I Destroyed

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Passaram-se dois dias que Pedro chegou em LA, e depois da noite no restaurante, não vimos mais Jared e muito menos Emma. Pedro rapidamente esqueceu e não deu importância por eu ter chamado ele de Jared. Todavia uma explicação verdadeira para eu ter feito isso, foi que depois de eu ter beijado ele, eu senti falta de seu toque, do seu cheiro, da sua voz... estava sonhando acordada.

Durante esses dois dias, fui para a sede da emissora e simulei estar trabalhar em algo, quando na verdade, eu ficava sentada escutando Up In The Air por algumas horas. As vezes surgia algo que eu podia colaborar, mas nada muito importante.

(...)

Acordei por volta das 8:50 horas. Fui para o banho e fiquei um bom tempo deixando a água cair sobre mim e meus pensamentos foram invadidos pelo roqueiro platinado que está virando minha vida de ponta cabeça. O pior é que meus sentimentos estão sendo contorcidos e rejeitados por mim mesma.

Quando sai do banho Pedro estava se espreguiçando na cama. Ele se levantou e correu em minha direção com um sorriso sapeca. Me tomou em seus braços e me levou até a cama.

- Pe... PE! Para! - gritei querendo sair do seu abraço e fugir dos seus beijos.

Ele tirou a minha toalha, me deixando completamente nua na cama.

- Vai Ale, Quase um mês já... - disse me apreciando com os olhos.

- Não temos preservativo, e depois que vim pra cá, eu larguei os contraceptivos. - sai de baixo dele.

- Você pode tomar uma pílula do dia seguinte. - puxou minha mão para voltar para o colchão.

- Não posso, Pe! Tomar essa pílula vezes seguidas acaba com a função dela e não faz bem pra mim...

Droga, quase me entrego.

- Vezes seguidas? Alexandra! Você está muito estranha, faz dois dias que estou aqui e você sempre inventa alguma coisa pra não transar comigo.

- Pe... - olhei para o chão - Tá, vamos fazer então.

Não é a mesma coisa!

Não consegui me entregar por inteira, foi frio, estranho, ruim pra mim. Em pensamentos eu comparava tudo o que Pedro fazia com Jared. Queria que fosse o Jared. E também foi rápido. Ainda bem! Nunca antes havia me sentido tão imunda. Fingi um orgamos para ele ficar "feliz". Aliás, nossas transas sempre são rápidas, e geralmente apenas Pedro se sente satisfeito ao final.

Depois, acabei tomando outro banho. Fiquei pensando: Eu devia contar para Pedro o que fiz, e deixar que ele acabasse com o nosso noivado, que eu destruí. Não vale apena um relacionamento onde a mentira e a traição são os alicerces. Porém, tenho medo das palavras dele e tinha muito medo de voltar para o Brasil, para a realidade e ficar sozinha, ele é a minha única família...

Me troquei e fui para à emissora, Pedro disse que iria correr para fazer o tempo passar e conhecer novos lugares.

Entrei na emissora que está às moscas, de tão vazia. Todos estranham eu ir para lá e não fazer nada, mas ninguém me questiona o por quê, eles não tem intimidade para isso. Se a eufórica e intrometida da Carol estivesse aqui, ela sim indagaria.

(...)

As horas estavam passando e eu me sentia péssima, horrível. Uma traidora. Em um poço, sem chances de escapar.

É essa a sua situação Alexandra!

Estava sentada em um sofá, folheando uma revista e escutando UITA, quando a recepcionista adentrou o cômodo. 

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