CHP. 26 - Emily

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Ao chegar ao hospital dirigi-me ao balcão de informação e perguntei em que quarto ele se encontrava. Elas ainda andaram um pouco confusas mas lá me disseram piso 2 quarto 170.

Fui a andar depressa, já que não posso correr, até ao elevador, subi e comecei a olhar para cada placa À procura do numero, já estava no 168 quando vejo a minha irmã a sair do quarto à frente com as mãos na cara e provavelmente a chorar.

Mas o que raio aconteceu.

Tentei impedi-la mas ela, quando olhou para mim, parecia que me queimava viva, ela empurrou-me e continuou a sua corrida lenta pelo corredor.

Ainda fiquei um pouco À toa quieta no corredor, pouco depois a minha mãe sai também a correr, deve de ir atrás dela, desta vez esta pára e pergunta-me se estou bem, eu respondi positivamente e tentei saber o que tinha acontecido com a Tamara mas ela não me dizia, ela perguntou também se eu vira a minha irmã, nessa altura eu apontei para o fundo do corredor.

A minha mãe beijou-me o topo da cabeça e disse para o ir ver.

Acenei e tomamos caminhos diferentes.

Ao chegar À porta, via o médico à beira da cama dele com um bloco e a escrever.

Bati a porta e este olhou para mim sorrindo.

- E da família?

- Sou da família das duas mulheres que estavam aqui ainda agora.

Cada vez que entrava mais, via mais fios e por fim vi a cara dele, parecia confusa ao olhar para mim, não devia estar à espera que eu viesse, não o censuro. Coloquei-me ao lado dele.

- Ola cabeça de cão- fiz um sorriso familiar para ele e ele ainda confuso e pelo que parecia tímido disse ola também mas o sorriso não apareceu.

 Perguntei ao doutor como é que ele estava e ele explicou-me algo que nem a minha mãe ou a minha irmã tiveram a decência de me contar. Ele perdeu a memória...

- Qual é o teu nome?- ouvi-o a perguntar assim que soube do choque e tentava não deixar cair minhas lágrimas do que aquelas que já se encontravam no chão.

-Emily

Os olhos verdes dele abriram tanto que acredito que podia ver a cor a ficar cada vez mais brilhante.

- Desculpa...mas só me lembro do teu nome, não me lembro de mais nada, porquê? Nós éramos algo especial?

Essa pergunta atingiu-me o coração. Tinha tanta vontade de o beijar neste momento para ver se ele se lembrava de algo, mas não podia. Não agora.

- Nós éramos bons amigos. Talvez seja por isso. Não sou médica, não posso saber isso- sorri

O Harry baixou a cara enfrentando os punhos fechados e agarrados ao lençol.

- Sr. Harry, eu já lhe dei uma explicação para esse caso, não há nenhum nome médico para isso, simplesmente foi um nome que o seu cérebro não quis esquecer.

Um nome que ele não quis esquecer?

O médico pediu licença e saiu, pensei que ele quisesse descansar.

- Bem esta é a minha deixa, descansa está bem Harry- sorri mais uma vez e quando comecei a afastar-me dele, ele senta-se na cama e agarra no meu pulso, eu viro-me para o encarar e as nossas caras ficam mesmo perto uma da outra.
 Ele larga-me e pede desculpa, ainda na mesma posição com olhos nos olhos voltando-se a deitar.

- Eu volto, não te preocupes.

Desta vez foi ele que sorriu primeiro, despedimo-nos e sai do quarto.

Agora tratar da minha irmã...o que irei fazer agora? Ela vai acusar-me de tanta coisa, eu sei..



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OMD eu não acredito que esta fic está quase a acabar... demorei tanto tempo para a escrever, tive tantos bloqueios mentais e agora que já está no fim, não queria parar de a escrever :c.
Obrigada por lerem e por votarem e finalmente por comentarem. :)
bjs e até amanha <3   


O Namorado da minha IrmãOnde histórias criam vida. Descubra agora