Sábado, 21 de Outubro de 1994... (VIDA REAL)

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Já se passou uma hora e o Paul ainda não apareceu, liguei para ele, mas ele não atendeu. Estou começando a ficar preocupada.

Ouço barulhos do lado de fora, como galhos sendo quebrados. Vou até a janela e olho para o jardim escuro... Nada fora do normal... Além da moto de Paul estacionada atrás das árvores.

   - Procurando por mim?

Me viro e vejo Paul... Ele está usando uma jaqueta de couro vermelha, junto com uma calça jeans preta. Ele tranca a porta e abre os braços para mim.

Corro para seus braços e afundo a cabeça em seu peito.

   - Que bom que você veio.

   - Você me chamou... - Ele beija o topo da minha cabeça.

Lhe dou um longo beijo. Suas mãos descem até lá... E me apertam.

   - Eu quero você... - Ele diz entre beijos. - Quero agora. - Ele me ergue no colo e entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura.

Ele caminha até a beirada da minha cama e me joga no colchão, tira a jaqueta, a joga de lado e me beija feroz.

Começo a tirar seu sinto, posso sentir sua ereção pressionando minha barriga. Com agilidade e rapidez, Paul tira a minha roupa. Estou completamente nua... Assim como ele.

   - Quero fazer uma coisa... - Ele agarra firme a minha mão direita.

Sua mão guia a minha pelo seu corpo... Passando pelo seu peito, sua cintura... Chegando até sua ereção. Sem pestanejar, agarro seu membro rígido. Ele geme. Começo a masturba - lo rápido.

   - Ah... Isso, Jessy. - Suas mãos apertam a minha bunda. - Quase lá...

   - O que é isso?

Olho para a porta... Mamãe está parada lá... O terapeuta aparece logo atrás dela.

Paul se levanta depressa e se cobre com uma almofada. Faço o mesmo com o lençol da cama.

   - Mãe, eu...

   - O que ele faz aqui? - Mamãe grita.

   - Eu cuido dele. - Victor caminha em direção a Paul. - Pegue suas roupas e saia daqui.

   - Claro. - Paul pega as roupas espalhadas pelo chão, ele olha para mim. - Te vejo depois. - Ele some porta a fora junto com o terapeuta.

   - Vista-se e desça. - Mamãe bate a porta ao sair.

Droga.

Mamãe deve ter estranhado o fato da minha porta estar trancada... Eu nunca tranco. É claro que ela pegou a chave extra...

Levanto e pego minhas roupas do chão, logo depois as jogo no cesto de roupas sujas. Vou até o guarda-roupa e pego uma calcinha e um sutiã, visto-os. Em seguida, visto um vestido rendado azul. Criando coragem, destranco a porta e desço as escadas.

Mamãe está na sala, posso ouvir sua voz. Assim que me sento no sofá a sua frente, mamãe começa a falar.

   - O que lhe deu na cabeça para fazer uma coisas dessas?

Abaixo a cabeça. Não quero falar sobre isso.

   - Sua mãe lhe fez uma pergunta, Jessy. - O terapeuta me fuzila com os olhos.

Continuo calada. Mas esse terapeuta está tirando a minha paciência.

   - Jessy, sua mãe...

   - Cala a boca. - Sussurro alto o bastante para ele ouvir.

   - Jessy, tenha respeito. - Mamãe adverte. - Responda... Por que fez aquilo, Jessy? Não eduquei você assim.

Diário De Uma AssassinaOnde histórias criam vida. Descubra agora