Today, Today, Today...

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Os dias estavam passando e sempre que possível, Jared e eu nos encontrávamos. Emma sempre discutia com ele, porque se fôssemos descobertos causaria um grande impacto a imagem de Jared e isso atingiria a banda, por isso tomávamos muito cuidado. Pedro nunca mais me ligou. Voltamos a conversar por mensagem e ele parecia não sentir muito a minha falta.

(...)

Sai do banho e me vesti com um vestido justo preto e saltos exorbitantes da mesma cor. Fiz minhas sobrancelhas com lápis, do jeito que amo e passei um batom vinho, meu predileto. Me olhei uma última vez no grande espelho, após me perfumar e peguei minha "bolsa de mão".

Desci até o saguão e pedi um táxi. Alguns minutos depois eu pude ir para o hotel que Jared tinha feito reservas para nós. Era um hotel simples, afastado da agitação da cidade.

No hall informei meu nome e peguei minhas chaves. A reserva não era para a mesma suíte é claro, mas era lado a lado.

(...)

Bati três vezes no quarto 1001 e depois entrei no meu, 1002. Fechei a porta e sorri. Ele já consegue me arrancar suspiros e sorrisos bobos. Merda, não devia.

Quase dois minutos depois Jared entrou no meu quarto.

- Você demorou! - ele disse trancando a porta.

- Desculpa, queria ficar bonita, acabei perdendo o tempo. - sorri.

- Está linda. - me analisou de cima à baixo.

Caminhou em minha direção e colou os nossos lábios. Agarrei sua nuca e me deliciei daqueles lábios finos e rosas e do sabor de menta.

- Hoje o dia foi trabalhoso. - Jared disse tirando a jaqueta depois de desfazer o nosso beijo.

- Verdade? O que você fez? - me sentei na cama.

- Edições, vídeos de chamada, programação para próximos shows... muita coisa! - sorriu exausto só de lembrar dos afazeres.

- Mas você ama, então não cansa. - falei observando-o sentar ao meu lado.

- Cansa sim, Orlov! - me puxou para seu colo - Mas quanto mais exausto eu fico, me sinto melhor no final, porque é como se eu tivesse dedicado o máximo de mim. - sua boca estava bem próxima a minha orelha.

- Você é adorável. - olhei para ele com o canto do olho - Sinto falta de trabalhar também. Todavia vou aproveitar ao máximo essa folga, porque sei que quando voltar para o Brasil, vou trabalhar igual escrava. - estava tentando me concentrar nas palavras e não no "volume" em que eu estava sentada em cima.

Jared me colocou no colchão e deitou suas costas no mesmo. Me deitei ao seu lado e ficamos olhando para o teto por algum tempo. Cada um pensando em suas respectivas vidas, decerto.

- Estamos parecendo dois malucos. - disse e me virei para olhá-lo.

- Na loucura há sanidade. - disse e também passou a me olhar.

- Você é adorável e maluco! - sorri e mostrei a pontinha da língua.

- Em partes. Vamos pedir alguma coisa para comer? - colocou a mão na barriga, sinalizando fome.

- Eu peço, esse quarto é meu! - falei em tom divertido.

Me levantei para pegar o telefone e Jared me deu um tapa na bunda. Olhei para ele e sorri surpresa, mas também maliciosa. Não pensei que ele fosse "desses caras". Ele sorriu envergonhado, levemente avermelhado.

Fui até o telefone contratar o serviço de quarto. Pedi salada, frutas, panquecas veganas e sucos naturais. Coisa do estilo de alimentação do Jared, mas que eu também comeria.

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