeada de sangue à volta da zona abdominal.
O meu corpo paralizou. A minha respiração descontrolou-se. Senti Liam a dar-me leves chapadinhas na cara, mas eu não reagia.
Um aperto no meu coração surgiu, e nesse momento, as minhas pernas enfraqueceram deixando-me cair no chão, em lágrimas.

Liam fazia de tudo para que eu me acalmá-se, mas ele acabou por ser vencido pelas lágrimas também.

Os meus olhos estavam turvos mas ganhei coragem para olhar mais uma vez para aquele lugar.
Não sabia se a pessoa por quem dava a minha vida estava a respirar, ou não. Não sabia de nada. Apenas sabia que a minha irmã fora atropelada por uma mota.

Me: Como é que a vida nos pode fazer algo tão cruel? Dum momento para o outro a nossa vida é um mar de rosas, e pouco tempo depois, essas rosas murcham. Porquê? - olho Liam e esta abraça-me fazendo com que o seu fato ficásse invadido por lágrimas.