Capítulo 17

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Caitlin sentou-se na parte de trás do táxi estrangeiro, que fazia seu caminho pelas ruas estreitas de

Paris sob a chuva. Tinha sido uma viagem de táxi longa e árdua desde o aeroporto e ela não tinha

dormido nem um minuto no avião. Ela tinha cochilado uma ou duas vezes, mas muito rapidamente, e os

vários pesadelos rápidos que teve a fizeram acordar imediatamente, e depois disso ela não caiu no sono

novamente.

Agora ela estava exausta, passando de quarteirão em quarteirão pelas ruas, em busca da livraria. Era

madrugada e ela mal podia ver pela janela. Eles estavam circulando aquela pequena região há quase uma

hora e Caitlin estava começando a perder a esperança. Ela tinha brigado várias vezes com o motorista de

táxi, ele em francês e ela em Inglês, e nenhum dos dois se entendiam.

"Charlemagne rue, seis!" Caitlin gritou novamente, pronunciando cada sílaba.

Ele gritou algo em francês, que ela não entendeu. Ambos haviam desistido de se comunicarem.

Quando eles circularam o quarteirão mais uma vez, ela olhou para fora e novamente teve o

vislumbre de um sinal. Claramente, aquela era a rua certa. Em seguida, ela observou os números, os viu

aumentarem de um a dez. Mas por alguma razão, não havia o número seis. Ela não conseguia entender.

Eles haviam dado voltas em torno daquele bloco de novo e de novo, sempre com o mesmo resultado.

Ela sabia que era o naquele quarteirão - não havia nenhum outro com aquele nome em Paris. Tinha que

ser lá. Talvez ela só não estivesse enxergando da parte de trás do táxi. Ela não tinha escolha. Precisava

que sair e ver por si mesma.

"Encoste!", ela gritou.

Ela pagou o motorista, pegou sua maleta e saltou do táxi na chuva. A chuva caia bem pesada e ela

não tinha trazido um guarda-chuva. Em segundos, estava encharcada.

Caitlin correu pela quadra de paralelepípedos deserta, achando abrigo sob um toldo que se projetava

para fora de um dos edifícios antigos. Ela ficou rente à parede, o suficiente apenas para sair da chuva e

limpou a água do seu cabelo e olhos. Ela olhou de novo para o nome da rua e para o número, escrito à

mão, mas agora a tinta estava escorrendo com a água.

Ela guardou o papel. Não importava. Ela tinha memorizado o endereço. Charlemagne rue, seis.

Caitlin olhou para fora de onde ela estava e examinou os números de todos os edifícios. Ela estava

do lado ímpar da rua – tinha que ser do outro lado.

Ela correu para a chuva, o som da água torrencial era tão alto, ela ficou completamente encharcada

de novo e atravessou para o outro lado da rua. Olhou atentamente para os números. Ela viu um oito,

mas não um seis. Quando ela olhou de perto, porém, ela percebeu que tinha esquecido alguma coisa:

uma pequena, estreita escada, que levava para baixo. Entre os edifícios. Na porta, abaixo do nível da rua,

havia um número desvanecido. Ela olhou com cuidado e seu coração acelerou. Seis.

Não havia nenhuma loja, mas, novamente, fazia sentido: a velha senhora não queria visitantes.

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